sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Para mídia corporativa "terceiro mandato de Uribe virou segunda reeleição, democrática e com apoio popular"

O Senado da Colômbia aprovou um projeto que pode dar ao presidente Álvaro Uribe a chance de concorrer a uma segunda reeleição no país.
O projeto estava parado há semanas no Congresso. Na última quarta-feira, por 56 votos a dois, o Senado aprovou a convocação de um referendo, para que a população decida se o presidente poderá ou não concorrer a uma segunda reeleição. A oposição se retirou no momento da votação.
Em 2006, Álvaro Uribe, que tem apoio do governo americano, já tinha sido reeleito, depois de uma mudança na Constituição colombiana.
Uribe recebeu apoio popular pelo combate às Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, (Farc), que controlam parte do país e já fizeram centenas de reféns. Uribe está negociando com os Estados Unidos para que militares americanos utilizem bases colombianas. O acordo tem sido muito criticado por outros presidentes da América do Sul, principalmente pelo venezuelano, Hugo Chávez.
O projeto, que prevê a convocação do referendo para a reeleição de Uribe ainda precisa passar pela Câmara dos Representantes e ser aprovado pela Corte Constitucional do país. A tentativa de reeleição de Álvaro Uribe segue uma tendência na América Latina. Os presidentes Hugo Chávez, da Venezuela, Evo Morales da Bolívia, e Rafael Correa, do Equador, também mudaram a Constituição para ficar mais tempo no poder. As informações são da página da Globo.com

Incrível o cinismo e a hipocrisia da mídia corporativa ao tratar desse assunto. O temido "terceiro mandato", sinônimo de ditadura quando se trata de Chávez e outros desafetos, é rebatizado para "segunda reeleição".
Se justifica as pretensões do aliado dos EUA e queridinho da mídia oligopolista, Álvaro Uribe, com uma suposta "tendência na América Latina". Curiosamente se esquecem de relembrar as pesadas críticas proferidas contra essa "tendência" quando se trata de Bolívia, Equador e Venezuela.
Ainda procuram legitimar o terceiro mandato de Uribe com um presumido apoio popular e a realização de um referendo para aprovação da medida. Apoio popular e referendo que são desprezados quando se trata do presidente venezuelano, Hugo Chávez, sempre acusado de autoritarismo e tendências ditatoriais, embora tenha vencido sucessivos pleitos e tenha consagrada aprovação popular. Referendo que é apresentado pela mídia corporativa como a causa que justifica o golpe contra o presidente hondurenho democraticamente eleito, Manuel Zelaya.
Manipulação e entreguismo pouco é bobagem para os oligarcas das telecomunicações.

3 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Sou contra o terceiro mandato de Uribe que faz um bom governo na Colômbia e com apoio popular. Mas apoio popular não é sinônimo de democracia,como bem nos ensina a história. O Zelaya, por exemplo, não tem apoio popular em Honduras, como está se vendo.

Anônimo disse...

Eu vi e ouvi pela televisão o Chaves classificar uma vitória da oposição como "vitória de merda". Não tem nada a ver com mídia e sim com a realidade. O "grande democrata" falou de acordo com o que mais tem na cachola ou seja merda.

Fred disse...

E o Uribe e suas relações com o Narcotráfico e com o Impéri Americano não chamam a tua atenção anônimo?

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