segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Política econômica do EUA constrange neoliberais

Na semana que passou o governo dos EUA anunciou um pacote de US$ 600 bilhões com o suposto objetivo de reanimar a combalida economia estadunidense. A iniciativa contraria recente recomendação do Fundo Monetário Internacional (FMI)  para que as autoridades dos EUA optassem por medidas fiscais de estímulo econômico e evitassem o aumento de liquidez.

O principal efeito da nada ortodoxa política monetária estadunidense deverá ser uma pressão ainda maior sobre o câmbio das economias emergentes, especialmente do Brasil. A própria  Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico - OCDE - tem alertado para o risco da formação de novas bolhas especulativas nessas economias. Boa parte dos recursos injetados na economia dos EUA, por exemplo, tem migrado para os países em desenvolvimento atraídos principalmente pelas altas taxas de juros.

Os problemas e as distorções advindos desse movimento, vide o câmbio, são evidentes. Mas, o fato que gostaria de destacar é o desaparecimento dos especialistas econômicos neoliberais dos noticiários. Eles continuam frequentando os mesmos espaços da mídia corporativa, porém já se mostram constrangidos para repetir, como antes, os posturados ideológicos dessa escola de pensamento que a realidade desconstituiu.

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