domingo, 11 de abril de 2010

FHC lança SERRA à presidência, confirmando eleição plebiscitária



O lançamento da candidatura do tucano José Serra à presidência não poderia ter sido mais simbólica e favorável à candidata da situação, Dilma Roussef. Lançado pelo impopular FHC, com a presença de Rodrigo Maia dos DEMOcratas ao lado, a própria imagem de SERRA mostrava certo desconforto. A candidatura SERRA está definitivamente vinculada ao passado, comprometida com o retorno do projeto do tucanato dos anos FHC.

Na ausência de uma terceira via, a eleição colocará ao País duas alternativas: a continuidade do governo Lula ou a volta dos sombrios anos de FHC. Nada poderia ter sido pior para SERRA.

Como se não bastasse, o governador de Minas, Aécio Neves, ainda relembrou a agenda maldita do tucanato, colando em SERRA, já no lançamento da candidatura, as privatizações do tucanato. Tema maldito que foi ignorado pelo próprio FHC no evento. Aécio afirmou:

"Privatizamos, sim, setores que precisavam ser, como a telefonia (...), que negaram espaço à eficiência". E iremos privatizar, se necessário.

O governador mineiro deu a deixa e fez a alegria de Lula e Dilma. Em ato no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, Dilma afirmou:

"Não permitirei, se tiver forças para isto, que o patrimônio nacional, representado por suas riquezas naturais e suas empresas públicas, seja dilapidado e partido em pedaços. Tenham certeza de que nunca, jamais me verão tomando decisões ou assumindo posições que signifiquem a entrega das riquezas nacionais a quem quer que seja" 

Lula completou:

"Se não fosse o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES, nós teríamos sucumbido à crise econômica do ano passado".

Não podendo esconder FHC e com o tipo de apoio que seu correligionário Aécio Neves vem oferecendo, o esforço de SERRA para chegar ao Palácio do Planalto não será nada fácil.

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