quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O outro lado do factóide

O vazio e a inconsistência dos factóides utilizados pela mídia corporativa para atacar a ministra Dilma Roussef evidenciam, no meu modesto entender, a solidez dessa candidatura e o desespero da oposição midiática diante do quadro eleitoral que se avizinha.

Um velho ditado gaúcho diz "não se gasta chumbo em chimango". Ou seja, não fariam um esforço dessa magnitude contra uma candidata com pouca densidade eleitoral. Por outro lado, a fragilidade das versões sobre as quais se criam os factóides demonstra que a mídia corporativa carece tanto de munição quanto de armamento do calibre necessário para atingir a candidata do presidente Lula.

Como se não bastasse tudo isso. O oligopólio midiático ainda não percebeu que os tempos são outros. As relações sociais e a comunicação são mais intensas e complexas, o nível cultural e educacional da população melhorou e a internet passou ocupar um espaço de primeira grandeza. Não perceberam que será impossível reeditar manipulações grosseiras, como a ocorrida no debate de Collor e Lula nas eleições de 89.

Até é possível especular que, ao insistir nessa linha, a oposição midiática acabará por reforçar a candidatura de Dilma. Confirmada essa hipótese, teríamos um duplo ganho: uma presidenta sem compromissos ou alinhamento com o oligopólio midiático e que ainda experimentou na pele os nefastos efeitos da falta de pluralidade e diversidade nos principais meios de comunicação do País. Um bom começo para motivar uma verdadeira democratização do setor.

4 comentários:

Claudinha disse...

Jogarei água na tua fervura: não conta com a democratização das comunicações num governo Dilma!
Foi dela a decisão da opção pelo padrão digital japonês, quando o país gastou 50 milhões de reais num projeto de tv digital brasileira muito mais eficiente, em que os chineses estavam interessadíssimos[imagina desperdiçar um cliente como a China?]
Agora, vésperas das eleições, a I Conferência naiconal de Comunicação sai com a cara dos empresários. Tudo pq o PT, quem sabe a Min. Dilma, morram de medo do que virá por aí em termos de sujeira midiática...
Não há partido de esquerda que enfrente a mídia no BR.
AINDA! :-)

Partisan disse...

Eu também não tenho muitas ilusões. Mas acredito que a triste "experiência" atualmente vivida pela Ministra pode aumentar a probabilidade dela entender que essa é uma questão central para o progresso da sociedade e da democracia no País. E a ministra é reconhecidamente uma pessoa determinada e de personalidade forte. Um bom ingrediente para comprar essa briga. Veremos.

Anônimo disse...

O Brasil tem 60 milhões de internautas. Todo mundo chama a imprensa de PIG. "Deixa o homem trabalhar"! "Está tudo andando direitinho"! "Ele trata o povo com carinho"! "Deixa o homem trabalhar"!

Carlos Eduardo da Maia disse...

Se existe algo que o Brasil não pode entrar é na falácia da "democratização das comunicações", ou seja de que a mídia seja controlada por minorias participativas, do tipo das que votaram no pontal do estaleiro e que correspondem a 1,8% da população. Em nenhum país socialmente desenvolvido existe controle social das comunicações.

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