quarta-feira, 25 de março de 2009

Avança a integração da América Latina

O Banco do Sul terá um capital inicial de 10 bilhões de dólares que poderá elevar-se no futuro com a incorporação de novos sócios, segundo decidiram, nesta segunda-feira(23), os ministros de Economia dos países associados, em reunião realizada em Caracas, Venezuela. Participaram da reunião representantes da Argentina, Bolívia, Brasil, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela.

Trata-se da “criação de um banco que vai ter um capital de 10 bilhões de dólares, e que pode aumentar no futuro, para financiar tipos de projetos para o desenvolvimento de nossos países”, disse o ministro venezuelano para Economia e Finanças, Alí Rodríguez.

Rodríguez qualificou o encontro como excepcional e apontou que nele foram resolvidos pontos que estavam pendentes para se avançar à materialização deste significativo instrumento financeiro.

O ministro venezuelano explicou que os sete países que participaram da criação do Banco do Sul concordaram plenamente que a América Latina é chamada a desenvolver um papel cada vez mais importante no concerto das nações, e para isto os governantes das mesmas consideram indispensável avançar plenamente nos processos de integração regional.

Um encontro similar em 25 de abril de 2008 em Montevideo havia decidido que a entidade teria “um capital autorizado do equivalente a 20 bilhões de dólares, com um capital registrado de 7 bilhões de dólares”. O acordado nesta segunda-feira(23) implica, desta forma, no aumento de 3 bilhões de dólares no capital inicial.

Os ministros ratificaram o pacto em Montevideo, sendo que as economias maiores – Argentina, Brasil e Venezuela – injetarão cada uma com 2 bilhões de dólares, segundo o governo venezuelano.

“Bolívia, Equador, Uruguai e Paraguai contribuirão, de maneira escalonada, com somas que estarão ao redor de 100 milhões de dólares por país, até que em conjunto completem os 4 bilhões de dólares restantes”, disse um comunicado.

“Dentro dos processos de integração ressaltam a união energética, na qual se tem avançado, a integração física, que implica a construção de ferrovias, estradas e facilidades portuárias e aeroportuárias que sirvam como novas linhas de conexão entre os nossos países, além de um ponto de suma importância como o é a integração financeira”, disse o ministro.

Rodríguez anunciou que os ministros terão uma nova reunião técnica e ministerial em Buenos Aires, Argentina, no começo de maio, e imediatamente após se convocará uma cúpula presidencial em Caracas “para deixar definitivamente instalado o Banco do Sul”.

O ministro venezuelano acrescentou que o Banco do Sul também aumentará o aparato produtivo dos países membros, fortalecendo aos setores público e privado.

O Banco do Sul foi fundado no final de 2007 em acordo assinado por Argentina, Brasil, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, com o objetivo de aprofundar a identidade sulamericana economicamente e impulsionar o músculo produtivo da região para conseguir a total independência do modelo imperialista. (Com Telesur e ABN).

Notícia pescada da agência de notícias e jornal Brasil de Fato.

Importante relembrar que essa iniciativa somente foi possível pela ousadia e coragem do governo bolivariano de Hugo Chávez. A influência dos exemplos do nosso vizinho tem colocado as elites nativas em estado de alerta, basta reparar a cotidiana reprodução de notícias negativas sobre o governo boliviano. Uma clara tentativa de proteção com a criação de preconceitos e rejeição prévia na população a qualquer referência ao governo de Hugo Chávez. Como disse um amigo: após a ditadura passamos a viver um sistema de censura e controle privados dos meios de comunicação tão ou mais nocivo que o anterior.

Nenhum comentário:

Seguidores

Direito de Resposta do Brizola na Globo