Os vários episódios envolvendo a utilização das escassas e precárias forças policiais do estado contra movimentos sociais e políticos, especialmente o indiciamento dos oito integrantes da Federação Anarquista Gaúcha, foram acompanhados sem ressalvas ou com silêncio pela mídia corporativa regional.
Grande defensora da liberdade e da democracia nos países com governos não alinhados ideologicamente a sua cartilha, vide Bolívia, Cuba, Venezuela, Argentina e Equador. Promotora de ferozes denúncias contra qualquer medida que contrarie os mais variados grupos políticos de oposição nesses países. A mídia corporativa regional simplesmente se cala quando a discussão sobre as liberdades democráticas ocorre em solo gaúcho envolvendo um governo alinhado ideologicamente.
Num passado recente, quando o governo estadual destoava dos interesses da mídia corporativa, foi promovida uma intensa campanha de ataques ao governo por entidades patronais e partidos de oposição, com direito a publicação de "a pedidos" em jornais conclamando o impeachment do governador e tentativa de invasão do Palácio Piratini comandada pelo presidente de uma Federação representativa do autodenominado "agronegócio". Não posso deixar de imaginar qual seria a atitude da mídia corporativa naqueles tempos se o governante utilizasse os mesmos métodos do atual governo tucano.
Um comentário:
Post perfeito, dois pesos duas medidas utilizados pela mídia amiga...e hipócrita!
Mas quando é que a RBS vai abandonar a Yeda?
Daqui a pouco o gato sobe no telhado.
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