Talvez por estar sofrendo derrotas políticas em todos os níveis, o oligopólio midiático regional tem comemorado entusiasticamente, praticamente com matérias diárias, a eleição de uma chapa não identificada com os partidos e movimentos de esquerda para o Diretório Central dos Estudantes - DCE - da UFRGS. Até aí tudo bem.
É legítimo e democrático que um veículo de comunicação tenha preferência políticas e externe isso aos seus leitores. O problema é o velho espírito de "cachorro comedor de ovelha", para usar uma expressão regional, do nosso oligopólio midiático. Ele insiste em apresentar o movimento vencedor, reconhecidamente formado por militantes de partidos conservadores e de direita, como "apartidário". Com isso, busca dar um ar de modernidade ou novidade para algo velho e desbotado.
Mas, como em tempos de internet é muito difícil sustentar versões totalmente divorciadas da realidade, novamente a mídia corporativa paga um mico ou melhor um verdadeiro King Kong. Como esqueceu de combinar com os Demo's a versão divulgada, a página do partido noticia a conquista como uma ação partidária da juventude democrata, atestando que o Movimento Estudantil Liberdade - MEL - foi criado em 2006, como forma de fazer contraposição à hegemonia da esquerda na Universidade, sendo composto por estudantes ligados ao DEM, PP, PMDB, PSDB e PDT e tendo ficado conhecido por liderar o Movimento Contra as Cotas na UFRGS (Veja aqui).
Chamar essa composição de apartidária é fazer pouco caso com a inteligência dos leitores.
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