O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, preso por determinação do Superior Tribunal de Justiça, enviou carta endereçada aos"amigos no governo do Distrito Federal", afirmando que “nos momentos mais graves da vida brasileira, não se viu medidas judiciais coercitivas [a prisão] dessa gravidade.” Como exemplos de “momentos graves”, Arruda citou o impeachment do ex-presidente Fernando Collor, o mensalão do PT e a crise no governo do Rio Grande do Sul.
Ao comparar a sua situação com a crise no governo YEDA, o governador Arruda protagoniza um claro episódio de fogo amigo. Arruda era um dos principais aliados do tucanato e um dos mais cotados para integrar como vice a chapa de José Serra (PSDB) à presidência da República.
Apesar dos fatos, novamente, o Senador Pedro Simon (PMDB) realizou um discurso pirotécnico e sem nenhuma coerência com a sua prática política. Simon é um dos principais aliados e defensores do governo Yeda. Da tribuna do Senado, Simon deblaterou:
"A prisão de Arruda mostra que político pode ir para a cadeia. Banqueiro ainda não porque o presidente do Supremo mandar soltar", prosseguiu Simon, referindo-se à decisão de Gilmar Mendes, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), de soltar Daniel Dantas em 2008. "Ontem (quinta-feira) foi um dia histórico. Foi o dia em que o Brasil falou chega de impunidade".
Simon ainda tentou envolver o presidente Lula no episódio:
"Meu amigo Lula foi muito infeliz. Ele pediu cautela e diz lamentar o episódio, mas o que não é bom para a democracia é a corrupção. A ética e a seriedade com a coisa pública não são preocupações para o presidente".
Obviamente, Simon não fez nenhuma referência ou relação aos escândalos no governo Yeda. Será que a ética e a seriedade com a coisa pública no Rio Grande do Sul são preocupações do Senador?
Um comentário:
O Senador mais inútil do Brasil não perde a chance de ficar quieto. Parece até estar passando da falsa malandragem para a senilidade completa.
Postar um comentário