sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Todo mundo em pânico no Piratini

Os tucanos e simpatizantes da governadora Yeda podem tentar se enganar, repetindo como um mantra, exaustivamente, que "não há provas, não há provas"...Mas basta ler a ação de improbidade administrativa promovida pelo Ministério Público Federal para constatar justamente o contrário. Há muitas provas contra os acusados, provas robustas e substanciais, minuciosamente articuladas em um trabalho de qualidade excepcional dos procuradores federais.

Vamos desconsiderar o mérito das acusações contra a governadora, somente por hipótese, e imaginar que a ação de improbidade administrativa não prospere por razões de ordem processual, como competência do juízo ou sujeição da governadora à Lei de Improbidade Administrativa. Os fatos apurados pela Operação Rodin e Solidária são de tamanha gravidade que obrigaram a abertura de mais de uma dezena de inquéritos para investigação. Apenas agora o trabalho começa a gerar processos judiciais contra as dezenas de envolvidos, ou seja, em bom português, "é apenas o começo".

Essa semana foi proposta pelo Ministério Público Federal uma denúncia por lavagem de dinheiro e formação de quadrilha contra Francisco Fraga, ex-secretário do prefeito de Canoas Marcos Ronchetti (PSDB), e mais dezoito pessoas. E, ainda, o juiz federal que analisa o processo da Ulbra afirmou que existem indícios de relação entre a Operação Solidária e a situação financeira da Universidade. Segundo o juiz da Vara Cível de Canoas, uma ligação telefônica entre um dos denunciados na Operação Solidária e um agente público com foro privilegiado, indica que o agente político interferiu na decisão do Conselho Nacional de Assistência Social que concedeu a filantropia para a Ulbra, isentando-a do pagamento de impostos.

Além desses fatos, há os inquéritos que envolvem acusados com foro privilegiado enviados ao STJ, os ainda em andamento na Polícia Federal e Ministério Público Federal e, claro, as famosas fitas com "imagem de cinema" que a deputada Luciana Genro e o vereador Pedro Ruas do PSOL juram ter assistido. Os envolvidos nesse monumental esquema de corrupção sabem disso. E sabem também que as disputas entre os vários grupos de interesse somadas à tensão e as pressões daí advindas, provavelmente, levarão a novas traições, arrependimentos, delações premiadas e ao salve-se quem puder...

E só uma questão de tempo.

2 comentários:

Anônimo disse...

Continuo perguntando: No porcesso onde está ou estão as provas contra a Yeda? Se tem uma que seja, desde que plausível e válida juridicamnente, serei o primeiro a pedir o seu afastamento.

Alfredo disse...

Se você sabe ler sugiro que aprecia as mais de 1000 páginas da ação. Se continuares entendendo que não há provas procure um oftalmo ou psiquiatra.

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