terça-feira, 11 de maio de 2010

Um modelo destrutivo e insustentável


Brasil utiliza 1 milhão de toneladas de agrotóxicos

A Rádioagência NP noticia que, pela primeira vez, o consumo de agrotóxicos nas lavouras brasileiras atingiu a marca de 1 milhão de toneladas em um único ano. Todo esse volume foi comercializado em 2009 e teve um crescimento de pouco mais de 7,5%, em relação ao ano de 2008.

De acordo com o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para a Defesa Agrícola (Sindag), os herbicidas foram os mais vendidos em 2009, representando 60% do mercado de agentes químicos. Na produção da soja, foram utilizadas quase 130 mil toneladas de fungicidas, o que permitiu um faturamento de US$ 1,8 bilhão para o setor.

O ambientalista Henrique Cortez defende o uso responsável de agentes químicos e um novo modelo de desenvolvimento, focado na promoção da agroecologia.

Tem que ter uma visão estratégica do desenvolvimento, que não é esse modelo que temos hoje. Pode mudar se começarmos a investir em processos agro-ecológicos, se a produção agrícola ficar mais responsável, se a agricultura orgânica for incentivada, subsidiada. Portanto, é uma decisão política que pouca gente teria coragem de tomar.”

Durante a safra 2009/2010, os solos cultivados no Brasil receberam 22 quilos de agrotóxicos por hectare.

Esse modelo é sabidamente destrutivo e ocasionará trágicas consequências sobre a saúde da nossa população em futuro próximo. As despesas geradas para tratamento de saúde superarão, possivelmente, em muitas vezes os lucros produzidos no presente.

Lucros que beneficiam majoritariamente as multinacionais que fornecem, promovem e sustetam esse modelo de produção absolutamente destrutivo e insustentável. Novamente é o lucro acima da vida. O interesses individuais acima dos coletivos. A visão de curto prazo se sobrepondo a sustentabilidade. 

A questão é basicamente:  ou mudamos o modelo de produção ou o futuro das próximas gerações estará seriamente comprometido.

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