terça-feira, 11 de agosto de 2009

A nova fase do governo tucano: cada um por si

As revelações trazidas pela ação proposta pelo Ministério Público Federal agravaram o quadro de desintegração das forças políticas que sustentaram o governo tucano. Se antes a Operação Rodin já havia acirrado os ânimos e as disputas (basta ler as degravações das escutas que instruíram a ação de improbidade administrativa), agora se abriu a fase do salve-se quem puder. Com um governo paralisado, incompetente e acuado por diversas denúncias de corrupção, o isolamento da governadora Yeda já é visível e inegável. Os aliados e defensores são a cada dia mais escassos. Aqueles que buscam uma saída honrosa para as forças que apoiaram e viabilizaram essa tragédia são cada vez mais numerosos.
A julgar pelos últimos acontecimentos e pelo que se sabe até aqui, muitas revelações ainda surgirão da esfera judicial e da própria CPI da corrupção que correrá na Assembléia Legislativa. Revelações que, se não tiverem a capacidade de transpor os formalismos da nossa justiça, centrada mais em questões processuais que na apreciação dos fatos, serão mais que suficientes para motivar um julgamento pelo parlamento por crime de responsabilidade.
Talvez o mais substancial do atual cenário político seja o fato que a governadora Yeda passou a ser um encargo pesado demais para quase todos os atores do jogo político no Estado.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Se esperava muito mais da ação proposta. Quando ela apareceu - ela está disponível por ai -- houve uma certa decepção, porque não existe, de fato, provas conclusivas, cabais contra a governadora. Não existe nem mesmo conversas telefônicas com ela entre as 20.000 analisadas. Prova forte contra a Yeda é apenas uma conversa gravada entre Lair e Cavalcante. Lair foi afastado do esquema no próprio governo Yeda e estava tentando retornar, mas a Yeda não estava ajudando. E isso gerou ressentimento. Srá que é possível dar toda a credibilidade do mundo, como fizeram o pessoal do MPF a uma pessoa como Lair Ferst?

Yuri disse...

Quem leu a ação sabe muito bem. Para ter provas mais fortes só se houvesse uma foto dela pegando a grana com uma confissão assinada no verso com firma reconhecida em cartório. Assinatura dela e de duas testemunhas, senão os defensores dessa bandalheira iriam dizer que está evivada de nulidade.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Yuri, não seja genérico, onde estão as provas conclusivas? Não existe nenhuma gravação telefÔnica com ela, é só ouvi dizer, disse que me disse. É pura ilação.

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