sábado, 9 de maio de 2009

Por que a revista Veja está detonando com a governadora Yeda

O Diário Gauche (www.diariogauche.blogspot.com) traz uma explicação do porquê a revista Veja está detonando com YEDA. Confesso que, desde o conhecimento da reportagem, está pergunta atormenta O Partisan. A seguir, reproduzimos integralmente a excelente postagem:

Porque José Serra quer, em primeiro lugar.
A revista Veja, que já está nas bancas em Porto Alegre, traz uma matéria que pode derrubar o governo tucano de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul.

A pergunta que muitos fazem hoje, sábado, em Porto Alegre é sobre o motivo de Veja – uma publicação que se constitui na vanguarda da direita brasileira – estar fustigando tão agudamente a governadora do PSDB.

A explicação é tão simples quanto cerebral (portanto, sujeita aos caprichos da realidade):

1) Não interessa ao PSDB ver a companheira tucana pingar sangue a cada semana, num interminável e inglório sacrifício que praticamente jogaria o Rio Grande do Sul nos braços do PT, cujos candidatos não são confiáveis ao establishment local.
2) A matéria de Veja praticamente liquida com o governo Yeda, fazendo cessar o lento e prolongado desgaste tucano no Estado.
3) A candidatura tucana de José Serra à presidência da República em 2010 fica livre do peso morto representado por Yeda Crusius, tendo pela frente um tempo bastante hábil para buscar aliados e refazer o cenário no Sul.
4) O Diretório Nacional do PT joga forte numa aliança PT/PMDB, no Rio Grande do Sul, mesmo que a cabeça-de-chapa seja um candidato peemedebista (Lula seria “eleitor” de Germano Rigotto).
5) A decisão do DN petista pode não estar diretamente sincronizada com a divulgação da matéria de Veja, mas são duas ações que visam a mesma manobra política e que contemplam aspirações que se bifurcam, tanto da candidatura de Dilma Rousseff quanto da candidatura José Serra.
6) A decisão do DN petista alivia o receio de setores da direita guasca de ter que arrostar mais uma administração do PT no Estado. Com uma administração peemedebista, mesmo que coligada ao PT, a direita fica menos insegura.
7) A relativa segurança eleitoral (leia-se negocial) do establishment sul-rio-grandense – em especial da mídia regional – praticamente sela a sorte do governo de Yeda Crusius à frente do Piratini. Nas últimas horas, são evidentes os sinais de que a governadora está sendo rifada pela mídia guasca.
8) À governadora resta negociar uma saída a menos traumática possível, de preferência, sem deixar processos judiciais prolongados, onerosos com advogados (passíveis de remetê-la à miséria mais abjeta), e criminalizantes.
9) A CPI da Corrupção, solicitada pela bancada petista na AL/RS dias atrás, agora, fica praticamente garantida.

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