sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Golpista hondurenho planeja expurgo e perseguições para promoção da sua "democracia"



O golpista hondurenho, Roberto Micheletti, que a mídia corporativa insiste em chamar de "presidente interino", disse temer deixar o poder. Segundo o golpista, sem a proteção proporcionada pelo cargo que usurpou ele e sua família correriam perigo. Micheletti diz temer ser assassinado por alguém a mando do presidente venezuelano, Hugo Chávez.

"Não tememos muito os vagabundos daqui que andam por essas bandas, mas um assassino profissional que Hugo Chávez pudesse, logicamente com muita facilidade, pagar no exterior ou qualquer um dos inimigos da democracia", disse Micheletti (grifo nosso).

O líder golpista externou mais uma vez sua peculiar concepção de democracia:
"Vou assumir a presidência do Conselho Central Executivo (do Partido Liberal) e vamos limpar os comunistas ou pseudocomunistas que há dentro do partido para que seja um partido verdadeiramente democrático como sempre foi" (grifo nosso).

Pelo visto, Micheletti teme que usem contra ele os mesmos métodos que ele usa contra os que discordam do seu pensamento político. Planeja abertamente promover expurgos e perseguições políticas para manter as coisas "como sempre foram". Ao expressar todo o seu desprezo pelo contraditório e pela alternância no poder, o golpista pode estar fazendo um ensaio para justificar sua manutenção no poder. O certo é que criaturas autoritárias e perigosas como essa não são exclusividade de Honduras. Fiquemos de olho.

Um comentário:

Anônimo disse...

Senhores Militares, AGIR RÁPIDO.

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