Recentemente, Porto Alegre foi surpreendida pela Operação Pathos, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal para investigar a existência de uma organização criminosa responsável por desvios de recursos públicos da saúde do Município. A organização criminosa seria composta por empresários e agentes públicos associados para praticar crimes contra a Administração, como peculato, emprego irregular de verbas, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.
As irregularidades, originalmente informadas às autoridades pelo Conselho Municipal da Saúde, seriam decorrentes da contratação do Instituto Sollus e teriam resultado em um desvio de recursos públicos superior a R$ 9 milhões da Prefeitura de Porto Alegre.
Em 2007 a Adminstração Fogaça cancelou o contrato com a Fundação da Ufrgs e manifestou a intenção de contratar o Instituto Sollus. O Instituto Sollus foi declarado uma Organização Social de Interesse Público - OSIP - por um decreto do então governador tucano Geraldo Alckmin (PSDB).
Naquela oportunidade o governo municipal foi avisado, inclusive por integrantes da Câmara Municipal, que a entidade tinha dois endereços e apresentou várias irregularidades em cidades onde prestava serviço. Além disso, vários dos diretores do Instituito pertenciam a mesma Igreja do então secretário da saúde. Apesar de tudo, o governo Fogaça decidiu contratar o Instituto, inclusive sem licitação.
Nessa semana, por triste causalidade, o posto de saúde da Família Ernesto Araújo, no Morro da Cruz, foi obrigado a paralisar suas atividades devido a uma infestação de ratos.
Não restam mais dúvidas que o estado das coisas na saúde pública municipal exige uma urgente desratização.
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