terça-feira, 10 de novembro de 2009

Mídia lança candidatura de Fogaça (PMDB) ao Piratini


Embora com atraso, não posso deixar de comentar uma matéria publicada no jornal Zero Hora de ontem. O assunto foi tratado, magistralmente, pelo blog Aldeia Gaulesa, mas não resisto a dar meu pitaco em face da desfaçatez do grupo midiático ao tratar desse tema.

Durante a campanha eleitoral, José Fogaça (PMDB) afirmou que era candidato para governar Porto Alegre por 04 anos e visava a candidatura ao Palácio Piratini. Recentemente, questionado por um programa de rádio do grupo RBS, voltou a afirmar "peremptoriamente" que não seria candidato ao Piratini. Até aí tudo bem.

Recentemente, é bom lembrar, o mesmo grupo midiático tratou como uma espécie de impedimento à eleição de Tarso Genro (PT) ao Piratini o mesmo tipo de afirmação. Tarso também havia afirmado, de forma "peremptória", que governaria Porto Alegre até o fim do mandato. O tempo passa, mudam as conveniências.

Acontece que diante do quadro político árido e nada alvissareiro que se avizinha nas próximas eleições para base aliada da governadora Yeda Crusius (PSDB), o grupo RBS resolveu voluntária e insistentemente lançar José Fogaça (PMDB) ao Piratini. O grupo midiático substitui os partidos políticos sem nenhum constrangimento, ditando a linha de atuação e a estratégia político eleitoral através de seus articulistas políticos ou editoriais. Basta ler os seus diários ou assistir aos seus programas para confirmar o que eu digo. Nada de ilegítimo nesse procedimento, não fosse um pequeno detalhe: vender ao leitor a sua pretensa imparcialidade.

Não haveria problema de nenhuma ordem, caso o grupo midiático assumisse sua posição política como faziam os velhos jornais dos partidos políticos gaúchos, a exemplo do "A Federação" do Partido Repúblicano Rio-grandense. O grupo que adota o lema "a vida por todos os lados" sabe tomar partido e estar ao lado dos seus interesses. Uma boa lição para alguns grupos políticos de oposição, não alinhados aos interesses midiáticos regionais, que sonham ser possível conviver em harmonia com esse grupo e construir as bases de um novo modelo de desenvolvimento para o Estado.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vamos lá!

Qualquer um que não seja o Tarso governador é melhor para o RS.

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