Uma das principais técnicas utilizadas pela grande mídia para legitimar as posições que atendem aos seus interesses e pensamento ideológico é convidar os chamados "especialistas". Esses senhores sob o falso manto da neutralidade técnica emitem opiniões e participam de debates sobre temas polêmicos e de grande intesse público. Procuram passar por neutros, professorais, técnicos imparciais. Nunca revelam suas preferências ou alinhamento político.
Para garantir novos convites da mídia e ganhar a notoriedade indispensável para assegurar a participação em eventos promovidos por entidades associativas, principalmente empresariais e conservadoras, com os ganhos pecuniários correspondentes, esses "especialistas" não hesitam em falsear, voluntária e conscientemente, a história e os fatos com objetivo de agradar seus anfitriões.
Pois bem, frente a essa agressão a inteligência alheia, recomendo ao interlocutores fazer como um sincero e inteligente debatedor em um desses programas. Perplexo com as barbaridades sobre fatos históricos incontroversos ditos pelo "professor especialista", espontânea e quase sem querer disparou: "Mas como tu és professor, rapaz. Não é possível que tu seja professor".
Diante da frase sincera, dita como um desabafo de alguém incrédulo com tais absurdos, o "especialista" envergonhou-se e recolheu-se a seu papel de prestador de serviços. O programa fluiu com um dos seus participantes caído diante do que restou da sua própria vergonha.
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