quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Empresas aéreas colocam em risco vidas de passageiros


Se houver um acidente aéreo, ele ocorrerá entre a madrugada e o início da manhã.” O alerta foi feito pelo diretor de segurança de voo do Sindicato Nacional dos Aeronautas Carlos Camacho. Diante da crise que atinge o setor aéreo brasileiro, o especialista aponta que o Sindicato registra uma denúncia a cada 20 minutos – são feitas por tripulantes e clientes das companhias aéreas.

Nos últimos dias, atrasos constantes em voos comerciais e internacionais chamaram a atenção das autoridades. A constatação, segundo a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), é que ao menos seis companhias aéreas estão extrapolando o limite de horas na jornada de trabalho de seus tripulantes.

A jornada de trabalho dos aeronautas (trabalhadores embarcados) não deve ultrapassar 60 horas semanais e 176 horas mensais. No quesito horas de voo: deve ter no máximo 85 para horas para a tripulação simples. De acordo com Carlos, as empresas estão em um processo de concorrência entre elas, e para obterem mais lucros, desrespeitam a legislação e acabam não contratando um número suficiente de funcionários.

Podemos dizer que um porcentual acima de 80% dos tripulantes ultrapassou e atropelou eventos legais ou regulamentos. E se não for respeitados os limites legais para quem trabalha dentro de um avião, onde o ambiente não é propício para a saúde, esse tripulante cansado e fatigado poderá conduzir uma aeronave a um acidente

O especialista relata uma denúncia onde o tripulante diz que “comandantes e co-pilotos estão revezando períodos de descanso em voos noturnos e diurnos, solicitando aos comissários que constantemente entrem em contato com os mesmos na cabine de comando para evitar que ambos adormeçam durante os voos.” Devido ao fato, ele teme por novos acidentes.

"Se acontecer um acidente o fator humano terá forte presença neste evento. Os grandes responsáveis são aqueles omissos que deveriam estar participantes e os empregadores, que só estão interessados em ganhar dinheiro no menor tempo possível."

As informações são da Radioagência NP.

Logicamente, a cobertura jornalística dessa situação não interessa ao oligopólio midiático. Afinal, a midia corporativa venera a "livre iniciativa" que obtém lucro a qualquer preço. 

Para o baronato midiático o único problema digno de cobertura é a presença do Estado através da INFRAERO. Quais serão os planos da "livre iniciativa" caso obtenha o domínio total e irrestrito do setor áereo?

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