A denúncia oferecida pelo Ministério Público contra oito supostos envolvidos na morte do ex-secretário da saúde de Porto Alegre, Eliseu Santos, casou uma reviravolta com muitas implicações. Segundo o Ministério Público, o crime teria sido motivado por vingança pelo encerramento de um esquema de corrupção envolvendo uma empresa de vigilância e segurança. Entre os acusados está um ex-assessor de Eliseu Santos na Secretaria da Saúde que seria responsável pela cobrança de propina.
A versão oferecida pelo Ministério Público com base nas provas e investigações reforça o pedido de instalação de uma CPI na Câmara Municipal para investigar as denúncias de corrupção na Secretaria Municipal de Saúde. Diante dos fatos a CPI será inevitável, sob pena de causar sério desgaste a base de sustentação do governo Fogaça (PMDB).
Novamente, a mídia corporativa sai desmoralizada. Sem questionamentos, o oligopólio midiático regional tratou o crime como latrocínio, chegando a afirmar que os defensores da tese de execução eram adeptos da "teoria da conspiração". Resta ainda a seguinte questão: "Por que a presa e engajamento dos órgãos de segurança pública e da mídia em sustentar a versão de latrocínio como motivo do assassinato de Eliseu Santos?" Aguardemos os próximos capítulos que prometem ser bastante reveladores.
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