sexta-feira, 28 de agosto de 2009

O conselheiro

Tá explicado, agora sabemos a origem das façanhas do governo Yeda. Ontem, a colunista do jornal Zero Hora informou que, junto com o senador parlapatão Pedro Simon, o ex-governador e ex-diretor do Banco de Daniel Dantas, Antônio Britto, é com quem Yeda tem maior afinidade. Até aí nada de novo.

Antônio Britto foi o responsável pela privatização das rodovias. Ou seja, implantou o trágico modelo que gerou as piores estradas com os pedágios mais caros do país. Como se não bastasse, caso as concessionárias tenham sucesso nas suas pretensões, o modelo implantado pelo PMDB no governo Britto gerará um prejuízo bilionário aos cofres públicos. Além, é claro, dos bilhões pagos em pedágios pelos gaúchos ao longo dos 15 anos de concessão.

Como visto, uma verdadeira maravilha de gestão, "moderna e eficiente" no trato do dinheiro público, segundo os ditames da teoria econômica liberal.

A nossa abelinha das notícias bem que poderia perguntar à governadora se é com o conselheiro Britto que ela tem debatido as "soluções para rodovias gaúchas".

Será que foi o conselheiro Britto que orientou a proposta de prorrogação dos pedágios?

Ou será do conselheiro Britto a ideia de tentar transferir as concessões (uma verdadeira bomba) para à União Federal?

Infelizmente, a nossa mídia corporativa parece não estar disposta a gerar tal constrangimento a um ex-empregado que tantos e tão bons serviços lhe prestou. Aguardamos tais respostas, assim como um simples questionamento à Britto sobre suas relações com o banqueiro Daniel Dantas.

Afinal, diz o ditado que "a esperança é a última que morre".

6 comentários:

sergio disse...

Yeda e Britto são vinho da mesma pipa, desculpe, vinagre da mesma pipa....ou seja , RBS ! Não precisa dizer mais nada .

Damião Joseph disse...

Vinagre é um alimento útil. Esses dois e sua gangue são uma tóxina, um veneno social altamente nocivo. Fizeram um estrago no Rio Grande como nunca se viu. E a classe média idiota, reprodutora acrítica da ideologia dos meios de comunicação aplaude o seu próprio saque por esse time de alta periculosidade.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Uma coisa é certa, as estradas pedagiadas estão em muito melhores condições do que as estradas sem pedágio. Não há como ser contra os pedágios. Se pedágio fosse danoso, as rodovias européias não teriam pedágio. O pedágio mais justo é o que existe na Itália. O sujeito entra na rodovia em Milão e sai em Roma e paga exatamente pelo que usou, mas lá diferente daqui existe sempre a possibilidade do sujeito utilizar as necessárias vias alternativas.
Foi no governo Britto que os pedágios começaram a ser utilizados no RS, com certo atraso. Houve acertos e houve equívocos, mas errou o governo ao não exigir que as concessionárias assumissem compromissos para duplicar e melhorar as rodovias. É exatamente nesse sentido que o governo da Yeda está tentando corrigir. Dessa vez, nenhum dinheiro estatal, mas apenas aqueles arrecadados pelo pedágio, vai ser utilizado para melhorar as rodovias. A filosofia é certa.
O que está errado é o preço do pedágio que realmente é muito elevado e a ausência de rodovias alternativas. Nessa luta de batatas quentes entre governo Yeda e Lula estou com o Lula. Acho que o governo Yeda deve esperar o fim dos atuais contratos de concessão e não prorrogar os atuais contratos, mas realizar uma nova e ampla licitação, inclusive com a participação de empresas multinacionais, como fez o governo do PT no ano de 2008.

Mauricio disse...

O que tá acontecendo contigo Maia. O mundo político nunca mais será o mesmo. Tu do lado do Lula. E com uma posição sobre os pedágios igual a minha. Voltei a ser otimista.

Anônimo disse...

Agora o PT do governo federal vai fazer baichar os pedágios. Sugiro ao Deputado Raul Pont que trabalhe para que seja implantado os pedágios comunitários a que se referiu na ocasião em que o projeto duplica rio grande foi regeitado pelo governo federal. O valor vai baichar mas as estradas vão continuar boas como agora são. Que beleza.

Carlos Eduardo da Maia disse...

Maurício, por isso eu sempre vou acreditar nas soluções de convergência. Elas sempre vão existir.

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