Foto: Elza Fiúza/ABr
O governo brasileiro recebeu há pouco mais de uma semana a visita do presidente israelense Shimon Peres. A visita foi tratada com pompa e circunstância pela mídia corporativa.
* Israel possui armas nucleares;
* Israel aplica e reconhece juridicamente a tortura;
* Israel possui milhares de prisioneiros políticos, entre eles alguns dirigentes e parlamentares palestinos;
* Israel sofreu diversas condenações da ONU por violação do direito Internacional;
* Israel, recentemente, atacou selvagemente o Líbano e a Faixa de Gaza, assassinando milhares de pessoas;
* Israel mantém a população palestina cercada em seus territórios, no que chegou a ser chamado a maior prisão a céu aberto do mundo;
* Israel pratica abertamente ações em territórios de outros países para assassinar e prender seus inimigos (vide o retratado no filme Munique);
* Israel não respeita os direitos das minoria étnicas e religiosas, assumindo-se como um estado judaico (teocracia).
Nenhum desses fatos causou indignação ou ofendeu os princípios da mídia corporativa e de seus comentaristas de plantão. Muito menos foram objeto de comentários ou objeções à visita do mandatário israelense.
Por sua vez, a presença do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, no Brasil salientou essa triste contradição. Agora, a cobertura midiática é pautada por uma visão preconceituosa, simplista e maniqueista que quer condicionar e limitar a política externa brasileira, reduzindo seu espectro de atuação. Essa atuação mal consegue esconder os interesses alienigenas inconfessáveis que a motivam.
2 comentários:
A revista Carta Capital desta semana tem uma boa reportagem sobre o Ahmadinejad e o Irã. Vale a leitura, pois no texto estão os contrapontos a tudo que listate acima.
A revista faz contraponto com Israel? Pq oq se expos foram as contradições do discurso.
Postar um comentário