A minha geração cresceu sobre a pregação das maravilhas de uma tal "mão invisível" que comandava a economia. Qualquer um que questionasse os sábios pregadores sobre o porquê aumentava a pobreza, a desigualdade social e os problemas ambientais quanto mais livre se tornava a tal "mão invisível" era prontamente excomungado, chamado de jurássico, atrasado, ideológico ou seja lá o que for. Os sábios eram técnicos e sua sabedoria inquestionável, não havia interesses pessoais, políticos ou ideologia no seu pensamento, segundo a mídia monopolista. Não vou me referir a nomes desses senhores para não fazer a injustiça de esquecer algum. Agora diante da dimensão da atual crise, ingenuamente, imaginei que aqueles sábios cairiam em descrédito, como seria natural, e aqueles que tiveram a coragem de resistir ao pensamento hegemônico seriam reconhecidos. Tal foi minha surpresa diante da cara de pau da mídia monopolista que continua a chamar os mesmos "especialistas" para comentar a atual crise. Especialistas que até a pouco defendiam a dolarização da economia pelo Brasil, a exemplo da Argentina, o modelo econômico Irlandês e faziam eventos louvando as maravilhas da economia desregulamentada da Islândia. Como lobos em pele de cordeiros, reciclam seus discursos, criticam o que anteriormente defendiam e tratam tudo como fatos da natureza, inevitavéis, sem ganhadores ou perdedores. Cada um tire as suas conclusões.
Por sinal, a foto que acompanhou essa postagem, tirada por nossos colaboradores após muito esforço, é da "mão invisível" em plena atividade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário