quarta-feira, 13 de maio de 2009

Serra e Yeda: a arte de rifar uma aliada













Deu no Blog do Rovai (http://www.revistaforum.com.br/sitefinal/blog/default.asp#6957)

O governo de Yeda Crusius no Rio Grande do Sul já é há algum tempo o que mídia costuma chamar de um mar de lama. A governadora acumula denúncias de todos os tipos. Mas até o começo deste mês, a tal mídia comercial nacional tratava a questão com desdém. Sem nenhum destaque. Eram apenas os sites e blogues midialivristas que falavam do caso.

Mas de repente, não mais que de repente, a revista Veja decide abordar uma denúncia com certa pompa. E os tais jornalões vão pelo mesmo caminho. Hoje o Estado de S. Paulo(o jornal que li no avião, porque estou em Brasília) dedicou uma página para o assunto. Dando, inclusive, o histórico dos acontecimentos envolvendo Yeda. Hummm....

Claro que vou testar uma hipótese. Mas em análise política isso é válido. Incorreto é testar hipóteses quando o assunto é a queda de um avião. A minha hipótese é que o governador de São Paulo, José Serra, do mesmo partido que Yeda, decidiu que precisa convencê-la a abrir mão da reeleição para que possa fazer um acordo com o PMDB no Rio Grande do Sul.

E que como a coisa não estava andando no papo, decidiu mostrar para correligionária gaúcha, que se ela não fizer esse gesto, as coisas podem ficar piores. Serra não perdoa. Roseana Sarney que o diga. Geraldo Alckmin também. Agora é a vez de Yeda.

Nos cálculos do serrismo (e isso não é hipótese, tucanos falam abertamente do tema) para compensar a vitória do candidato governista no Nordeste, o PSDB terá que ganhar no Sul e no Sudeste. E, por isso, o Rio Grande do Sul é fundamental. Serra não quer ficar com o mico do palanque de Yeda. Pretende ter um aliado forte no Estado. E isso levou a sua aliada Editora Abril, que tem vendido muitas assinaturas de revistas para o seu governo, “catar na porrada” a tucana gaúcha.

Nada é por acaso, mesmo quando parece.

Como Lula não é besta, já percebeu o movimento e por isso pediu para que a direção nacional do PT enviasse sinais de que está disposta a conversar com o PMDB gaúcho sobre uma aliança.

Por essa Tarso Genro não esperava.

Muito menos Yeda Crusius.

Ah, tá, Serra não perdoa.

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