Segundo notícia publicada pela folha online, o ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso (PSDB) saiu em defesa da empresa Carmargo Corrêa ao dizer que as doações não tinham nada de irregular. FHC também ironizou o fato do PT não constar na lista de partidos que teriam recebido doações da empresa para campanha. As investigações da Polícia Federal apontaram a existência de doações ilegais para sete partidos políticos nas eleições municipais de 2008, o desvio de recursos repassados à construtora para obras e um esquema de lavagem de dinheiro e remessa ilegal para o exterior de valores estimados em R$ 20 milhões, por funcionários do alto escalão da empresa. Com base nesses indícios a Justiça Federal decretou a prisão de 10 pessoas, incluindo quatro diretores e duas secretárias da construtora Camargo Corrêa. O ex-presidente classificou de "suspeita" a forma como a informação "sem base, sem prova de caixa 2" foi divulgada e disse que "o apoio da Camargo Corrêa, pelo que vi, era legal, não tinha nada de irregular".
A grande mídia não mostrou grande interesse em divulgar as incisivas declarações de FHC. Muito menos cogitou perguntar ao ex-presidente se ele não confiava na Justiça Federal brasileira, haja vista que foi dela que partiu as ordens de prisão. Ou se ele, como ex-presidente, achava possível que a Polícia Federal estivesse a serviço dos interesses políticos do governo federal. Ou, ainda, se ele tinha conhecimento de algum fato correlacionado que tivesse ocorrido no período do seu governo. Com a experiência de dois mandatos presidenciais, as respostas de FHC poderiam ser ainda mais elucidativas.
Ao que parece, para alguns a polícia só serve para vigiar e punir a patuléia.
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