sexta-feira, 11 de junho de 2010

A estranha reforma agrária brasileira

O jornal Correio Braziliense noticiou nesta semana que as terras brasileiras adquiridas por estrangeiros já somam 4,3 milhões de hectares distribuídos em 3.694 municípios. Segundo o jornal, ao contrário do que muitos imaginam, o maior interesse não está na Amazônia. As terras estrangeiras concentram-se em estados do Centro-Oeste e do Sudeste, com destaque absoluto para o Mato Grosso, onde 844 mil hectares estão nas mãos de corporações transnacionais. 

As empresas estrangeiras, principalmente da China, do Japão, da Europa, dos Estados Unidos, da Coreia e de países árabes, investem principalmente na produção de grãos, cana-de-açúcar e algodão, além de eucalipto para a indústria de celulose.  

Pelo visto, essa tem sido a verdadeira reforma agrária realizada no Brasil. Uma reforma agrária que expulsa o homem do campo, concentra a propriedade e internacionaliza as terras do País sem nenhuma preocupação com políticas de segurança alimentar, desenvolvimento sustentável, ocupação territorial, geração de emprego, preservação cultural, etc.

Um comentário:

Azarias disse...

E ainda temos o companheiro Aldo Rebello, favorecendo os companheiros da Monsanto, Cutrale, Nestlé e Aracruz, com um projeto de descentralizar as responsabilidades pelas áreas de florestas, montanhas, beira-rios, manguezais aos Estados e Municipios. Sabendo ele que as autoridades supremas de nosso país já são subservientes à estes monopólios, quanto mais o serão as autoridades de menores calibres.

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