quarta-feira, 31 de março de 2010

A política das manchetes

Com a largada da corrida presidencial, a mídia corporativa se esforça na elaboração de manchetes favoráveis aos seus candidatos. Nos últimos dias, são fartos os exemplos da arte de manipular manchetes. Os fatos, o passado recente e a realidade pouco importam ao baronato midiático. Vale tudo. A matéria acima foi publicada pela FolhaOnline e poderia ser reinterpretada da seguinte forma:

Jornalistas da mídia corporativa hostilizam movimento dos servidores públicos de SP em apoio à SERRA

Imagino qual seria a reação do baronato mídiático se houvesse algum veículo de comunicação que publicasse essa manchete. Diriam que a liberdade de imprensa foi violada ou está ameaçada?

terça-feira, 30 de março de 2010

A falta da oposição ou a oposição faz falta


A oposição é fundamental no aprimoramento do processo político e da democracia. A fiscalização e as cobranças constantes da oposição permitem a correção de rumos, evitam erros e induzem  novos esforços dos governos.

Os altos níveis de aprovação do governo Lula podem, em parte, ser creditados a oposição Demo-tucana. Eles tornaram dificílimo fazer oposição ao governo. O alinhamento com os interesses de uma ínfima parcela da população leva a oposição Demo-tucana a se contrapor aos projetos sociais, ao Programa Minha Casa Minha Vida, ao PAC e aos investimentos públicos, sempre saudosa do projeto neoliberal e da política de inserção subordinada aos interesses estadunidenses na ordem global.

Essa conjuntura pauta e simplifica o debate entre aliados e adversários do governo Lula. As posições Demo-tucanas são tão antipopulares que o medo de retrocesso acaba por inibir maiores críticas ao governo. E não faltam motivos para tanto. Vamos tomar como exemplo o Programa Minha Casa Minha Vida que representou uma enorme avanço em relação ao descaso da política habitacional dos governos FHC. Todavia, o programa está excessivamente focado na indução de crescimento econômico, com pouca preocupação urbanística, ambiental e com o planejamento das regiões metropolitanas. Parece faltar uma visão integrada, o que poderá causar problemas futuros. Além disso, poderíamos discutir se estamos ou não incentivando a criação de um bolha no mercado imobiliário nacional.

Mas a oposição Demo-tucana não esta preocupada com esses assuntos. Assim como não lhe interesse propor e cobrar alterações na legislação tributária que desonerem o consumo ou tornem o Imposto de Renda um pouco mais justo com a classe média nacional, por exemplo. Basta ler as manifestações da oposição para ver. Eles são contra os programa sociais, afirmam que esses programas são meras peças de publicidade e, os mais exaltados, até afirmam que irão extinguir essas políticas. 

Enquanto a alternativa ao lulismo for representada por essa oposição, os níveis de aprovação do governo estão garantidos.

segunda-feira, 29 de março de 2010

FHC continua atrapalhando os planos de Serra. Episódio de hoje: O encontro com Joaquim Roriz

Do Brasília Confidencial:



Encontro de FHC com Joaquim Roriz abre nova crise no PSDB

A eclosão de uma nova crise entre tucanos está prejudicando o imenso esforço do governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência, José Serra, para animar o PSDB e atrair o interesse dos eleitores. Serra já inaugurou uma maquete de ponte, já descerrou duas placas longe das estradas que teria construído e “inaugurou” a demolição de alguns prédios no centro paulistano que vai consumir cinco meses. Foi frustrado, porque os líderes nacionais do tucanato “inauguraram” outra briga interna, novamente provocada por uma iniciativa do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

O motivo da cizânia mais recente é um encontro de Fernando Henrique, ocorrido segunda-feira (22/03) na sua residência, em São Paulo, com o ex-governador do Distrito Federal e candidato a mais um mandato, Joaquim Roriz. Alvo de seis notícias crimes e cinco inquéritos no Superior Tribunal de Justiça, senador que renunciou ao mandato para não ser cassado por corrupção, em 2007, além de alvo recorrente e atual de investigações do Ministério Público e da Polícia Federal, Roriz foi contemplado por Fernando Henrique com duas horas de conversa em que o ex-governador prometeu apoiar a candidatura presidencial de José Serra garantindo-lhe um palanque no Distrito Federal

Os tucanos consideraram desastroso o encontro patrocinado por seu antigo líder. O presidente nacional do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), reagiu com moderada insatisfação. Mas o líder do partido no Senado, Artur Virgílio, desqualificou e desautorizou Fernando Henrique como articulador de acordos eleitorais.

O caminho para selar ou não um acordo não é Fernando Henrique. Ele vai ser um militante de peso, mas não é seu papel selar acordos”, afirmou Virgílio, que também desqualificou Roriz.

Não vejo porque temos que nos nivelar por baixo. O Distrito Federal não precisa de um cacique para mandar o eleitor votar no Serra. Essa é uma estratégia vovó, antiga, de fazer palanque por região”.

Apesar da manifestação pública de contrariedade das lideranças tucanas, o encontro de Fernando Henrique com Roriz sucedeu a várias semanas de conversas do ex-governador com parlamentares e dirigentes locais e nacionais do PSDB. Recentemente traído pelo PMDB e filiado ao nanico PSC, Roriz está à caça de um grande partido que lhe dê amparo político e eleitoral. Do respaldo eleitoral ele precisa, especialmente, para ocupar espaço na televisão: já o respaldo político lhe é até mais necessário, porque é de conhecimento geral, inclusive da Polícia Federal e do Ministério Público, que está nos governos dele a gênese do mensalão do DEM que custou, até agora, a liberdade e o mandato de seu sucessor e ex-afilhado político José Roberto Arruda. É certo que Roriz será arrastado para o centro das investigações do mensalão que Arruda passou a comandar quando conquistou o governo.

No início deste mês, o Ministério Público decidiu chamar a depor a deputada Eurides Brito (PMDB), secretária da Educação nos governos de Roriz, e o ex-secretário de Planejamento José Luiz Vieira Neves, para que forneçam detalhes sobre os vínculos entre Roriz e o mensalão do DEM. Durval Barbosa, o delator da quadrilha de Arruda, também é instado a falar sobre o funcionamento do esquema nos governos de Roriz.

E há mais. Após dois anos de investigação, em meio às quais Roriz renunciou ao Senado, o Ministério Público está concluindo o texto de uma ação de improbidade contra ele. É acusado de receber propina de R$ 2,2 milhões para facilitar um negócio de aproximadamente R$ 44 milhões para o empresário Nenê Constantino, dono da Gol Linhas Aéreas. O dinheiro teria sido pago a Roriz em troca da mudança de destinação de um terreno de 80 mil metros quadrados em Brasília.

sábado, 27 de março de 2010

Serra reedita métodos da Ditadura

Do blog do Miguel Grazziotim


SERRA USA POLÍCIA SECRETA INFILTRADA NOS MOVIMENTOS SOCIAIS:A DITADURA VEM AÍ

A foto acima, feita ontem durante o conflito entre a polícia política de Serra/PSDB e os professores paulistas acabou por desmascarar as intenções e ações nazifacistas do governador paulista e seus apoiadores.

Em princípio se achou que seria um manifestante, no caso um professor, que estari socorrendo o policial emquestão.

Hoje a mídia dominante informa que era um policial militar à paisana.

Fato grave.

Notem a foto em cima.

Vemos que o policial está de barba, não uma barba de um dia de folga, por exemplo, mas de dias, no mínimo. Sabemos também que policial não pode andar barbado, logo a conclusão que tiramos é que se trata de um policial da P2, a polícia secreta paulista.

Perguntamos então:

O que estava fazendo este militar ali?

Não basta apenas responder que era policial à paisana passando por acaso.

Nem mesmo responder que era um policial à paisana para “observar de dentro” a manifestação, o que já bastaria para um protesto formal dos porfessores e uma indignação dos “defensores da liberdade” da mídia comprada.

MAS, o principal detalhe é a barba!

O policial em questão estava trabalhando dentro do movimento há muito tempo. Sua caracterização, usando barba é a prova concreta e definitiva.

Vemos então, caros leitores, que Serra/PSDB e companhia estão usando táticas totalitárias, para atacar os trabalhadores que “ousam” se organizar e defender seus direitos.

TÃO importante quanto, é o fato de que esta descoberta nos autoriza a pensar:

1. Quantos policiais disfarçados estavam presentes no ato público?

2. Foram eles orientados a iniciar os ataques para justificar a violência?

3.Quantos policiais estão atualmente infiltrados em sindicatos e no movimento popular. A mando de quem e por que motivo?

Acho que a Assembléia Paulista, se prestasse para algo, visto que engaveta toda CPI contra o PSDB, abrisse uma CPI para esclarecer o que a polícia militar de Serra anda fazendo contra a população.

Estamos diante de um fato muito grave.

A liberdade de cada um de nós está sob ameaça. Este senhor do PSDB, está nos mostrando claramente o que faz e o que fará, contra aqueles que não seguirem suas ordens e desejos.

Ainda há tempo de nos organizarmos e banir este político do mapa.

Ou correremos o risco de viver em uma ditadura acobertada pela mídia.

Novamente, observa-se a semelhança de métodos entre os governos tucanos de YEDA e SERRA.

Emir Sader: Tudo é igual, Dilma e Serra?


Por Emir Sader, (pescado do blog do Emir)

A candidatura da Marina, as do Psol, do PSTU, do PCB e outras eventuais do mesmo campo, têm algo em comum: tentar caracterizar que o PT e o PSDB seriam variações da mesma alternativa. Daí deduzem a necessidade de outra candidatura, buscando romper o que consideram uma falsa alternativa. Daí também, implicitamente, a posição de abstenção ou voto em um segundo turno em que se enfrentassem Dilma a Serra.

Essa tentativa de igualização das duas candidaturas é essencial para que se tente aparecer como superação do que seria uma falsa dualidade e aponta, entre outras coisas, para um voto branco em um eventual segundo turno entre Dilma e Serra, de forma coerente com essa análise. Foi o que aconteceu no segundo turno entre Lula e Alckmin.

Para nos darmos conta do absurdo dessa posição, basta fazer o exercício de imaginar o que teria sido do Brasil com quatro anos de mandato de Alckmin no lugar de Lula – incluindo o enfrentamento da crise internacional. Não se conhece nenhum balanço autocrítico dos setores de esquerda, o que supõe que a mantêm, agora com o agregado de Marina, que em 2006, ainda ministra do governo, fez campanha ativamente, no primeiro e no segundo turno, o que faz pensar que quando ocupava aquele cargo, sua posição era uma, quanto teve que deixar o governo, mudou de avaliacao sobre o governo Lula e também sobre o caráter do bloco tucano-demista, haja vista suas fraternais relações com estes atualmente. (Fazendo temer até mesmo que os apóie, expressa ou veladamente no segundo turno.)

A incompreensão das diferenças entre as candidaturas da Dilma e do Serra decorre da incompreensão da realidade brasileira atual, o que permite esse e outros equívocos. Considerar que o bloco tucano-demista é similar ao bloco governista e que um governo da Dilma ou do Serra seriam similares para o Brasil corresponde a não dar valor à política internacional do governo atual, às políticas sociais, ao papel do Estado, à inserção internacional do Brasil – entre outros tantos temas.

Quem não sabe localizar onde está a direita, corre o grave risco de se aliar a ela. Um aliado moderado – um governo de centro-esquerda – é radicalmente diferente de um inimigo. Ao contrário da avaliação dos setores radicais que deixaram o PT, o governo mudou e mudou para melhor, desde que Dilma Rousseff substituiu Palocci como ministro coordenador do governo. Quem acreditou que o governo estava em disputa e que era possível um resgate seu pela esquerda, acertou, enquanto que os que tiveram uma avaliação puramente moral, acreditando que o governo tinha “mordido a maçã” do pecado da traição, caminhando para ser cada vez pior, erraram, se isolaram e desapareceram do campo político, lutando agora apenas por uma sobrevivência mínima no plano parlamentar.

Considerar que um governo da Dilma ou do Serra seriam a mesma coisa – assim como consideraram que o Brasil com Lula, nestes quatro anos, é o mesmo que teria sido com 4 anos de governo de Alckmin – é não valorizar o que significa a prioridade da integração regional e das alianças com o Sul do mundo, em contraste com os Tratados de Livre Comércio – a que o governo de FHC levava o Brasil – e com as alianças prioritárias com os países do centro do capitalismo, objetivo dos tucanos.

É não levar em conta as diferenças de enfrentamento da crise do governo FHC – de que Serra foi ministro nos dois mandatos – e a forma de enfrentá-la do governo Lula, com um papel ativo do Estado, com a diminuição e não o aumento da taxa de juros, com os aumentos salariais acima da inflação, com a rápida recuperação do nível do emprego, com a manutenção das políticas sociais.

É não considerar as diferenças substanciais entre o Banco do Brasil comprar a Nossa Caixa, mantendo-a como banco público, evitando que um banco paulista mais fosse privatizado pelos tucanos – o Banespa foi vendido a um banco espanhol e a Nossa Caixa teria destino similar, não fosse o atuação do BB.

Esses e outros aspectos ajudam a diferenciar e a projetar governos muito distintos no futuro – veja-se a equipe econômica do Serra, para se ter idéia, além dos ministérios que entregaria para o DEM.

Quando uma força de esquerda se equivoca sobre a polarização do campo político, querendo desconhecê-la, conforme seus desejos subjetivos, se torna intranscendente, não acumula capacidade de intervenção política. E, pior, a ação que logra obter, pode perfeitamente favorecer a direita, seja de forma explícita ou implícita.

A incapacidade de compreender a polarização política no Brasil de hoje entre dois blocos de forças claramente diferenciados inviabiliza uma política de construção de uma frente ampla de esquerda, com o sectarismo fazendo com que nem sequer entre si os grupos mais radicais da esquerda consigam coligar-se.

sexta-feira, 26 de março de 2010

O mundo bizarro de José Serra

Por Leandro Fortes no Blog Brasília, eu vi:
Muito ainda se falará dessa foto da Agência Estado por tudo que ela significa e dignifica, apesar do imenso paradoxo que encerra. A insolvência moral da política paulista gerou esse instantâneo estupendo, repleto de um simbolismo extremamente caro à natureza humana, cheio de amor e dor. Este professor que carrega o PM ferido é um quadro da arte absurda em que se transformou um governo sustentado artificialmente pela mídia e por coronéis do capital. É um mural multifacetado de significados, tudo resumido numa imagem inesquecível eternizada por um fotojornalista num momento solitário de glória. Ao desprezar o movimento grevista dos professores, ao debochar dos movimentos sociais e autorizar sua polícia a descer o cacete no corpo docente, José Serra conseguiu produzir, ao mesmo tempo, uma obra prima fotográfica, uma elegia à solidariedade humana e uma peça de campanha para Dilma Roussef.

Inesquecível, Serra, inesquecível.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Serra usa Polícia Militar contra professores de São Paulo

Segundo matéria divulgada pela FolhaOnline, a Polícia Militar de São Paulo prendeu quatro professores da Apeoesp (Sindicato dos Professores do Ensino Oficial de São Paulo) após conflito durante a inauguração de um centro de saúde em Franco da Rocha (Grande SP), na tarde desta quarta-feira. A categoria, que está em greve desde o dia 8 de março, compareceu ao local para tentar negociar com o governador José Serra
a abertura de um acordo. A obra foi inaugurada, apesar de não estar concluída.

A professora Mara Cristina de Almeida, diretora da Apeoesp, estava presente na manifestação e relatou que a Tropa de Choque impediu os manifestantes de participar do evento e se aproximar do governador. Cerca de 60 professores compareceram à inauguração.

Segundo Almeida, os professores começaram a gritar em repúdio. Os policiais agrediram os manifestantes com golpes de cassetete e jogaram spray de pimenta contra eles. Um professor teve ferimentos leves. Quatro pessoas foram detidas e encaminhadas para a Delegacia de Franco da Rocha. Leia a íntegra aqui.

Dessa forma que José Serra pretende governar o país?
Sem dúvida, o modus operandi do governador paulista é idêntico ao da sua correligionária gaúcha, a governadora Yeda Crusius. É o tucanato fazendo escola.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Pensamento econômico liberal não aprendeu nada com a crise


O ex-presidente do Banco Central, economista Affonso Celso Pastore afirmou que Brasil deve voltar a enfrentar suas limitações macroeconômicas que impedirão um crescimento sustentável acima de 4,5% ao ano.

De acordo com Pastore, isso acontece devido às restrições nos principais fatores de crescimento, como taxa de poupança e de investimento, produtividade e alto endividamento público. Para crescer de 6% a 7% ao ano, seria necessário elevar a taxa de investimento para cerca de 25% do PIB, ante 16,7% no ano passado.

O governo precisaria investir mais, mas não pode porque usa boa parte dos recursos em programas de transferência de renda para combater a pobreza, acrescentou.

Essa é mais uma verdadeira pérola da sabedoria convencional do mainstream econômico! Segundo eles, o Brasil não cresce mais porque gasta muito com a transferência de renda para combater a pobreza (leia-se políticas sociais). Se gastasse com os ricos geraria crescimento!!!!! A questão é crescimento para quem cara-pálida?

Definitivamente, o pensamento econômico liberal não aprendeu nenhuma lição com a crise econômica mundial. Continua sendo um perigo para humanidade.

terça-feira, 23 de março de 2010

Tecnologia à serviço da desinformação

Leitor envia o seguinte relato ao blog:

Ao me deparar com a notícia no site terra no dia 22/03 sobre a falta de luz no RS em razão da chuva na madrugada desse dia, resolvi ver como os meios de comunicação da aldeia estavam noticiando o fato:

No terra "Após temporal, 67 mil continuam sem energia elétrica no RS"



No site ClicRBS, como podemos ver nenhuma linha a vista sobre o fato! O site como se sabe é local, abrangendo o RS. Nadinha!


No site do jornal Zero Hora, depois descer a barra de rolagem encontramos uma frase lacônica dizendo: “Mais de 60 mil clientes seguem sem luz no estado”.

Ou seja, os cidadãos que deveriam receber a prestação do serviço público por uma concessão cedida pelo governo estado (que deveria regular essas empresas), na visão da Zero Hora devem reclamar com a empresa que presta o serviço. A Sra. Yeda e o governo do estado não tem nenhuma responsabilidade sobre o problema que atinge 60 mil cidadãos no RGS. 

A energia elétrica, serviço público essencial no mundo moderno é vista apenas como mais uma mercadoria a ser negociada entre empresas e clientes na visão neoliberal do grupo RBS. Os “clientes” que se virem!!!

segunda-feira, 22 de março de 2010

Para Serra reivindicações dos professores são "trololó"


Assim como a aliada e correligionária YEDA Crusius, o governador paulista, José Serra (PSDB), demonstra frequente desprezo pela educação e os educadores. Os professores do Estado de São Paulo estão em greve desde o dia 08 de março e promovem constantes manifestações sempre omitidas pela mídia corporativa.

Na última sexta-feira (19) aproximadamente 60 mil professores promoveram uma manifestação na avenida Paulista e aprovaram a continuidade do movimento. Diante da dimensão do protesto, a cumplicidade midiática não foi suficiente e Serra foi forçado a se manifestar. O tucano, que já mandou invadir a USP (veja aqui), tratou as reivindicações dos professores de São Paulo como um "trololó".

Uma verdadeira pérola do candidato tucano à presidência cuidadosamente escondida do grande público nacional.
Uma nova assembleia estadual está marcada para a próxima sexta-feira, 26, no Palácio dos Bandeirantes, às 15 horas.

sábado, 20 de março de 2010

Consequência ou simples coincidência?


O senador Pedro Simon (PMDB) teria anunciado sua aposentadoria. Segundo a notícia, Simon teria se mostrado desiludido com a política e não descartaria inclusive a renúncia ao mandato no Senado.

A notícia torna inevitável a seguinte indagação: "a decisão teria alguma relação com a indicação pela Governadora Yeda Crusius (PSDB) do presidente do Banrisul, Fernando Lemos, seu apadrinhado político, para o Tribunal de Justiça Militar?"

sexta-feira, 19 de março de 2010

Violência no Estado, tapando o sol com a peneira


Não podendo mais evitar o tema, diante do assustador aumento da criminalidade no Estado, a mídia corporativa regional utiliza a velha tática da naturalização dos fênomenos para evitar  desgastes ao seu representante no Palácio Piratini. Em síntese, a violência desenfreada é noticiada como um surto,  com objetivo de passar a idéia de algo momentâneo e passageiro, resultado de um fator determinante "o crack". 

Assim, o baronato da mídia cria uma idéia pré-concebida sobre as causas da violência no Estado para ficar na superficialidade dos fatos. Nada de comparar investimentos no setor, políticas de segurança pública, valorização do quadro funcional ou investigar outras causas que permitam uma discussão um pouco mais profunda que um tema dessa complexidade naturalmente requer.

A idéia é passar ao público que a vida é assim mesmo e que não há alternativas. Mas, basta deixar o Rio Grande por algum tempo para verificar o tamanho da falácia vendida aos gaúchos.

A contínua manipulação da temática segurança pública pela mídia corporativa regional, com objetivos políticos sempre inconfessáveis, tem resultados trágicos. A sociedade gaúcha tem pago um preço muito caro, expresso em vidas, por esse lamentável "estado de coisas".

quarta-feira, 17 de março de 2010

Os factóides e o banheiro do Palácio Piratini


Ao ter ciência do factóide produzido pelo oligopólio midiático regional contra o Deputado Dionilso Marcon (PT) - veja aqui  - não pude deixar de rememorar outro episódio do mesmo gênero, envolvendo o então governador Alceu Collares (PDT). O governo Collares pretendia reformar o Palácio Piratini, inclusive o banheiro da ala residencial. Esse fato foi o suficiente para o oligopólio midiático regional e partido político de fato lançar uma verdadeira guerra contra o governo, colocando seus âncoras (ou militantes) a fazer inflamados discursos em defesa do patrimônio público e a convocar corações e mentes a combater o então mandatário do Estado. Postura, por sinal, visivelmente antagônica a adotada quando se descobriu que a atual governadora, YEDA Crusius (PSDB), utilizou recursos públicos para reformar sua polêmica mansão, adquirir móveis e utensílios de decoração.

Sem discutir o mérito, os erros e acertos do governo Collares, essa tática foi fundamental para assegurar a vitória de Antônio Britto (PMDB), representante direto do oligopólio midiático regional. No governo Britto a linha editorial muda radicalmente, como era de se esperar. A privataria, o desmonte do estado, o descaso com o patrimônio público são festejados como políticas modernizantes. Nada a se estranhar, especialmente frente a clara a pretensão do baronato midiático regional em assumir o controle da então empresa pública de telecomunições - CRT.

O fato é que os poucos governos que não representavam os interesses desse grupo, citaria o governo Collares (PDT) e o governo Olívio Dutra (PT), independente dos seus méritos ou projetos, sofreram um constante e implacável cerco midiático. Enfrentando seguidos factóides de todo o gênero e sem instrumentos de comunicação alternativos significativos padeceram por falta ao direito de defesa.

O próximo governo que consiga lograr êxito na eleição sem o apoio do nosso oligopólio midiático certamente enfrentará o mesmo desafio. Independentemente do seu perfil, de enfrentameto ou conciliador, o modus operandi e a prepotência do adversário certamente não darão trégua. Como o poder do baronato midiático regional está nitidamente em decadência e com a credibilidade cada vez mais abalada em face do advento das novas tecnologias da comunicação, serão tempos muito interessantes. Aguardemos ansiosamente, mas preparados para os "próximos combates".

terça-feira, 16 de março de 2010

Mídia Corporativa deveria exigir fim das relações diplomáticas com Israel

Ultimamente a mídia corporativa tem se mostrado extremamente preocupada com as relações internacionais do governo brasileiro, sempre utilizando como justificativa seu suposto zelo pelos direitos humanos. Pois bem, o presidente Lula visitou Israel e a mídia corporativa calou-se. Nada de críticas. Nada de exigência de sanções ou rompimento de relações diplomáticas. Algo muito estranho para quem se apresenta como guardiã dos direitos humanos. Será que os barões da mídia desconhecem que:

* Israel é o único país do Oriente Médio que possui armas nucleares;
* São milhares os prisioneiros políticos (palestinos) em Israel;
* Israel é o único país do mundo que aceita oficialmente a tortura;
* São milhares os mortos vitimados pela repressão israelense;
* Israel promove assassinatos políticos de seus inimigos em outros paises (terrorismo de Estado);
* Israel ignora sistematicamente as resoluções da ONU;
* Israel mantém milhões de palestinos em condições desumanas, ocupando ilegalmente seus territórios, destruindo suas plantações e casas.

Os interesses internacionais do Brasil e a realidade dos países pouco importam à mídia corporativa.  As posições e contradições da sua linha editorial deixam cada dia mais claro seu alinhamento incondicional com a agenda política e os interesses do grande irmão do norte.

quinta-feira, 11 de março de 2010

Despedida Forçada

Há pouco mais de 1 ano foi criado "O Partisan" quase como uma terapia. Uma forma de desabafar, de protestar contra a manipulação opressiva de uma mídia oligopolizada que desnatura e compromete o avanço da democracia.

Particularmente, a experiência vivida nessa empreitada foi fantástica. O trabalho e  a disciplina necessários para manter o blog compensaram em muito a aprendizagem proporcionada. Infelizmente, novos compromissos eliminaram o pouco tempo disponível para essa atividade tão prazerosa. Formalizar a interrupção foi a melhor forma encontrada de afastar a tentação de continuar blogando. Simplesmente viciei. 

Conforta saber que a pequena contribuição que esse espaço podia dar na luta pela democratização dos meios de comunicação será facilmente superada pela enorme rede de blogs independentes, que  não para de crescer. Um conforto sem preço. Terei que evitar recaídas. Para tanto pretendo evitar os veículos da mídia corporativa por um bom tempo (jornais, rádios, noticários). Se cair em tentação recorrerei aos amigos blogueiros suplicando que publiquem meus desabafos. A luta continua.

quarta-feira, 10 de março de 2010

FHC vai destruir o tucanato


Os artigos e manifestações públicas do ex-presidente FHC são a alegria da candidatura presidencial do presidente Lula. O presidenciável tucano, José Serra, só não fica de cabelos em pé a cada nova investida de FHC por ser careca. Mas o impopular ex-presidente tucano tem sido uma verdadeira âncora para o governador paulista. 

As manifestações do ex-presidente forçam as comparações entre os governos petista e tucano, reforçando a estratégia eleitoral da candidatura governista. Matéria publicada hoje pela Folha online, relata como FHC tem aberto o coração e, com toda  sinceridade, defendido abertamente o neoliberalismo para o desespero da oposição.

FHC faz defesa do resgate do liberalismo


O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) afirmou que a "verdadeira discussão" no Brasil hoje é se teremos um capitalismo "burocrático, corporativo", em que o Estado "manda e resolve", ou um "capitalismo de competição", de clara orientação liberal.

Apresentado como "eterno professor", FHC falou a 70 pessoas, que pagaram R$ 100 para ouvi-lo, na Casa do Saber, no Rio. Indagado por que "direita" e "liberal" eram consideradas palavras "feias", brincou: "Liberal e de direita, eu acho feio".

Ele defendeu o resgate do conceito original de liberalismo, de defesa das liberdades do indivíduo e da autonomia da sociedade, num país que "acha que Estado é igual à nação" e no qual o direito individual "vem depois da ideia do coletivo".

Leia a íntegra aqui.

terça-feira, 9 de março de 2010

Depois do fracasso no Chile, liberais atacam "estado mínimo"

Por Luiz Carlos Azenha

Do Blog Vi o Mundo

Santiago - O retumbante fracasso do governo Bachelet na resposta ao terremoto da semana passada levou a uma situação curiosa, no Chile: os liberais agora atacam o estado mínimo, do qual o país sempre foi um exemplo cantado em prosa e verso.

Quanto ao fracasso, foi espetacular e, para mim, revelador.

Espetacular porque houve um completo fracasso nas comunicações intragovernamentais do país. Houve um estrondoso bate-cabeças que mediu 8.5 na escala Richter. Ficou claro que a fiscalização das obras é ineficaz, pelo grande número de prédios novos que veio abaixo. Os acréscimos não previstos na legislação da construção civil cairam em toda parte: tetos de gesso, passarelas e outros penduricalhos. Sem falar no completo despreparo para dar à população o mínimo atendimento que se requer em situações de emergência. A patética tentativa da presidente Bachelet de jogar a culpa nos vândalos me fez lembrar de José Serra e Gilberto Kassab nas enchentes paulistanas: a culpa é da população e do "dilúvio" propagandeado nas inserções televisivas do DEM.

Revelador porque, depois de passar uma semana no Chile, em contato com a população, me surpreendi com a crítica generalizada à mídia, que é acusada de mentir e de esconder a verdade sempre que interessa aos poderosos. Quando a mídia daqui propagandeava as ações do governo, boa parte do país ainda estava sem água, sem energia e sem comida. Algum marqueteiro esperto logo inventou uma campanha nacionalista e oportunista, destinada a, como sempre, mudar de assunto e evitar a responsabilização de governantes incompetentes e falastrões.

Aqui pouco se falou, por exemplo, no fato de que o toque de recolher em várias regiões foi, como sempre, uma forma de conter os pobres. O mesmo estado que não conseguiu levar água e comida despachou milhares de soldados para reprimir saques que não teriam acontecido se o mesmo estado tivesse conseguido levar água e comida antes que os soldados.

Lembram-se dos invisíveis cuja existência foi revelada pelo Katrina em New Orleans? Desta vez, foram os invisíveis chilenos que mostraram o rosto.

Ninguém pode acusar o jornal Mercurio de ser socialista. Trata-se, afinal, do mesmo jornal que recebeu dinheiro da CIA para promover uma campanha de propaganda contra Salvador Allende. Curiosamente, no entanto, coube ao jornal o papel de sintetizar o que ouvi de muitos chilenos e que, com raríssimas exceções, está ausente do discurso midiático aqui: o estado chileno fracassou de forma completa e retumbante. E com requintes de crueldade, já que anunciou oficialmente que não havia risco de tsunami na costa do país alguns minutos DEPOIS da primeira de três grandes ondas ter atingido a costa.

"Estes fatos deixaram inocultavelmente a nu as enormes deficiências de nosso Estado, muitas vezes escondidas por indicadores internacionais muito imperfeitos que o avaliam satisfatoriamente", escreveu o jornal em editorial.

A vitrine em que o Chile era a jóia dos neoliberais rachou, embora eu duvide que eles pretendam fazer mea culpa aumentando a capacitação, a formação e os salários do funcionalismo e os gastos públicos com políticas sociais e infraestrutura para os que hoje saqueiam. Aí já seria "estado demais".

segunda-feira, 8 de março de 2010

Festa da Uva: Yeda causa constrangimento à Serra



O Jornal Folha de São Paulo, em matéria sobre os esforços tucanos para impedir a queda de Serra nas pesquisas em São Paulo, noticiou o mico que o governador de São Paulo foi obrigado a pagar na Festa da Uva em Caxias do Sul. Segundo a Folha, Serra "teve que desfilar ao lado de Yeda e aparentou certo constrangimento ao lado da governadora gaúcha, que enfrentou denúncias de corrupção em seu governo".

A Folha, na verdade, manda um recado à Serra. Caso o presidenciável tucano queira se manter competitivo no pleito eleitoral não poderá vincular sua imagem a figuras como YEDA.

A mídia corporativa nacional não ignora o fato que o oligopólio midiático gaúcho se esforça desesperadamente para esconder: o governo tucano no RS é politicamente indefensável, um verdadeiro peso morto eleitoral.

Foto: Antonio Paz / Palácio Piratini

domingo, 7 de março de 2010

Dica de Cinema: Hércules 56


Esse documentário resgata a história da captura do embaixador americano, Charles Elbrick, em 1969, pela resistência à ditadura. A ação das organizações armadas possibilitou a libertação de 15 presos, salvos da tortura praticada indiscriminadamente nos porões da repressão política. Os presos políticos libertadaos tiveram a cidadania cassada e foram banidos do território nacional. Enviados ao México  num avião Hércules 56 da FAB.

Através de entrevistas com nove remanescentes do grupo de presos, a obra reconstitui o episódio, discutindo suas as causas e conseqüências na luta contra a ditadura civil-militar brasileira. 

Disponível no Youtube:

sábado, 6 de março de 2010

Grupo RBS defende privatização da INFRAERO


Os veículos do grupo RBS continuam menosprezando a inteligência dos seus leitores. Adeptos de primeira hora do neoliberalismo, agora o grupo midiático atua de forma mais indireta. Como os resultados das políticas privatizantes tornaram o neoliberalismo nada popular, RBS cria versões e utiliza camuflagens semânticas.

Como mostra o exemplo da manchete acima, RBS evita a defesa direta da privatização dos aeroportos. Prefere inverter fatos, acusando a ministra Dilma de estatizante pelo simples fato de se opor às propostas de privatização do Ministro Jobim. Assim, segundo a RBS, são estatizantes todos aqueles que não defendem o estado mínimo e a alienação do patrimônio público através da privataria. Quem se opõem a privatização é "estatizante".

Se não bastasse, o grupo midiático rebatiza as privatizações, utilizando a mesma técnica da Novilíngua da obra "1984" de George Orwell, agora tratadas como concessões. Falta coragem ao grupo de assumir sua verdadeira ideologia e intenções. Essa deve ser a "liberdade de invenção" da nossa mídia corporativa.

Lembrando o que os tucanos pensavam sobre os bancos públicos


Matéria publicada pela revista IstoÉ em 2001:

Bancos - Um vespeiro de R$ 260 bilhões. Foi dada a largada para a reforma da CEF e BB

Nas próximas duas semanas, o governo vai meter a mão em um grande vespeiro político e econômico: a reestruturação do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal. O destino dos dois maiores bancos públicos do País e os maiores da América Latina e dos seus ativos de R$ 260 bilhões será discutido em audiência pública no Congresso.

As discussões serão baseadas em um estudo encomendado à consultoria Booz Allen pela divisão do Ministério da Fazenda responsável pelos cinco bancos federais, a Comif. O estudo, ao qual DINHEIRO teve acesso, foi entregue há um mês e sugere alternativas para outros três bancos federais: BNDES, Banco da Amazônia e Banco do Nordeste.

Entre as idéias que serão colocadas na mesa, está a transformação das carteiras de crédito rural do BB e de habitação da CEF em agências independentes. A idéia, que não está clara no estudo da Booz Allen, foi discutida dentro do Banco Central com parlamentares, segundo DINHEIRO apurou. Nessas reuniões foi levantada a necessidade de uma reforma rápida dos dois bancos federais devido à deterioração de seus números. Estimativas feitas no ano passado a portas fechadas pelo próprio BC mostram que o rombo da Caixa era de R$ 35 bilhões. No caso do BB, o buraco chegava a R$ 20 bilhões.

Amauri Bier, secretário-executivo do Ministério da Fazenda, e homem-chave dessa reforma, fez um enorme esforço para não usar a palavra privatização em seu primeiro pronunciamento sobre o assunto na Comissão de Finanças da Câmara dos Deputados, no último dia 16. Mas a idéia é levantada de forma sutil diversas vezes no estudo da Booz Allen. "O papel (dos bancos federais) de apoiar os objetivos do Estado, em boa parte, pode ser cumprido pelo setor privado", diz o estudo. Juntas, as cinco instituições geraram prejuízos de R$ 7,3 bilhões nos últimos cinco anos, em parte porque 55% dos seus ativos de R$ 353 bilhões estão ligados a riscos gerados por atividades do Estado. "Esses ativos representam exposição fora do controle das instituições", afirma a consultoria. É exatamente por ter grande importância nas políticas estatais que a reforma deve encontrar obstáculos. "As mudanças vão enfrentar muita resistência política", diz o deputado Manoel Castro (PFL-BA), presidente da Comissão de Finanças.

Vida ou morte. Independente de como será feita a reformulação dos gigantes financeiros públicos, uma coisa é certa: a reforma é questão de vida ou morte para essas instituições. Os cinco bancos federais atuam de forma descoordenada, deficitária e muitas vezes competem entre si. O BB e a CEF, por exemplo, disputam os créditos dos Estados e municípios, como é o caso da previdência das Prefeituras, e clientes em agências abertas nos mesmos lugares. Isso sem falar nos problemas de gestão.

A Caixa é um exemplo. A rentabilidade da instituição no ano passado foi de 10,1%, a metade da média do mercado, segundo levantamento feito pela Engenheiros Financeiros & Consultores (EFC) para DINHEIRO. O que explica o resultado é o déficit na carteira habitacional, seu principal negócio. O estudo da Booz Allen confirma essa posição.

Segundo a consultoria, a razão para esses números é a necessidade de o banco atender aos apelos sociais. Sem citar números, o estudo afirma que a margem da Caixa na carteira de habitação foi negativa em 1998 principalmente devido à inadimplência e ao custo direto das agências. O custo operacional do banco é de R$ 5,2 bilhões ao ano, um valor maior que seu orçamento, de R$ 4,2 bilhões. Outro problema da CEF é emprestar mais dinheiro do que realmente tem em caixa. Ou, como se diz no mercado, estar muito alavancada.

Para se ter uma idéia, enquanto os 80 maiores bancos brasileiros apresentaram um índice de alavancagem de 9,4 no ano passado, a da Caixa chegou a 31,4. "O banco deveria ter três vezes o patrimônio atual ou um terço dos ativos", diz Carlos Coradi, consultor da EFC. Além de emprestar muito, a estratégia da Caixa não ajuda a resolver o problema habitacional. Segundo o estudo da Booz Allen, os recursos para habitação são destinados em sua maioria para a região Sudeste, embora a necessidade de crédito esteja no Nordeste. Além disso, o dinheiro beneficia, principalmente, famílias de renda superior a cinco salários mínimos, quando a necessidade maior é de famílias com renda inferior. Na conclusão, o estudo sugere que a Caixa deveria ser agente de políticas públicas e sair de negócios comerciais.

No caso do BB, o maior banco da América Latina, com ativos de R$ 138,4 bilhões, um dos principais problemas é a inadimplência da carteira agrícola, segundo a Booz Allen. O BB já perdeu duas vezes o valor do seu patrimônio e teve de recorrer a aportes financeiros do Governo. Na última vez, em 1997, recebeu R$ 7 bilhões dos cofres do Tesouro.

"O Banco do Brasil vive uma crise existencial", diz o especialista em bancos, Alberto Borges Matias. Segundo ele, a vocação do BB é atuar nos setores de agronegócios e exportação. "O Governo e o Banco do Brasil deveriam desistir da idéia de transformar a instituição em um banco comum." Nesse caso, o BB passaria a competir com todo o mercado financeiro. "O BB perdeu uma oportunidade importante de se firmar no setor externo."

Talvez não. O estudo da Booz Allen sugere que o BB melhore sua posição em comércio exterior. E mais: que aumente sua competitividade comercial e as expectativas dos acionistas em resultados financeiros. Como se vê, há muita faxina a ser feita.

Nada como um dia depois do outro:
 

sexta-feira, 5 de março de 2010

Jornal do grupo RBS agora tem poderes mediúnicos

Colaborador do blog, atento leitor, envia comentário destacando nova "pérola" jornalística do grupo RBS:

O ex-secretário da saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, teria afirmado na Polícia Federal, pouco antes de ser assassinado, que matou uma pessoa. O jornal do grupo RBS  relembrou outro episódio de conflito envolvendo Santos, no qual o ex-secretário acertou um homem com um tiro no tornozelo. Logicamente, Eliseu Santos sabia do desfecho desse episódio, pois foi à época noticiado pela imprensa. Assim, por óbvio, que o ex-secretário não se referia a esse caso na Polícia Federal. Mas, o jornal da RBS portador de poderes mediúnicos lascou "Homem que Eliseu teria matado está vivo".

Nada que fuja da sincera campanha promocional do grupo que diz: "a gente faz muitas coisas que você não vê, para fazer o que você vê". Realmente, nisso temos que concordar.

EUA causaram deformações físicas em futuras gerações no Iraque

Veja quais as consequências da Guerra do Iraque para as futuras gerações iraquianas e como os EUA tratam os direitos humanos na prática:



Médicos no Iraque denunciaram um grande aumento no número de crianças com defeitos congênitos em Fallujah, que, há seis anos, foi palco de intensas batalhas entre tropas americanas e insurgentes.

Médicos na cidade responsabilizam as armas usadas pelo Exército americano durante a ação militar pelos defeitos congênitos. Segundo uma pesquisadora, agora a incidência de doenças cardíacas entre os recém-nascidos na região é 13 vezes mais alta do que na Europa. Veja a íntegra da matéria na página da BBC Brasil.

quinta-feira, 4 de março de 2010

Yeda iria testemunhar em defesa de acusado por fraude no DETRAN

A governador Yeda Crusius não irá mais testemunhar em favor de Lair Ferst, um dos 33 acusados pelo Ministério Público Federal pelo desvio de R$ 44 milhões do DETRAN. Yeda tinha agendado seu testemunho para próxima terça-feira (09/03) no seu gabinete no Centro Administrativo Fernando Ferrari, mas o advogado de Ferst, Lúcio de Constantino, abriu mão do depoimento da governadora, para evitar a repercussão midiática.

A governadora eleita para zelar pelo interesse público, defender e conduzir a sociedade gaúcha coloca-se na defesa de seus aliados políticos acusados de crimes contra o patrimônio público. Um fato absolutamente lamentável.

Essa decisão certamente facilitará muito o trabalho do oligopólio midiático regional em encobrir esse episódio nada edificante da história política do Rio Grande do Sul.

Brigada Militar: Coação, autoritarismo e vergonha


Por
Adão Paiani*

A consulta ordenada pelo Comandante-Geral da Brigada Militar, Cel. João Carlos Trindade Lopes para identificar, dentro da corporação, quem é favorável ou não a essa indecência proposta e que o governo chama de “aumento” aos servidores dos quadros de base; não é apenas uma tentativa sórdida de tentar esvaziar o movimento e retirar a legitimidade das entidades representativas da categoria, mas também coação ilegal, na medida em que cada soldado é obrigado a anotar o número de sua matrícula e da carteira de identidade e responde se quer ou não o reajuste oferecido pelo governo.

Quem conhece como eu, mesmo sendo civil, o funcionamento da Brigada Militar, fundado na hierarquia e disciplina; sabe qual o real objetivo disso. Esse é o segundo episódio explícito de truculência, ilegalidade e autoritarismo do atual Comandante; o mesmo que ano passado teve a petulância, em pleno regime democrático, de proibir manifestantes, na frente do Palácio Piratini, de portar cartazes contra o Governo do Estado e seus agentes, acusados de corrupção. Isso sem falar no assassinato de Elton Brum da Silva, que marcará sua passagem pelo Comando-Geral.

É o cúmulo da submissão do Comandante de uma corporação com quase duzentos anos de história a um governo estertoroso, afundado em denúncias e que não consegue estabelecer um diálogo decente com nenhum segmento da sociedade; querendo impor a força suas políticas desestruturadoras, sem admitir o contraditório.

Esse servilismo vergonhoso, na ânsia de retribuir o prêmio recebido de comandar a corporação, desdoura a trajetória desse Comandante e envergonha a própria Brigada Militar. Até assumir a função, o Cel. Trindade Lopes era conhecido como intelectual e quadro extremamente qualificado; conhecedor das polícias de várias partes do mundo; mas depois disso parece não se interessar em utilizar na sua gestão tudo o que aprendeu; todo o investimento em sua formação, pago com dinheiro público e que deveria ser colocado em benefício da sociedade; e não de interesses meramente pessoais. Esqueceu que polícia ostensiva não se faz somente com a oficialidade ou dentro dos gabinetes, mas na rua com soldados, sargentos, tenentes, capitães.

Essa postura truculenta estabelece um clima de tensão e disputa perigosa dentro dos quartéis, o que terá sem dúvida alguma, reflexo direto na atuação brigadiana nas ruas. Fomenta a quebra de hierarquia como último recurso ante a ilegalidade de uma disposição, e em nada contribui para melhorar a situação caótica em que vive a segurança pública na atual gestão. Com um Comando servil, sem propostas, sem diálogo e agora corroída em suas bases, o que resta para a Brigada Militar?

A resposta da consulta já foi dada, da forma mais legítima possível, pelas entidades representativas. Outra coisa qualquer, é ilegalidade, coação, autoritarismo e vergonha.

Um Comandante de verdade comanda toda a tropa, e não somente uma parte dela; e tem responsabilidades para com todos, interna e externamente. Um verdadeiro líder tem a obrigação de saber disso.

*Advogado.

quarta-feira, 3 de março de 2010

A retomada Telebrás ajudaria a disciplinar o mercado

Recomendo a leitura da entrevista sobre a Telebrás com Samuel Possebon realizada por Valéria Nader e Gabriel Brito para o Correio da Cidadania. Reproduzimos abaixo os principais trechos da entrevista.

Desde o início do ano, vêm surgindo informações dando conta de que o governo federal teria intenções de reativar a Telebrás, de modo a tê-la como seu carro-chefe no anunciado Plano Nacional de Banda Larga, que visa atingir cerca de 70% das residências brasileiras. O anúncio do PBNL já fez ventilar hipóteses de que o processo também incluiria uma espécie de retomada estatal no setor, totalmente privatizado na era FHC.

Para tratar do assunto, o Correio da Cidadania conversou com o jornalista Samuel Possebon, que já concedeu diversas consultorias na área das telecomunicações. Para ele, o governo acerta ao tentar voltar a ter alguma rédea no setor, o que, ainda que não signifique uma real reestatização – o novo alvo de estridente combate por parte de nossa mídia, diante de um suposto viés neoestatizante do governo Lula -, poderia disciplinar o mercado. Como se sabe, o Brasil ocupa as primeiríssimas posições em tarifas telefônicas, fixa e móvel, de modo nada condizente com a média de renda de seu cidadão.

No entanto, o também professor do Departamento de Comunicação da UNB descarta a possibilidade de retomada estatal no setor, pois vê os atores privados e a cultura de concorrência aberta em posições já afirmadas. Possebon reconhece as melhorias tecnológicas oferecidas pelo mercado, mas ressalta ser importante uma maior acessibilidade da população e uma redução nos custos ao consumidor.

Correio da Cidadania: Como vem encarando as discussões acerca das Telecomunicações no Brasil nos últimos meses, especialmente em função da polêmica sobre a expansão da banda larga, que o governo parece querer encampar como um projeto estatal através da Telebrás e aquisição das linhas da Eletronet (antiga empresa estatal, atualmente em estado falimentar, detentora de uma rede de cabos de fibra ótica)?

Samuel Possebon: O governo tenta através do Plano Nacional de Banda Larga e a retomada da Telebrás equilibrar um pouco o setor, oferecendo novas opções para o acesso à banda larga. Porém, ainda não são muito claras as diretrizes desse plano e qual seria o grau de protagonismo do governo. Portanto, fica um pouco difícil saber qual será o sucesso da empreitada e se atingirá seus objetivos declarados.

De toda forma, creio ser uma idéia correta, pois coloca em cena um novo ator no setor, na figura do próprio Estado, e que vai no sentido de abrir o leque de concorrência, fazer preços baixarem e o acesso da população à banda larga aumentar. Mesmo assim, é cedo para vislumbrar qual alcance e efetividade terá o plano.

CC: Acredita estar em curso um projeto ou uma ‘séria’ tentativa de retomar de alguma forma o controle do setor de telecomunicações, dando mais corpo e nova vida à Telebrás? Enxerga relação com a própria questão da soberania nacional?

SP: Não. Acredito que o governo queira apenas dar um pouco mais de regulação ao setor, de maneira a também expandi-lo e criar um maior alcance nacional.

Mas não se trata de uma retomada estatal no setor. Ele pretende somente colocar uma nova opção no mercado, de modo que se abra um pouco mais o leque de concorrência e as demais empresas sejam obrigadas a baixar seus preços e também melhorar a qualidade dos serviços, ainda muito deficientes, apesar de todos os avanços tecnológicos.

Não vejo intenções governamentais no sentido de alguma reestatização, não é essa a idéia do plano. O que buscam é melhorar a competitividade e controlar mais o mercado.

CC: Como você enxerga hoje esse setor no Brasil? Caminhamos, conforme se aventa, melhor do que teria sido sem a privatização?

SP: É difícil falar em hipóteses, sobre o que seria sem a privatização. São inegáveis os avanços que as empresas privadas ofereceram, no que se refere à tecnologia e qualidade de alguns serviços, que não existiam antes, apesar do preço e da impossibilidade de acesso de grandes parcelas dos brasileiros.

Por outro lado, é certo que hoje as condições econômicas do país também são bem diferentes, o que permitiria que o serviço por parte do governo também se encontrasse em outro nível.

CC: O que pensa do fato de sermos o país com uma das mais altas tarifas de celular e telefonia fixa do mundo, ao lado de possuir um serviço de internet também caríssimo e ainda muito restrito?

SP: Esse é um ponto a se discutir bastante. É verdade que precisa ser dado um desconto por conta da altíssima carga tributária deste país, principalmente em serviços, de modo que o consumidor acaba sendo bastante afetado, pois as empresas acabam incluindo essa carga no preço final.

Mas também é preciso uma melhoria em tal ponto, pois, apesar de todos os avanços tecnológicos oferecidos, as tarifas são realmente muito elevadas, além de sabermos que há um altíssimo número de reclamações das pessoas com relação às empresas que prestam tais serviços. É também por isso que o governo entrou na questão, para rearranjar os níveis de preços e aumentar a acessibilidade a tais serviços, ainda muito distantes de grande parte da população.

CC: Você apoiaria algum tipo de reestatização no setor?

SP: No momento é difícil falar em reestatização, pois todo um modelo já está afirmado na sociedade e é complicado tocar nos atuais parâmetros de mercado.

Acho importante e não vejo nada de errado em uma maior atuação estatal no setor, até para regular e controlar melhor os preços de telefonia fixa e móvel, além de internet.

Não vejo nada de errado em contar com a participação simultânea do Estado e dos atores privados, desde que nas mesmas condições e regras de mercado, sem que um seja claramente favorecido em relação ao outro no que se refere às condições de oferecer os serviços de telecomunicações. Se for assim, pode ser positivo para o país e os consumidores um modelo que inclua os dois lados.

*Gabriel Brito é jornalista; Valéria Nader, economista, é editora do Correio da Cidadania. Leia a íntegra da entrevista na Página do Correio da Cidadania, basta clicar aqui.

terça-feira, 2 de março de 2010

Senador Heráclito Fortes se envolve em confusão em aeroporto


A oposição demo-tucana está realmente à beira de um ataque de nervos. O Senador Heráclito Fortes chegou a se envolver em confusão com outro passageiro no aeroporto. Notícia publicada no G1 apresenta a seguinte versão relatada pelo senador do DEMO:

Segundo Heráclito, a origem da confusão se deu mais de meia hora antes do pouso. O senador teria pedido um copo d’água a uma comissária de bordo para, segundo ele, dissolver um medicamento que está tomando para dores no joelho. “Ela disse que tinha encerrado o serviço de bordo.” Heráclito reclamou, mas a funcionária teria dito que a suspensão do serviço era uma orientação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Quando deixava o avião, porém, um comissário teria oferecido água ao senador. Ele então teria explicado que a água não era mais necessária. Nesse momento, um passageiro que aguardava para desembarcar teria começado a ofender o senador. “Sai daí, idiota. Sai daí, imbecil”, teria gritado o passageiro.

Acredito que a única dúvida é se o passageiro estava reagindo a algum comportamento do Senador ou se apenas externou o que muitos brasileiros pensam sobre vossa excelência.

Mídia Corporativa deveria fazer críticas e propor sanções aos EUA por violação dos Direitos Humanos

Se a mídia corporativa e a oposição Demo-tucana está realmente preocupada com os Direitos Humanos, e não apenas utilizando cinicamente essa bandeira para promover seus interesses inconfessáveis, poderiam propor críticas e sanções aos EUA por violação aos Direitos Humanos. Sobre esse tema é bastante ilustrativa situação da população carcerária estadunidense:


EUA: A maior população carcerária do mundo

Um em cada quatro presos no mundo está num cárcere dos Estados Unidos. Na composição da população penal constata-se a predominância racista: um em cada 15 adultos negros permanece preso; um em cada nove, entre 20 e 34 anos, e um em cada 36, hispânicos. Dois terços dos condenados à prisão perpétua são negros ou latinos e no estado de Nova Iorque, apenas 16,3% desses réus são da raça branca.

Foto: Mumia Abu-Jamal: Preso político americano, ativista negro colocado no corredor da morte nos EUA

A cada ano morrem 7 mil pessoas em cárceres estadunidenses, muitas são assassinadas ou suicidam-se.

Por exemplo, os guardas nas prisões dos Estados Unidos usam regularmente pistolas Taser. De acordo com um relatório duma organização, 230 cidadãos estadunidenses morreram pelo uso deste tipo de armas desde 2001. Na denúncia, citou-se o caso de uma prisão no condado de Garfield, Colorado, acusada de utilizar regularmente estas pistolas ou pulverizadores de pimenta contra os presos, e de atá-los depois a cadeiras em posturas raras durante várias horas.

Recentemente, informou-se que 72 pessoas perderam a vida nos últimos cinco anos nos centros de detenção de emigrantes.

Um relatório divulgado pelo Departamento da Justiça dos Estados Unidos no mandato final de W. Bush assinalava que havia 22.480 presos em prisões estatais e federais que eram portadores do HIV ou aidéticos confirmados, e estimava-se que 176 réus estatais e 37 federais morreram por causas relacionadas à Aids. Por exemplo, de acordo com uma informação do Los Angeles Times de 20 de setembro de 2007, foram registrados 426 óbitos nas prisões da Califórnia em 2006, devido a um tratamento médico tardio. Deles, 18 óbitos foram considerados como "evitáveis" e outros 48 como "possivelmente evitáveis". Um recluso diabético de 41 anos, Rodolfo Ramos, morreu depois de ter sido abandonado sozinho e coberto por suas próprias fezes durante uma semana. Os funcionários da prisão não lhe deram tratamento médico, apesar de saber de sua doença.

Ao menos em 40 estados da União, os tribunais tratam como adultos norte-americanos de entre 14 e 18 anos. Uns 200 mil menores são julgados como adultos em tribunais nos Estados Unidos, apesar de já ter sido demonstrado que este proceder é errado.

Em treze centros de detenção de menores nos Estados Unidos verifica-se elevados índices de abuso sexual e, em média, um em cada três jovens presos denunciou ter sido vítimas de abuso sexual.

Nas prisões, há aproximadamente 283 mil doentes mentais, quatro vezes mais que nos hospitais psiquiátricos.

Os 4,5% dos presos em cárceres estatais e federais foram vítimas uma ou mais vezes de abusos sexuais. Os 2,9% disseram que foram vítimas destes abusos, nos quais esteve envolvido o pessoal das penitenciárias, enquanto 0,5% afirmou ter sido atacado sexualmente por outros presos e pelo pessoal penitenciário.

Ações brutais e torturas contra presos são próprias das prisões dos Estados Unidos. Há uns poucos anos, um filme britânico, Torture: America’s Brutal Prisons (Tortura: As prisões brutais dos Estados Unidos), mostra cenas horrorosas captadas por câmaras de vigilância na Flórida, Texas, Arizona e Califórnia, onde os guardas batem severamente nos presos — até matam vários deles — com pistolas Taser e elétricas, ataques de cachorros, borrifadas de químicos e dispositivos perigosos para imobilizar. Contudo, o mais alarmante é que o isolamento prolongado, que é uma maneira de abuso mental aos presos, os prejudica demais. Muitos presos enlouquecem (se já não eram doentes mentais) ou suicidam-se, por esta punição desumana. Encontram-se em unidades de segregação restritiva e muitos deles também já foram isolados — mas o governo não divulga esses dados. A maioria dos presos isolados em solitárias nos Estados Unidos há mais de cinco anos que permanece assim.

Matéria pescada do blog Na Práxis.

segunda-feira, 1 de março de 2010

Efeitos da Privataria: "brasileiro paga uma das tarifas de eletricidade mais caras do mundo".


O alto custo e péssima qualidade dos serviços de eletricidade e telecomunicações é resultado direto do modelo de privataria promovido pelo tucanato nos anos FHC. Modelo que a mídia corporativa ainda esforça-se em defender, atacando qualquer tentativa de mudança de rumo, como o caso da empresa de banda larga que o governo planeja constituir. Por essas e outras, o candidato tucano, José Serra, não decola nas pesquisas eleitorais, levando as viúvas do neoliberalismo ao desespero.

Segundo reportagem publicada pelo Estadão, o Brasileiro paga uma das tarifas de eletricidade mais caras do mundo. O valor é mais alto que no Canadá, Estados Unidos, Noruega, França e México, e deve aumentar ainda mais neste ano. A constatação é de levantamento da consultoria Advisia, por encomenda da Associação Brasileira dos Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace).

O estudo usa dados de 2007, por causa da defasagem nos sistemas internacionais de consulta, como a Agência Internacional de Energia (AIE). Mas, segundo especialistas, a relação não mudou substancialmente.

Na época, a tarifa residencial média no Brasil era de US$ 184 por megawatt-hora (MWh) e a industrial, de US$ 138 por MWh. O valor mais baixo para residências era encontrado na Noruega, de US$ 48 por MWh. No segmento industrial, o Canadá tinha a melhor tarifa: US$ 68 por MWh. Na Alemanha, que tinha as maiores tarifas, os consumidores residenciais pagavam US$ 212 por MWh e os industriais, US$ 84 por Mwh.

"Deveria haver alguma relação entre custo de energia e qualidade, até porque boa parte da tarifa brasileira é referente a encargos, incluindo o sistema de transmissão, que está falhando", comentou o presidente da Abrace, Ricardo Lima.

Leia a íntegra da reportagem aqui.

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