Sem nenhuma dúvida, a mídia corporativa resolveu dedicar essa semana ao BOBO DA CORTE.
sábado, 30 de abril de 2011
sábado, 16 de abril de 2011
Cobertura da Globo ao massacre na Escola do Realengo motiva de nota de repúdio da Defensoria Pública da União
A nota de repúdio, assinada pelo Defensor Público Federal Ricardo Emílio Pereira Salviano, Ofício de Direitos Humanos e Tutela Coletiva, resgata a esperança daqueles que não aceitam mais a manipulação midiática e a falta de compromisso com a sociedade dos barões da mídia nacional. Segundo a nota:
Diante do fatídico evento ocorrido naquela escola municipal, verifica-se que a divulgação do vídeo feito pelo autor do delito em horário nobre pela emissora de televisão Rede Globo afronta a ética profissional e enseja a responsabilização civil devido ao dano moral coletivo gerado pelo agravamento do dano psicológico já suportado pelas vítimas. O trauma advindo do abalo emocional dessas pessoas foi acentuado sobremaneira pelo temor provocado pela exposição das declarações, ainda que insanas, do delinquente esquizofrênico.
A gravidade e a repulsividade da ofensa é notória e causa perplexidade justamente pela insensibilidade da imprensa na abordagem da matéria jornalística. De certa maneira, a imprensa foi usada pelo autor do delito para a difusão da temeridade no meio social. O que nos faz refletir sobre diferentes questões. Quem não se sente amedrontado com a possibilidade de um novo surto psicótico de um esquizofrênico? A exposição dos motivos e das razões que o levaram a praticar o crime não aumenta a sensação de insegurança da população? Não seria essa a verdadeira intenção do mentor do fato delituoso? A imprensa contribuiu de certa forma para a instalação do caos e do pavor nos cidadãos? Isso prejudica a recuperação e o desenvolvimento das pessoas diretamente envolvidas na tragédia? A exposição do vídeo não dificultará a recuperação das pessoas envolvidas no massacre, sobretudo considerando os efeitos de ordem psicológica? Houve comportamento aético da imprensa, em virtude da divulgação do vídeo, capaz de ensejar a responsabilização civil pelos danos daí advindos?
É inegável que tal conduta aética e imoral maximiza a dor e o sofrimento das vítimas e de seus familiares, que são obrigados a suportar os efeitos nefastos, especialmente de ordem psicológica, causados pela exposição do referido vídeo pela imprensa. Fato que denota verdadeiro descaso com as crianças e os adolescentes envolvidos no evento trágico, pois é evidente que a divulgação potencializa o abalo psicológico e o temor sofridos por essas pessoas. Isso sem mencionar a possibilidade do efeito multiplicador decorrente da influência gerada pelo criminoso sobre outras pessoas esquizofrênicas, o que afeta a segurança de todos os cidadãos.
Ademais, as crianças e adolescente têm absoluta prioridade na observância de seus direitos, conforme se extrai do art. 227 da Constituição Federal, a saber: “é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão.
Por tais motivos é que a referida matéria jornalística divulgada pela Rede Globo de TV em que o autor do delito apresenta os motivos e as razões que o induziram a praticar o crime merece ser repudiada, haja vista que certamente agravou ainda mais o sofrimento e a dor das vítimas e de seus familiares, justamente pelo fato de impor a temeridade e o pavor nessas pessoas, sem considerar o estímulo decorrente do poder de convencimento que as declarações podem causar em pessoas doentias.
É fato que outros veículos de comunicação e outras emissoras replicaram o vídeo, agindo também de forma irresponsável. Ocorre que a iniciativa partiu justamente da emissora de televisão com maior audiência no país em horário nobre. A Rede Globo de TV, concessionária de um serviço público federal, que deve prezar pelo interesse coletivo, agiu com total descaso com o sofrimento das pessoas envolvidas na tragédia pelo fato de ter realizado a divulgação do vídeo, sem se ater com a preocupação social de resguardar o pleno desenvolvimento psicológico das vítimas, condizente com uma vida digna e saudável.
sexta-feira, 1 de abril de 2011
Economistas liberais defendem o desemprego na mídia rentista
Ontem cometi o desatino de assistir um painel sobre os rumos da economia brasileira num dos diversos canais do oligopólio midiático. Entre as várias pérolas disparadas pelos especialistas" convidados pela apresentadora, conhecida por opinar sobre os mais variados temas com "sapiência" ímpar, ou seria "suiniência", duas ideias se destacaram:
- O baixíssimo desemprego no Brasil é um problema. Traduzindo, para os economistas liberais da banca financeira e seu braço midiático o bom é manter um percentual elevado dos brasileiros desempregados, forçando a queda nos salários e nas condições de trabalho. O mercado interno e o povo que se lixem.
- Os bancos públicos são um problema, pois podem representar um risco fiscal pela alocação ineficiente dos recursos. Traduzindo, os bancos públicos, maiores responsáveis pelos poucos danos sofridos pelo Brasil em razão crise financeira internacional, são um problema pois permitem ao governo intervir no mercado financeiro. O ideal dos economistas da banca ainda é o sistema totalmente desregulamentado, desregrado e descontrolado. Não aprenderam nada com o ocorrido nos EUA, onde a ganância desmedida dos bancos privados levaram o País e o mundo à beira do precípício, gerando recessão e desemprego com graves consequências sociais. Nem por isso, a banca daquele País deixou de ser rapidamente socorrida pelo governo sob a chantagem de "serem grandes demais para quebrar". Mas isso, no pensamento liberal, não é risco fiscal é direito natural, ou seja, privatização do lucro e socialização do prejuízo é o objetivo final.
Ouvindo essas criaturas fica mais fácil ver os méritos no governo Lula e entender as causas e origens dos trágicos anos do tucanato comandado por FHC.
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