Hedy Epstein, de 85 anos, perdeu os pais no campo de extermínio de Auschwitz. A filha de judeus alemães, afirmou em entrevista para BBC Brasil (veja aqui) que "Israel parece pensar que está acima das leis e acusa todos aqueles que o criticam de serem anti-semitas". Segundo ela, "muitos acabam com medo de criticar Israel por não quererem ser chamados de anti-semitas".
Epstein pretende embarcar num barco irlandês que está se dirigindo a Gaza, no qual se encontra o prêmio Nobel da Paz Mairead Maguire, por razões humanitárias.
"Não tenho medo agora. Talvez tenha medo quando vir os soldados israelenses abordando o barco", diz. "Mas não quero morrer, nem ser ferida. Só quero chegar a Gaza para entregar os suprimentos aos palestinos", diz.
Segundo a matéria, Epstein teria "acordado" para a questão palestina após tomar conhecimento dos massacres de Sabra e Chatila, no Líbano, em 1982, quando centenas de refugiados palestinos foram mortos por milícias cristãs libanesas com a suposta anuência de Israel.
"Muitos me diziam para ter cuidado, que como judia corria riscos nos territórios palestinos, mas a verdade é que os palestinos abriram suas casas e seus corações para mim e até me protegeram do perigo, que veio do outro lado", diz. "O inimigo é o governo israelense", afirma.
Ela diz que em uma de suas viagens à Cisjordânia, em 2004, ela foi detida por quatro horas no aeroporto de Tel Aviv pelas autoridades israelenses e acusada de "terrorismo".
Assim como Epstein, inúmeros judeus e israelenses vem denunciando e combatendo os atos criminosos do governo Israelense. Um governo que utiliza a religião judaica para esconder seus crimes.
É importante não confundir, não simplificar os fatos. O judaismo não pode responder por lideranças que, movidas por interesses políticos e econômicos escusos, praticam atos que atentam contra o sentido da humanidade.
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