É simplesmente desanimador ver os principais acusados nas Operações Solidária e Rodin da Polícia Federal aparecerem como grandes articuladores políticos das eleições de 2010. Como se não bastasse nosso sistema jurídico ser estruturado para garantir a impunidade nesses tipos de crimes (passados quase três anos ainda não foi proferida nem a sentença de primeira instância), os partidos políticos envolvidos se mostram absolutamente indiferentes, para dizer o mínimo, com a gravidade dos fatos imputados aos seus integrantes.
Além disso, como demonstram os fatos recentes, muitos partidos aceitam alegremente te-lôs como interlocutores e a mídia corporativa se refere a eles como "puxadores de votos", não fazendo qualquer referência a "ficha" pregressa desses candidatos. Não se trata de defender a condenação dos acusados sem direito de defesa, mas ter com a coisa pública o mínimo de zelo e cautela.
Um perigossíssimo sintoma de degeneração socio-política que infelizmente faz parte do nosso cenário eleitoral quando deveria integrar apenas as páginas policiais.
3 comentários:
Tá complicada a coisa!!! Vexame!!!
Essas eleições vão ser a prova de fogo do eleitorado.
Essa turma recebeu dos podres poderes toda a blindagem que precisaram para continuar felizes da vida, impávidos e intocados no seu rumo.
O exemplo mais clamoroso é o processo da CEEE envolvendo Lindomar Rigotto que desfrutou de quase duas décadas de sigilo processual, um trâmite interminável.
Durante esse tempo o partido desse cidadão fez dois governadores e nada soubemos pela imprensa, pelo seu partido e seus aliados.
Só resta o eleitorado, devidamente informado, tomar uma atitude em relação a esses puxadores de voto.
Ao final de 2010 saberemos se nos nivelamos com os paulistas que votam em Maluf.
É verdade. Concordo. O José Dirceu,o Delúbio s eão xemplos de que voce tem toda razão. Só de mensaleiros do Lula que vão influir na eleição da para encher umas dez caçambas.
Postar um comentário