segunda-feira, 26 de julho de 2010

Dissidentes cubanos causam constrangimento na Espanha


A saída de Cuba de alguns "dissidentes” políticos condenados por crimes comuns com destino à Espanha foi objeto de ampla cobertura e muitas manchetes pela mídia corporativa. Tudo ao melhor estilo da velha propaganda ideológica maniqueísta da velha fria.

Contudo, o constrangimento que essas figuras tem causando na Espanha é objeto de silêncio obsequioso por parte do baronato midiático. Os cubanos têm feito várias declarações públicas de corar o povo espanhol.

O diário espanhol El Mundo publicou na primeira página a seguinte manchete no dia 17 de julho: “Dissidentes cubanos denunciam que na Espanha não são livres”. A declaração foi do dissidente Julio César Gálvez que externou seu sentimento com as seguintes palavras: “Aqui na Espanha não sou um homem livre porque o meu futuro não depende de mim e sim dos funcionários que me impõem as suas decisões”.

Outro deles, Normando Hernández, desdenhou da hospitalidade espanhola ao afirmar: "Estamos em um hotel com outros imigrantes. Não temos neste hotel banheiros privados. Neste lugar não existe privacidade e me dizem que nos levarão para um povoado de Valencia para viver em instalações onde terei que conviver com umas 40 pessoas”. Além disso, ainda realizou exigências: "Creio que se o Governo de Zapatero se comprometeu a nos acolher, também terá que nos proporcionar o que nós merecemos como refugiados”.

Entrevistado pela Rádio Nacional da Espanha, um dos dissidentes deixou claro seus objetivos e expectativas: “Agradecemos a Espanha pelo gesto de acolhimento, porém a maioria de nós possui família nos Estados Unidos e conhecemos a situação e dificuldades vividas pela Espanha e as dificuldades que teremos aqui para encontrar empregos e viver".

O comportamento dos dissidentes reforça as alegações do governo Cubano de que os dissidentes são meros colaboradores dos EUA. A ânsia de deixar a Espanha para viver no EUA não se justifica somente por questões de ordem econômica, haja vista que a crise também afeta aquele País. O mais provável é que os dissidentes busquem nos EUA o reconhecimento e retribuição pelos serviços prestados. O futuro próximo dirá.

 

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