domingo, 31 de maio de 2009

Legião Urbana canta "Índios"

Dica de Cinema: Guerra de Canudos

A dica de cinema da semana é o filme nacional Guerra de Canudos. O filme conta a história do líder sertanejo Antônio Conselheiro através da trajetória de uma simples família nordestina que acompanha a peregrinação liderada por Conselheiro. A família se estabelece em Belo Monte, região de Canudos, onde Conselheiro e seus fiéis pretendem construir uma cidade. A república recentemente proclamada vê em Belo Monte uma ameaça de restauração monarquista e inicia uma campanha militar contra Canudos.
A trama trata de muitas questões centrais nos conflitos pela terra no Brasil, que ainda persistem nos nossos dias.

sábado, 30 de maio de 2009

Embargo dos EUA suspende até MSN para Cuba

Nos últimos dias, o cubano que tenta acessar o MSN Messenger encontra a seguinte mensagem de erro: “810003c1: We were unable to sign you in to the .NET Messenger Service”, esta mensagem leva à uma página da microsoft, aonde está explanado que a empresa de Bill Gates suspendeu o serviço de mensageiro para países embargados pelo governo dos Estados Unidos, isso inclui, além da ilha caribenha, Síria, Irã, Coréia do Norte e Sudão.
Milhares de sítios estão com acesso bloqueado para Cuba, assim como algumas ferramentas do Google, como o Google Earth, por exemplo. Agora, o bloqueio ao uso do MSN soma-se ao conjunto de iniciativas para segregar a ilha do mundo virtual.
Além disso, por conta do bloqueio econômico imposto pelos EUA há mais de quatro décadas, Cuba não pode conectar-se a cabos de fibra óptica internacionais, tendo de apelar para sinal via satélite, bem mais oneroso.
Atualmente, em cooperação com a Venezuela, está em construção uma linha submarina ligando os dois países, o que proporcionará internet de alta velocidade para os cubanos a partir de 2010.


Alternativas

Em relação a essas sanções, não é nada que não se resolva, afinal, existe uma ampla gama de serviços gratuitos na internet, que até mesmo mimetizam o MSN Messenger, bem como oferecem alternativas interessantes de serviços do tipo. Além disso, o governo cubano está realizando uma bela migração, a passos largos, para o software livre. Mas essa é uma notícia que certamente não será divulgada pelo grande oligopólio midiático, nem será objeto dos comentários “moralistas” de seus porta-vozes, que pretendem apropriar-se, a todo custo, do conceito de liberdade.

Sobre o embargo, pode-se dar uma olhada no farto material que encontra-se no sítio do tesouro americano, é pra deixar quieto qualquer papagaio de telejornal.

A notícia da suspensão do MSN para países bloqueados economicamente pelos EUA pode ser encontrada, em inglês, no sítio sobre tecnologia "Ars Technica".
As informações foram pescadas do blog napraxis.blogspot.com.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Essa frase diz tudo ou quase

Vou repetir, para não restar dúvida, a frase da deputada Zilá Breitenbach, líder da bancada do PSDB, partido da governadora Yeda, sobre o membro do Ministério Público Otaviano de Moraes, que atualmente ocupa a famosa Secretária da Transparência do governo tucano:
"Alguém que não tem trajetória política fica desgostoso com mais facilidade, não aceita o que é feito no mundo da política".
Um membro experiente do Ministério Público Estadual, via de regra, está familiarizado com as mais fortes e intrincadas situações envolvendo tanto práticas delituosas quanto problemas da administração pública.
O que traria tanto desconforto ao Secretário? O que os tucanos fazem na política que não é aceito facilmente por um cidadão comum ou um servidor público de carreira? A democracia, enquanto principio, exige que os problemas públicos sejam debatidos com a sociedade. Quais fatos estão nos sendo sonegados? Ficaram essas questões no ar.
Infelizmente, não vi os veículos de comunicação tradicionais se preocuparem com elas.

Verdadeiro interesse nos “piratas” da Somália não é revelado, diz pesquisador

Nos últimos meses, a imprensa internacional tem noticiado diversas operações de captura dos chamados “piratas” da Somália. Os EUA, o Japão, o Reino Unido e mais nove países europeus estão atuando na costa do país africano para prender os “piratas”. Segundo o pesquisador de conflitos no continente africano da organização Casa das Áfricas, Badou Koffi, a imprensa não está revelando os verdadeiros interesses desses paises na região.

Koffi disse que os países europeus e os EUA querem continuar pescando sem autorização prévia no Golfo de Áden, na costa da Somália, além de utilizar o litoral do país africano para jogar lixo nuclear. Para isso, segundo Koffi, inventaram, como desculpa, que precisariam combater os chamados “piratas”, para assim, resolver a crise da Somália.

“Essa situação ajuda os navios europeus na região para a exploração do mar. Junto ao grupo de navios europeus e empresas tem o exército americano. Então, os piratas são eles.”

Desde que o governo da Somália entrou em colapso em 1991, nove milhões de somalis passam fome. O povo somali apoia os chamados “piratas”, pois, de acordo com Koffi, eles estariam lutando pelos pescadores tradicionais da região.

Koffi disse que o uso do termo “pirata” em pleno o século XXI não é adequado. Para ele, a denominação tem como objetivo tratar os grupos da Somália de forma negativa.

“Para receber o apoio dos outros países, tem que ter um discurso para desacreditar a luta desses 'rebeldes'. Então, todo mundo passa a ver esses grupos, que para mim são grupos organizados, como terroristas”. As informações são da Radioagência NP.

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Bancários vivem fase da geração tarja preta

Escrito por Gabriel Brito

Uma das instituições financeiras mais beneficiadas pelo período de bonança bancária (além da era das privatizações), o Santander é exatamente parte da linha de frente dos bancos que adotam política incisiva em sua rotina de trabalho, a fim de potencializar os rendimentos do banco. “Para garantir o lucro dos bancos, leva-se adiante o adoecimento de muita gente. Vivemos a fase da ‘geração tarja preta’, a dos bancários que para conseguirem trabalhar e cumprir tarefas precisam se entupir de remédios, antidepressivos e medicação controlada”, conta Edson Carneiro, do Sindicato dos Bancários. Leia a íntegra no Correio da Cidadania http://www.correiocidadania.com.br/

V Convenção gaúcha de solidariedade a Cuba

quarta-feira, 27 de maio de 2009

Caos nos presídios gaúchos e resultado da gestão nota zero do governo tucano

O caos nos presídios gaúchos é fruto da incapacidade de gestão do governo YEDA. O oligopólio de comunicação do Estado evita dar ênfase ao fato que o governo do estado dispõe de recursos federais do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania - PRONASCI - liberados há muito tempo, sem que governo YEDA realiza projetos ou promova a execução dos já contratados.
A incompetência da gestão é visível, pois há recursos de sobra disponíveis e houve tempo suficiente para execução dos projetos.
Enquanto o governo YEDA fica inerte, a situação do sistema prisional realimenta a explosão dos índices de violência, infernizando a vida dos gaúchos.
É um exemplo claro do que é "choque de gestão" tucano.
Ou seria fruto daquele ditado que "lobo não come lobo". Fiquei na dúvida.
A revelação de um diálogo interceptado pela Polícia Federal nas investigações sobre um suposto esquema milionário de corrupção envolvendo as obras de construção das barragens de Jaguari e Taquarembó me trouxe lembranças de uma fala recente da nossa governadora.
Na gravação a empresária Neide Viana Bernardes fala para Edgar Cândia, dono da empresa Magna Engenharia, uma das empresas vencedoras da licitação, que a “tá tudo combinado” e que a “progenitora maior do Estado sabe de tudo".
Nas recentes denúncias de irregularidades e desvio de dinheiro da sua campanha eleitoral YEDA orientou os membros do seu governo a contratarem advogados nos seguintes termos:
"Já avisei que mamãe não protege mais. Cada um cuida do seu nome. Temos de nos defender e atacar".
Como visto, um governo muito maternal.

O País não deve se entregar à demanda externa

O pré-sal foi descoberto num momento em que há dados mostrando que 62% das fontes atuais de petróleo vão secar até 2030. Assim, o bloco consumidor naturalmente tende a deslocar para o Brasil uma parte da sua demanda. Mas acontece que há uma desproporção brutal. Ao se deslocar uma pequena parte da demanda global de aproximadamente 80 milhões de barris por dia para o Brasil, gera-se um enorme choque de demanda em relação ao que produzimos atualmente. O bloco consumidor tem o maior interesse de que isso seja feito na maior intensidade possível e o mais rapidamente possível. Esse, porém, não é o nosso interesse.

A opinião é do Professor emérito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e assessor especial da presidência do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), economista Antônio Barros de Castro. Castro defende que o ritmo de produção de petróleo do pré-sal deve ser pautado pela capacidade do País de explorar as oportunidades produtivas de maior potencial. Alertando para a armadilha cambial e fiscal que a voracidade da demanda mundial pode causar nos produtores de petróleo, Castro cita, como algumas das áreas promissoras que poderiam tomar impulso a partir do pré-sal, aços especiais, automação, software e projetos de engenharia. Leia abaixo os principais trechos da entrevista concedida ao Estado de São Paulo:


É preciso administrar o choque de demanda. Uma tipologia dos países bem dotados de petróleo ajuda a entender o problema. Há três tipos, e o primeiro é o dos países que se entregam à demanda que, para eles, é deslocada, muitas vezes por falta total de alternativas. São países como Angola, Nigéria, Venezuela, as nações do Oriente Médio. A não administração da demanda causa não só problemas de sobrevalorização cambial, mas também uma revolução fiscal.

O sr. poderia explicar?

É uma dupla revolução fiscal, que muda os padrões de receita e despesa, sem que se entenda como, aos trambolhões. O norte fluminense é um microcosmo desse processo. O Estado passa a ter rendas sem negociar com os cidadãos, sem a intermediação das instituições políticas, o que o faz levitar acima da população. Isso pode permitir tanto loucuras ditatoriais como democracias populistas, que compram a população com gasolina de graça e outros benefícios. Os venezuelanos consideram a gasolina quase de graça como parte do contrato social, o que impede o país de enfrentar seus imensos problemas fiscais - é a enfermidade fiscalista em estágio avançadíssimo. Na Nigéria, talvez a maior das tragédias, acabou até a agricultura tradicional. A Noruega é o único país desse grupo que conseguiu a proeza de não contrair a doença fiscal e conter a doença cambial.

E qual é o tipo brasileiro?

Bem, há um segundo tipo, de países de economia relativamente diversificada, muitos ricos em recursos naturais difusos pelo território, como Canadá e Austrália. O Brasil é do terceiro tipo - economias com diversas possibilidades já desenvolvidas, com capacitações nada desprezíveis, com oportunidades, que subitamente descobrem o petróleo. Estão nesse grupo também a Indonésia, o México, em 80, a Rússia dos anos 90. A Indonésia conseguiu manter a diversidade produtiva, com políticas muito ativas, o suporte das suas relações econômicas com o Japão e a atuação da diáspora chinesa. Já o México, em 80, deixou a economia se truncar completamente. A indústria do Vale Central do México, segundo especialistas, era comparável à brasileira em 1975, mais ou menos. Depois, veio o petróleo, ela foi recuando, e hoje fica na poeira em complexidade e capacitação tecnológica.

E como o Brasil deveria agir?

O primeiro grande desafio é que o brutal aumento de demanda é um empurrão exatamente quando não precisávamos, já que finalmente se descobriu como gerar, expandir e sustentar a demanda interna. No momento, por causa da crise, passamos por um "dente" de demanda e temos as políticas contracíclicas. Mas não é um problema de médio e longo prazos. Tanto o despertar das aspirações das classes populares quanto a pletora de oportunidades com que se defrontam as nossas empresas - o etanol ou, melhor dizendo, o canavial como coletor de energia solar; a tecnologia da informação; o software brasileiro; o núcleo eletromecânico; e muitas outras - representam uma capacidade de gerar demanda autóctone, enraizada, com rendimentos crescentes, ao contrário do deslocamento da demanda externa.
Leia a íntegra em:
www.estadao.com.br/estadaodehoje/20090524/not_imp375926,0.php

terça-feira, 26 de maio de 2009

Chávez criará versão Venezuelana da Caixa Econômica Federal

O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou, nesta segunda-feira, que contará com a assessoria da Caixa Econômica Federal para a construção de uma rede bancária pública e na criação de um sistema de financiamento de casas populares na Venezuela.

O acordo deve ser assinado na terça-feira, em Salvador, na Bahia, onde Chávez se reunirá com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva para tratar da agenda comercial bilateral e de temas de integração regional.

"O projeto da Caixa Federal é muito importante. Eles querem nos ajudar com sua experiência (no financiamento para) a construção de moradias (...) e em um sistema de poupança popular", afirmou o presidente venezuelano durante reunião dos chanceleres da Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas) transmitida pelo canal estatal.

"Amanhã vamos assinar este documento para estabelecer na Venezuela uma rede bancária pública e programas de moradia", acrescentou.

O déficit habitacional na Venezuela é de cerca de 2 milhões de casas. A rede bancária que pode ser utilizada para a implementação desse sistema é a do Banco da Venezuela, filial do grupo Santander, cuja reestatização foi acertada na semana passada.

Desde o ano passado, Chávez vinha afirmando que pretendia transformar o Banco da Venezuela em uma versão venezuelana da Caixa Econômica Federal.

As informações são do Jornal Folha de São Paulo online: http://www1.folha.uol.com.br/folha/bbc/ult272u571655.shtml

Os tucanos e a questão da moral e dos bons costumes

Pescado do Blog do Rovai (http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/texto_blog.asp?id_artigo=7026)

A posição de um partido político no espectro político é definida em geral por suas posições em dois campos: o econômico e o moral.
Um partido que defende o Estado mínimo, privatizações, carga tributária menor para o empresariado e ação social focada e não universal no mundo inteiro está à direita.
Mas alguns desses partidos não se contentam apenas em ser uma direita econômica, querem mais. Começam a operar também no campo da moral.
O PSDB paulista está fazendo essa opção para disputar as próximas eleições. A proibição do fumo em espaços fechados é um dos elementos desse discurso higenizador. Era muito mais democrático produzir uma lei que obrigasse os bares a terem uma área de fumantes que fosse fechada e não ultrapassasse, por exemplo, 30% do total do estabelecimento. Mas isso não seria moralizante. Não seria útil para um discurso político que visa atingir um setor altamente conservador da sociedade brasileira. Aquele setor que ainda sonha com os tempos do regime militar, com uma suposta ordem que se estabelecia a partir do proibir.
Agora, duas outras notícias dão andamento a essa complementação da nova moral serrista-tucana. São elas, a lista dos alunos malcriados e a proibição do quentão e do vinho quente nas festas juninas realizadas em unidades escolares. Não estou brincando. É sério.

O governador José Serra (PSDB) sancionou ontem a lei que proíbe o consumo dessas bebidas em eventos promovidos dentro e fora (vejam bem, fora, inclusive) das escolas do estado.

O autor do projeto moralizante é do deputado estadual Celso Giglio (PSDB), que foi prefeito de Osasco e na última eleição perdeu ainda no primeiro turno para o candidato Emídio de Souza, do PT.

Surfando na mesma onda, o vereador e ex-secretário da Educação do Estado de São Paulo, Gabriel Chalita (PSDB) conseguiu aprovar anteontem em primeira votação na Câmara Municipal de São Paulo seu primeiro projeto como parlamentar. Ele prevê a criação de uma lista de alunos malcriados na rede municipal de São Paulo. Também não é piada.

O educador Chalita diz que é sério.

Pela proposta, as escolas terão de criar um registro dos estudantes que ofendem ou intimidam os colegas. Esse histórico será enviado à Secretaria Municipal da Educação. Em tese, esse registro permitiria ao município montar uma lista com os nomes dos agressores. E quem sabe começar a impedir que eles estudem. Não é má idéia para um projeto de outro tucano...

Alguém ainda tem dúvida sobre em que espectro da política brasileira está o Serrismo e o PSDB? A direita já foi menos radical. Dá até saudades do Jânio, que proibia a rinha de galos. E livrava os bichinhos do sofrimento alimentado pelo sadismo humano.

Os Desafios da Reforma Agrária

O líder do MST João Pedro Stédile fala dos desafios da Reforma Agrária no Brasil.


segunda-feira, 25 de maio de 2009

Como interditar e condicionar a democracia

Duas notícias publicadas nos veículos de comunicação tradicionais, na última semana, apontam um dos objetivos da CPI da Petrobras: interditar e condicionar o processo democrático. A primeira, em tom de denúncia, reclama que o PT controla 17 das 80 diretorias da Petrobras. A segunda informa que a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, descarta mudanças na diretoria da Petrobras.
Pois bem, façamos algumas reflexões sobre o pensamento da mídia dominante. O presidente eleito do país é do PT, a direção da Petrobras deveria estar controlada por quem? Pelo tucanato? As empresas sobre controle público devem perseguir objetivos sociais democraticamente estabelecidos pela população através da eleição dos seus governantes. Caso esse argumento fosse suficiente ou coerente para justificar uma CPI poderíamos instala-las em todas as esferas do país, inclusive no Estado de São Paulo. Ou vocês acham que o Serra não nomeou tucanos para dirigir as estatais paulistas.
Mas é a segunda notícia que desvenda as verdadeiras intenções do ataque à Petrobras: promover mudanças em sua diretoria. Seria de perguntar: se o governo entregar as diretorias objeto do desejo aos nomes indicados pela oposição, não haverá mais necessidade de CPI? Seria algo parecido com o que ocorreu no episódio do chamado "caos aéreo": a simples substituição do Ministro da Defesa pelo pemedebista de nome, mas tucano de coração, Nelson Jobim resolveu magicamente todos os problemas, da noite para o dia, na mídia hegemônica.
No fundo, trata-se do conceito de democracia das elites brasileiras: só existe democracia quando ela manda segundo os seus interesses. Quando perde as eleições ou tem qualquer dos seus interesses ameaçados, se julga diante do pior dos regimes autoritários.

PSDB e Demo temem manifestações em favor da Petrobrás

O líder do PSDB, senador Arthur Virgílio (AM), anunciou em Plenário que seu partido não aceita votar nada - exceto indicações de autoridades - enquanto não houver explicações por parte dos líderes governistas com relação aos protestos contra a CPI da Petrobras que devem ser organizados pela Central Única dos Trabalhadores (CUT) e pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).
O senador também questionou a interpretação regimental segundo a qual a oposição terá apenas três das onze vagas de titulares na comissão de inquérito e solicitou à Mesa explicações por escrito sobre essa interpretação.
O presidente do Senado, José Sarney, explicou que a regra regimental que determina o critério a ser usado - o tamanho de cada bancada ou bloco na data da criação da CPI -poderá ser mudada no novo regimento que está sendo estudado, para usar o mesmo critério usado na composição das comissões permanentes, isto é, o tamanho das bancadas e dos blocos no começo da legislatura vigente.
As informações são do Senado, em 20-5-09, repassadas pela Agência Petroleira de Notícias (www.apn.org.br)

domingo, 24 de maio de 2009

Vitor Ramil canta "Deixando o Pago"

Dica de Cinema: O Closet

Essa ótima comédia conta a história de François Pignon (Daniel Auteuil), um homem com diversos problemas familiares. Divorciado, continua apaixonado pela ex-esposa que o ignora. Além disso, não consegue manter uma relação próxima com seu filho. Ao descobrir que será demitido, Pignon se desespera e se confidencia com seu novo vizinho, Belone (Michael Aumont). Belone, homossexual assumido, lhe propõe uma plano nada comum para salvar o emprego: enviar ao seu chefe uma fotomontagem onde aparece com outros homens, assumindo sua homossexualidade.
Segundo Belone, ao assumir a homossexualidade a empresa ficará constrangida em realizar a demissão com medo de ser acusada de discriminação. Pignon, que não é homossexual, aceita o plano e vê sua vida modificar totalmente após as fotos se tornarem públicas. A partir daí se desenrolam um conjunto inusitado de situações hilárias e reflexivas, nas quais a percepção de todos sobre Pignon se altera radicalmente.

sábado, 23 de maio de 2009

Pedro Simon: prêmio cara-de-pau

O senador Pedro Simon que gosta de pousar como defensor radical da moralidade pública, apoiador de primeira hora da CPI articulada pelo PSDB e pelo DEM para investigar a Petrobras, não consegue mais esconder suas contradições e incoerências.
O Senador está visivelmente pressionado pelas denúncias que atingem a sua aliada política, a governadora tucana Yeda Crusius. Denúncias reforçadas pela revelação dos diálogos entre Walna Villarins Meneses, assessora da governadora, e a indiciada na Operação Solidária Neide Bernardes. Nas gravações constantes do inquérito constam conversas entre Walna e Neide, nas quais se fala sobre "flores", "arranjo", "bonsai" e "projeto de jardim" — expressões que a PF considera serem códigos para dinheiro.
A Operação Solidária investiga suspeitas de irregularidades em licitações de obras de infraestrutura, sendo que dois deputados da bancada do PMDB, partido do Senador, Alceu Moreira e Marco Alba, estão entre os investigados.
Questionado sobre esses fatos, o Senador Simon culpou o Ministro da Justiça, Tarso Genro pelo vazamento das gravações que estariam causando "uma confusão" no Estado.
Isso está causando uma confusão, que não se sabe até que ponto é ou não é. Por que essas coisas, que já existiam, não apareceram há mais tempo? — questionou Simon.
Como visto, para o Senador, a culpa pelo que chama de "confusão" no Estado não é resultado da gravidade das denúncias, mas da sua revelação.
Ou o problema seria a própria investigação pelas autoridades policiais competentes?
Com certeza o Senador é merecedor do nosso Troféu cara-de-pau.

Anunciados novos golpes sujos na disputa presidencial

A divulgação da pesquisa do instituto Vox Populli, encomendada pelo PT, causou pânico e ranger de dentes na direita e seu aliados midiáticos. A constatação que a ministra Dilma Rousseff ultrapassou a barreira dos 20% das preferências do eleitorado - marca que as lideranças do partido esperavam superar apenas no final desse ano - acendeu a luz vermelha e acionou o estoque de golpes baixos.

A Revista Veja, por exemplo, no espaço chamado RADAR ON-LINE, faz o seguinte comentário:
A pesquisa Vox Populi encomendada pelo PT, que mostrou Dilma Rousseff ultrapassando os 20% das preferências, trazia duas perguntas para saber o grau de conhecimento da população sobre o câncer da ministra.
Na primeira, os entrevistados eram instados a responder se haviam tido qualquer informação ou notícia sobre a ministra nos últimos dias. Dos 2 000 entrevistados, 35% responderam que havia tido informações. Destes, 90% afirmaram que as notícias diziam respeito à doença. A pesquisa começou a ser feita no dia 2 deste mês, exatamente uma semana depois de a ministra tornar público seu tratamento.
O partido fez questão de esconder o resultado durante a divulgação oficial feita ontem. O dado não consta nem mesmo da apresentação completa que está disponível no site do partido.

Será que a Revista considera que a ministra está inelegível em razão da doença? Ou será um anúncio da campanha de medo e desinformação que promoverá contra sua candidatura? Com certeza o crescimento de Dilma nas pesquisas será acompanhado de muitos golpes baixos midiáticos, vide o ocorrido com a falsa ficha do DOPS divulgada recentemente pela Folha de São Paulo.

Residencial Utopia e Luta

Na manhã desta sexta-feira (22) ocorreu a solenidade de entrega e inauguração do Residencial Utopia e Luta, primeiro prédio público do país destinado à moradia popular. O antigo edifício do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) está localizado na Avenida Borges Medeiros, no centro de Porto Alegre. Eduardo Solari, coordenador do Movimento Utopia e Luta, afirma que o espaço além de assegurar moradia, será também uma unidade para a gestão de novas conquistas. “No Fórum Social Mundial de 2005 o Movimento Nacional de Luta pela Moradia (MNLM) fez o debate sobre essa ocupação e também sobre o assunto da revitalização dos prédios públicos abandonados para integrá-los a uma necessidade de moradia popular. Para nós está ocupação é uma unidade de luta, onde iremos construir algo além e mais substancial do que quatro paredes e um teto. Nosso objetivo é a auto-gestão de pessoas que administram seus próprios recursos, gerando assim uma consciência autônoma”, diz O projeto foi desenvolvido em parceria entre o Movimento Nacional de Luta pela Moradia de Porto Alegre (MNLM), Ministério das Cidades e a Caixa Econômica Federal. O Edifício, abandonado a mais de dez anos, vai abrigar uma centena de pessoas com renda média de três salários mínimos. De acordo com Solari, a próxima ação do movimento é o desenvolvimento do projetoReorganizando nossa urbanidade” que tem por iniciativa articular ações em prol da moradia para as pessoas carentes da região metropolitana. As informações são da Agência de Notícias Chasque.
Uma bela iniciativa que resgatou um prédio público abandonado no centro da Capital. Mais um exemplo da importância de entes públicos como a Caixa Econômica Federal para o desenvolvimento econômico e social do país e a viabilização de empreendimentos populares inovadores como este. O prédio terá 42 apartamentos e abrigará um centro cultural, com oficinas de teatro e espaço de informática, e terá o objetivo de criar um sistema autossustentável. Cada andar do edifício será dedicado a um tema de luta do movimento popular: Consciência Negra, Povos Indígenas, Biodiversidade, Mulher e Revolução. A inauguração contou com a presença do ministro Marcio Fortes, titular do Ministério das Cidades, responsável pela destinação R$ 1 milhão de reais do Programa Crédito Solidário via Caixa Econômica Federal.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Yeda quase caiu hoje

Nada dá certo para governadora tucana. Até em discurso de inauguração de obra o inusitado acontece. Ao tentar discursar na inauguração da RSC 480, em São Valentim - região norte do Estado, as tábuas do palanque cederam e a governadora se desequilibrou, precisando ser aparada por um policial militar. Muito simbólico esse fato: um governo que não consegue organizar nem um evento de inauguração de obra como poderia gerir o Rio Grande.

Em defesa dos Correios

Os Sindicatos dos trabalhadores dos Correios e Telegrafos estão mobilizados para derrotar o projeto de lei 3677/08, do deputado paulista Régis de Oliveira (PSC), que quebra o monopólio postal, possibilitando a privatização do setor. Diante este cenário, a Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos iniciou uma campanha nacional contra esses Projetos. Além do impacto na receita da empresa, que teria consequências em seus projetos sociais, o coordenador da campanha, Robson Neves, aponta a diminuição do número de cidades atendidas pelo serviço. “As áreas que os Correios hoje conseguem chegar, mais de 40 milhões de domicílios em todo país, não serão vistas com a mesma responsabilidade pelas empresas privadas. O que está sendo colocado pelas pesquisas é que as empresas privadas só vão atender capitais com grande demanda.” Robson cita que, em 2008, o setor arrecadou R$ 11 bilhões, repassando R$ 2,5 bilhões ao Estado. Atualmente, as agências de Correios e Telégrafos empregam 116 mil trabalhadores. Nacionalmente, a campanha tem adesão de 35 sindicatos. Informação da Radioagência NP.

Mais de um terço dos analfabetos da América Latina está no Brasil

De acordo com dados da Campanha Latino-Americana pelo Direito à Educação (Clade), 35 milhões de analfabetos estão na América Latina. O Brasil – que é um dos países mais populosos da região – concentra mais de um terço deste número. A afirmação pode ser comprovada a partir de uma pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que revela que 14 milhões de brasileiros com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever.O levantamento da Clade, divulgado em 2007, aponta que do grupo de países da América Latina e do Caribe, Cuba apresenta a menor taxa de analfabetismo. O problema atinge 0,2% da população cubana. Recentemente, os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, e Evo Morales, da Bolívia, declararam que os dois países estão livres do analfabetismo. Para isso, utilizaram a metodologia do programa cubano de alfabetização “Sim, eu posso”, criado pelo governo de Fidel Castro. Para o educador peruano e consultor internacional José Rivero, uma das explicações para a persistência do problema, tanto na América Latina quanto no Brasil, são as grandes desigualdades sociais da região.
As informações são da Radio agência NP (http://www.radioagencianp.com.br/)

O direito à alfabetização é um dos direitos humanos fundamentais. E setores da elite conservadora brasileira ainda têm a cara-de-pau de acusar outros países, utilizando o falso discurso dos Direitos Humanos para encobrir interesses inconfessáveis. Interesses de classe, pessoais e econômicos.
Esses mesmos hipócritas não mostram nenhum entusiasmo em promover a erradicação do analfabetismo no Brasil, muito menos nos demais países da América Latina. Pura falsidade de quem "dá moral de cuecas".

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O Petróleo tem que ser nosso

O ato público em defesa da Petrobras e pela soberania nacional sobre o pré-sal, promovido pelos movimentos sociais e entidades sindicais, reuniu aproximadamente 5 mil pessoas. A campanha ganhou as ruas nesta quinta, 21, ocupando a avenida Rio Branco, no centro do Rio, e realizou caminhada da Candelária até a porta da Petrobras. O primeiro ato de uma campanha que promete ganhar as ruas em defesa da empresa símbolo da potencialidade do nosso país.
Os brasileiros unidos reafirmam "o petróleo é nosso", não vem que não tem.

Fórum dos Servidores realiza passeata luminosa nesta quinta

Nesta quinta-feira 21, o Fórum dos Servidores Públicos Estaduais realiza mais uma atividade da mobilização pelo impeachment da governadora Yeda Crusius. Uma passeata luminosa será realizada pelas ruas centrais de Porto Alegre a partir das 19 horas. A concentração será em frente ao CPERS/Sindicato.

Esta semana novas denúncias de corrupção e caixa dois envolvendo a campanha da governadora, em 2006, vieram a tona. As denúncias baseiam-se em afirmações do vice-governador Paulo Feijó e envolvem uma concessionária da GM. Na Assembléia Legislativa continua o movimento para a criação de uma CPI.

Para as entidades que compõem o FSPE-RS o governo Yeda não tem mais legitimidade para continuar. Principalmente se for para mexer nos direitos dos servidores. Na semana passada, o chefe da Casa Civil, José Alberto Wenzel, declarou não entender o porquê de uma CPI. “Para emperrar o Estado? Ao invés de dispensar esforços em mudanças estruturais como o Plano de Carreira, queremos que se debrucem sobre a CPI? Acho que não”, disse ele. Expondo um pragmatismo feroz, o governo finge não saber que a CPI é para investigar denúncias de corrupção e de caixa-dois eleitoral.

O governo até hoje não apresentou o projeto para mudar as carreiras. Só o Banco Mundial deve saber dos detalhes. A idéia também interessa a quem pretende drenar o dinheiro público para poucas e grandes empresas, assim como sobra mais renúncia fiscal para uma fumageira via Fundopem. Daí, essa fumageira doa dinheiro, ainda que por via oculta e altamente suspeita, às campanhas eleitorais de quem se compromete em destruir com o serviço público. Informações da página do CPERS Sindicato (www.cpers.com.br)

Entidades Sindicais e Movimentos Sociais realizam ato em defesa da Petrobrás

Enquanto os tucanos querem parar a Petrobrás, multinacionais avançam sobre o pré-sal

A FUP e os sindicatos de petroleiros, junto com a CUT, UNE, MST, OAB/RJ e várias outras entidades dos movimentos sociais, realizam um grande ato público hoje, quinta-feira, 21, por uma nova legislação para o setor petróleo e em defesa da Petrobrás. A manifestação pretende reunir centenas de militantes no centro do Rio de Janeiro para uma passeata que sairá da Praça da Candelária, em direção ao edifício sede da Petrobrás, na Avenida Chile, onde os manifestantes farão um abraço simbólico do prédio. A concentração está prevista para ter início às 09 horas, na Candelária.

O ato público reforçará a urgência de uma nova legislação para garantir o controle estatal e social sobre as reservas brasileiras de petróleo e gás, além de defender a Petrobrás dos ataques tucanos contra a soberania nacional. Enquanto o PSDB arma uma CPI para desestabilizar a empresa que representa a maior fonte de investimentos do país, as multinacionais avançam sobre o pré-sal, intensificando os projetos exploratórios na maior reserva petrolífera descoberta no mundo nos últimos anos.

Não por acaso, essa CPI armada pelo PSDB surge no momento em que o governo e a sociedade discutem mudanças na Lei do Petróleo, uma das piores heranças deixadas pelos tucanos. A descoberta do pré-sal trouxe à tona a urgência de novas regras para o setor, que foi totalmente desregulamentado nos anos 90, quando o PSDB entregou às multinacionais a exploração do nosso petróleo e gás. Os tucanos e demais setores conservadores da política nacional não querem que a Petrobrás nem o Estado brasileiro voltem a controlar esse patrimônio tão estratégico para o Brasil.

Os movimentos sociais estão mobilizados e não permitirão que a oposição atrase o desenvolvimento do país, tentando paralisar a Petrobrás ou impedindo mudanças na legislação do setor. Todos ao ato de quinta-feira, em defesa da soberania nacional! Parar a Petrobrás é parar o Brasil! Os brasileiros reagirão contra essa manobra antinacionalista dos tucanos! Informações da Federação Única dos Petroleiros - FUP - http://www.fup.org.br.

O livre mercado: a interessante história de Delmiro Gouveia

Delmiro Gouveia era um industrial do setor têxtil que criou uma grande fábrica na localidade da Pedra, região do Rio São Francisco. Sobre seu caráter empreendedor se dizia que criou uma civilização a partir de um fio d'àgua da Cachoeira Paulo Afonso. As atividades empresariais de Delmiro Gouveia começaram a ameaçar o domínio do setor pela empresa inglesa Machine Cotton, que passou a pressionar o empresário para vender sua indústria. Gouveia resistiu heroicamente a todas as pressões da empresa estrangeira. Terminou morto e seu corpo jogado nas águas do Rio São Francisco. A luta de seus filhos contra a empresa estrangeira sensibilizou o presidente Artur Bernardes que assinou, em 19 de junho de 1926, um decreto-lei elevando as taxas de importação das linhas de coser de 2.000 para 10.000 reis o quilo. No governo Washington Luís o decreto foi revogado principalmente em razão da atuação do embaixador inglês. A fábrica de Pedras não resistiu, sendo desativada e os equipamentos atirados no Rio São Francisco.
Esse episódio motivou o Ministro da Justiça do Governo Vargas, Agamemnon Magalhões, a formular e conseguir aprovar a famosa "Lei Malaia", primeiro instituto jurídico brasileiro que tratou da Defesa da Concorrência Econômica.
Como se vê, a prática de adquirir empresas para criar monopólios e oligopólios é tão antiga quanto o próprio capitalismo. Concorrência é para os pequenos e aqueles que acreditam no coelhinho da páscoa, Papai noel, mula sem cabeça, ...

quarta-feira, 20 de maio de 2009

A notícia com total parcialidade

O jornal ZH de hoje anuncia que o Município assinou contrato com o BID para despoluir o Guaíba. O leitor imagina que o BID é o grande patrocinador dessa grande realização do nosso Município. Ledo engano. Essa notícia, na verdade, se refere ao chamado "Programa Socioambiental", concebido há mais de uma década e que não se efetivou antes por falta de fontes de financiamento. Pois bem, esse projeto foi contemplado e integra o Programa de Aceleração do Crescimento - PAC - do governo federal. O contrato de repasse foi assinado, há aproximadamente dois anos, com a CAIXA ECONÔMICA FEDERAL e algumas obras já foram iniciadas. A notícia não faz nenhuma referência ao PAC e fala da CAIXA secundária e marginalmente.
As obras desse programa estão com o cronograma de execução bastante atrasado, mas o objetivo do matéria é louvar e não cobrar o governo municipal. Dar destaque às denúncias do empresário que revelou um esquema de corrupção na Secretária Municipal da Saúde de Porto Alegre nem pensar. Um veículo verdadeiramente comprometido com sua missão político e ideológica.

Para inglês ver

O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE) é uma autarquia federal encarregada da defesa da concorrência, analisando os processos de fusões e aquisições de empresas com objetivo de resguardar a sociedade dos efeitos nefastos dos monopólios econômicos, tudo com base na lei 8.884/94. Para os menos avisados, que acreditam que a sociedade está protegida de negócios como o que criou SADIGÃO (SADIA+PERGIDÃO) pela atuação do CADE, passo duas informações básicas:
Segundo consta no relatório de gestão do ano de 2006 do próprio CADE: "O fato é que, completados, 12 anos desde a transformação do CADE em autarquia especial, com a entrada em vigor da Lei 8.884/94, raríssimas são as ações ajuizadas contra decisões do CADE que já tenham alcançado o fim, com sentença transitada em julgado e reversão dos valores das condenações em benefício da sociedade". Em síntese, as decisões do CADE quando inconvenientes aos interesses econômicos são objeto de contestação judicial em processos intermináveis, vide a aquisição da Garoto pela Nestlé.
A segunda é que a estrutura administrativa do órgão continua marcada pela precariedade, sem a criação de quadro de pessoal próprio e com quantitativo insuficiente, comprometendo a qualidade e celeridade das análises.
Portanto, a fórmula perfeita para os monopolistas não serem importunados. Um jogo de cartas marcadas, no qual somente nós perdemos.

Criação da SADIGÃO. A quem serve mais esse monopólio?

Concorrentes históricas, as empresas Sadia e Perdigão fecharam acordo e juntas formam agora a Brasil Foods, uma empresa que projeta um faturamento de R$ 22 bilhões. O anúncio de fusão foi confirmado na manhã desta terça-feira (19). As negociações entre as duas empresas se estendiam desde o ano de 2006, momento em que a Perdigão recusou a proposta de compra feita pela Sadia. A Brasil Foods ocupa agora o posto de maior empresa de alimentos industrializados do Brasil e a 10ª das Américas.

Para os trabalhadores, fica a incerteza em relação aos empregos. Cairo Fernando Heinardt , presidente da Federação dos Trabalhadores da Indústria da Alimentação do Rio Grande do Sul, (FTIA-RS), compara a Brasil Foods com a criação da megaempresa cervejeira Ambev, resultante da fusão entre Antarctica e Brahma.

“A tradição das fusões, tanto do setor financeiro quanto do setor produtivo tem nos mostrado isso. Com a AMBEV, a gente sabe, ela fechou todas as suas unidades em Estrela (RS). Eles transferiram a produção, pegaram dinheiro público para investir em tecnologia e demitiram trabalhadores. Nós perdemos centenas de postos de trabalhos naquela fusão na AMBEV. No caso da Brasil Foods, os próprios produtores que criam frango vão estar nas mãos de uma grande empresa. Não temos mais a concorrência. Agora temos um grupo só”, enfatiza.

Por outro lado, Cairo destaca a condição insalubre de trabalho que este setor empregatício gera. Os trabalhos repetitivos, especialmente nos abatedouros, têm debilitado as condições de saúde dos trabalhadores.
“A cada dia que passa essas empresas do setor avícola tem gerado um número enorme de trabalhadores com lesão por esforço repetitivo e pelo ritmo de trabalho que são desenvolvidos nessas empresas. Diante disso nos queremos um compromisso e queremos que o governo não só de dinheiro para que essas empresas façam a fusão de capital, e os trabalhadores fiquem sem nem um tipo de garantia. Essa é a nossa grande preocupação”, diz.

Mesmo que os dirigentes da Brasil Foods não tenham mencionado algum financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Cairo enfatiza que a possibilidade existe, tendo em vista os problemas financeiros da Sadia, que, no fim de março, apresentava uma dívida total de R$ 8 bilhões. A nova sede da megaempresa será na cidade de Itajaí, Santa Catarina.
As informações são da Agência de Notícias Chasque.

terça-feira, 19 de maio de 2009

Márcio Pochmann: “O neoliberalismo nos forçou a pensar pequeno”

Matéria pescada do Jornal e Agência de Notícias Brasil de Fato

Para Márcio Pochmann, ricos precisam ser tributados diferentemente dos pobres


Além de se caracterizar como uma crise estrutural, com efeitos no crédito e nos investimentos; e sistêmica, repleta de efeitos sociais e políticos, pela primeira vez, uma crise econômica também é globalizada. Esse foi um dos destaques do seminário “As crises do capitalismo”, de Márcio Pochmann, realizado no Instituto Sedes Sapientiae, em São Paulo. A palestra faz parte do Curso sobre a Crise do Capitalismo,
Inédita também por envolver “graves problemas ambientais”, a crise deixou evidente, segundo o presidente do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a “desgovernança” do mundo. “A Organização das Nações Unidas (ONU), o Banco Mundial, e o Fundo Monetário Internacional (FMI), foram incapazes de dizer algo relevante”, afirma o economista.

Comportamento

O presidente do Ipea ainda destacou o peso das maiores corporações do mundo, não somente na produção de produtos e serviços, mas também de padrões comportamentais. “As empresas tem os países, 48% do PIB do mundo são de 500 corporações. Essas corporações são as reprodutoras do padrão de consumo. É preciso repensar isso tudo e construir um novo padrão de consumo”, afirma Pochmann.
Para ilustrar o atual contexto em que a humanidade vive, o economista compara as características familiares de um século atrás com a atualidade. Segundo ele, antes as casas eram menores e se constituíam como espaços de socialização das pessoas. Hoje em dia, as casas são maiores, moram menos pessoas, porém, “viraram depósitos do que compramos”, e menos um espaço de socialização familiar.
Para o economista, é necessário superar o atual conceito de “bem-estar social”, tendo em vista que “o neoliberalismo nos forçou a pensar pequeno”, segundo ele afirmou. Entretanto, uma nova postura comportamental, segundo ele, “não muda de um dia para o outro”. “Precisamos, por exemplo, tributar os ricos e fazer mais mudanças. Mas precisamos ter base política”, pondera.

A crise e o Brasil


Ainda sob a forte influência neoliberal e sua força de fazer os trabalhadores pensar pequeno, “não estamos construindo uma agenda de transformação, de refundar o Estado”, pontua Pochmann. Segundo ele, “o Estado que temos hoje não serve”, pois ainda é fundamentado por práticas e pensamentos do século do 20.
No contexto nacional, o presidente do Ipea critica as ações contraditórias do próprio governo federal que tenta impulsionar o consumo beneficiando as grandes montadoras de carro, ao passo que, ao invés disso, poderia forçar a diminuição das passagens de ônibus ou mesmo o preço da cesta básica. Com indignação, Pochmann soma a essas mais uma questão: “Por que não tributam os ricos?”.
Em relação às medidas tomadas pelo governo brasileiro, Pochmann afirmou que ações como redução de impostos, de juros, e elevação do salário mínimo, possivelmente evitarão a recessão no país. Ele ainda acrescenta que é muito provável que haja um crescimento econômico que atinja até 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Ele não minimiza, porém, o retrocesso de desenvolvimento social que vinha ganhando força desde os anos de 2003 e 2004 no país. “Vamos conviver com um maior desemprego e o aumento da pobreza e desigualdade”, conclui o economista.

O papel da mídia na discussão da economia

O jornalista Luis Nassif fala do papel da mídia na discussão dos planos econômicos, das pressões sofridas na discussão da política econômica inaugurada com o Plano Real, de quem o Plano enriqueceu, dentre outras.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Governo YEDA não dá chance à oposição

Antes mesmo da decisão do PDT, o DEM, partido do vice-governador Paulo Feijó, anunciou apoio à criação da CPI da corrupção no governo YEDA.
O governo tucano produziu um verdadeiro "choque de gestão" no Estado, não deu vez nem chance à oposição. Um dos principais adversários do governo é o próprio vice-governador, as denúncias de corrupção e escândalos surgem, via de regra, de dentro do próprio governo ou dos seus principais colaboradores, vide: Adão Paiani; Lair Ferst; Enio Bacci; Estella Maris Simon...
Com tamanho "choque" não há blindagem midiática que aguente.
Um verdadeiro espetáculo de tragédia política para ficar na história.

Tudo sob controle no governo tucano do RS


Chávez incentiva a leitura na Venezuela

Informação pescada da página do PCB (http://www.pcb.org.br/chavez1.htm):


CHÁVEZ LANÇA PLANO REVOLUCIONÁRIO DE LEITURA NA VENEZUELA


CARACAS, 14 MAI (ANSA) - O governo da Venezuela lançou o Plano Revolucionário de Leitura (PRL), mediante o qual distribuirá milhares de livros com o objetivo de "construir o socialismo bolivariano do século XXI".
Para a iniciativa foram selecionadas 100 obras consideradas instrutivas, entre elas "As veias abertas da América Latina", do uruguaio Eduardo Galeano, livro com o qual o presidente Hugo Chávez presenteou o norte-americano Barack Obama durante a Cúpula das Américas, realizada no mês passado em Trinidad e Tobago.
"Vamos pedir uma autorização a Galeano para publicar na Venezuela uma edição de massa do livro", afirmou Chávez, acrescentando que o material historiográfico atualmente disponível não informa de maneira satisfatória, por exemplo, sobre a resistência indígena à colonização europeia.
Outra obra selecionada foi "O desafio e o fardo do tempo histórico", do húngaro István Meszaros, que segundo Chávez demonstra "como o capitalismo decapita a existência humana".
Também fazem parte do acervo clássicos como o "Manifesto do Partido Comunista", de Marx e Engels, e livros escritos por membros do governo, como "O socialismo venezuelano", do ministro das Finanças, Ali Rodríguez.
Há ainda uma coletânea de trechos de discursos do próprio presidente, chamada "Ideias cristãs e outros aportes ao debate socialista", na qual ele faz referência ao caráter socialista das palavras de Jesus Cristo.
Os livros da denominada "biblioteca popular comunitária" serão discutidos e analisados por "equipes revolucionárias de leitura, cada uma integrada por dez membros", destacou Chávez.
Em sua primeira etapa, o PRL será dirigido a adultos agrupados em organizações comunitárias, operárias e estudantis -- os chamados "conselhos comunais", criados pelo governo e que agora contribuirão para "a troca de saber por meio da leitura" e para "desmascarar a guerra psicológica feita por meios da oligarquia", afirmou o mandatário.
"Ler, ler, ler. É uma tarefa de todos os dias. A leitura faz bem à consciência. Devemos injetar todos os dias uma dose de libertação por meio da leitura", disse Chávez.
Em outubro de 2005, o governo da Venezuela declarou o país "território livre do analfabetismo", com base em resultados da Missão Robinson, programa de alfabetização implementado em 2003.
Até 2001, a média nacional de analfabetismo era de 9% entre os venezuelanos com mais de 15 anos. Entre 2003 e 2005, esta porcentagem diminuiu para 6%, segundo dados oficiais.

domingo, 17 de maio de 2009

Folha de São Paulo indica saudosismo do tucanato neoliberal

A Folha Online de hoje (17/05/2009 - 03h01) publica reportagem sob o título:
"Lula anula enxugamento de servidores públicos após Plano Real".
Diz a matéria:
"Graças sobretudo à política de contratações do governo Lula, o funcionalismo federal superou pela primeira vez as dimensões de 1995, anulando o enxugamento sofrido a partir do Plano Real.
Sob FHC (1995-2002), o total de servidores recuara de 661,1 mil para 598,5 mil. Na gestão do PT, em 2008, o número chegou a 670,8 mil, seis vezes o total de funcionários do Itaú-Unibanco. O gasto com o funcionalismo deve atingir 5% do PIB neste ano. Para o governo, a proporção de servidores federais na população brasileira é bem menor que em países como a França.
Gasto x Juros
Em abril deste ano, um estudo (disponível para assinantes do jornal e do UOL) feito a pedido da Folha de S.Paulo pelo economista Alexandre Marinis, da consultoria Mosaico, mostrou que o governo federal usou praticamente toda a economia feita com a queda de juros desde 2006 para contratar pessoal e aumentar o salário do funcionalismo público,
Entre abril de 2006 e abril de 2009, os gastos anuais do governo central com juros caíram cerca de R$ 40 bilhões. No mesmo período, as despesas com pessoal subiram iguais R$ 40 bilhões, e as de custeio, R$ 26,7 bilhões. Já as despesas de capital --os investimentos propriamente ditos-- aumentaram apenas R$ 14,7 bilhões.
O aumento de gastos com funcionalismo e custeio não foi produto de um simples crescimento vegetativo e involuntário da máquina, mas, principalmente, do voluntarismo oficial.
Entre 2003 e 2005, nos três primeiros anos do governo Lula, o crescimento médio anual da folha de salários federais foi de apenas R$ 7 bilhões. Entre 2006 e 2009, esse aumento pulou para R$ 13 bilhões ao ano.

Em pleno ocaso do pensamento neoliberal, a Folha demonstra saudosismo pela defesa do "Estado Mínimo", com desdém pela prestação e qualificação do serviço público. Por seguir essa linha de pensamento, considera o gasto em saúde, educação e segurança, majoritariamente formado por contratação de pessoal, não como investimento mas como gasto com funcionalismo.
Assim os investimentos no incremento da prestação de serviços públicos à população são tratados como se desperdício fossem, como se os funcionários recebessem sem gerar nenhum benefício em troca.
Por isso, ao invés de usar o termo investimento em pessoal ou algo parecido, fala em "anula enxugamento" e faz a absurda comparação do quadro de funcionários de um País continental como o Brasil com um Banco Privado.
Não se trata de nenhum equívoco conceitual, mas da mais pura ideologia neoliberal que prega o enfraquecimento e a privatização do Estado. O mesmo pensamento que patrocina o ataque político do Congresso à Petrobrás. Uma empresa estratégica para o desenvolvimento nacional, sob controle público e com eficiência internacionalmente reconhecida.
Questionável, mas absolutamente coerente com o ideário do tucanato neoliberal, que não se importa nem um pouco com o interesse público ou social, buscando tão somente a garantia de lucros para poucos às custas de quase todos.

Buena Vista Social Club

Apresentação em Amsterdam - Holanda - Abril de 1998.

Dica de Cinema: De Bico Calado

Para quem deseja esquecer os problemas da vida e dar boas risadas no final de semana, uma boa dica é a comédia inglesa De Bico Calado. O filme conta com o famoso ator Rowan Atkinson (o Mr. Bean) no papel de um vigário de uma pequena cidade do interior da Inglaterra. Concentrado nas suas tarefas sacerdotais, o vigário dedica pouco tempo aos dilemas familiares. Daí surgem várias problemas.
Carente da atenção do marido, a esposa do vigário - Kristin Scott Thomas de Quatro Casamentos e Um Funeral - começa a se envolver com o seu instrutor de golfe (Patrick Swayze); a filha mais velha do casal não consegue manter um relacionamento estável, mudando constantemente de namorado; e o filho mais novo sofre com as perseguições dos colegas da escola. A família está se desestruturando quando surge Grace, a nova governanta - Maggie Smith de Harry Potter e o Cálice de Fogo, para mudar as coisas com métodos para lá de inovadores.

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