sábado, 7 de março de 2009

Cumplicidade por Omissão



No momento em que a imprensa do centro do país começa a discutir mais intensamente os escândalos no governo tucano de YEDA (PSDB) no Rio Grande do Sul, inclusive ocupando a capa de uma revista de circulação nacional e grande credibilidade como a Carta Capital, em que o PSOL insinua novidades para próxima semana e que surgem cobranças à governadora por possíveis prejuízos à candidatura SERRA (PSDB) pelos próprios aliados, o diário do grupo RBS - Zé Haga - não dá a menor relevância a esse assunto, não há a menor referência na capa do jornal. Se fala da garota verão, de esportes, de frutas, legumes, saúde, exportações, mas nada sobre a política gaúcha. Para o grupo RBS o fato novo é a visita do ex-deputado José Dirceu ao Estado, a qual ocupa toda uma página de destaque do Jornal. Esse tema não é importante para esse grupo que praticamente monopoliza as comunicações no Estado. Nada mais tendencioso. Nunca o papel de articulador político de determinados grupos conservadores desse veículo esteve mais claro e, consequentemente, nunca sua credibilidade foi tão questionada. Se o futuro comprovar as acusações ao governo do PSDB, junto com ele também serão atingidos, pelo menos moralmente, aqueles que foram cúmplices, por omissão, por terem o dever de fiscalizar e informar. É como dizem o que esperar de um jornal cuja edição denominada dominical, circula no sábado com notícias de sexta.

Só para relembrar, seguem abaixo síntese das acusações do PSOL ao governo YEDA (PSDB). Será que estou louco e trata-se de assunto de menor importância? Vejamos.

- Áudio e vídeo mostrando representante da Mak Engenharia entregando 500 mil para a campanha de Yeda na presença de Chico Fraga, Aod Cunha, Rubens Bordini, Delson Martini, Lair Ferst e Marcelo Cavalcante;

- Áudio e vídeo de representantes de empresas fumageiras entregando 200 mil para Aod Cunha e Lair – na conversa, Lair diz que não poderia dar recibo a pedido de Yeda- Lair Ferst relata conversa que seria sobre a repartição do dinheiro do Detran entre ele, Yeda, Vaz Netto e Maciel. Lair oferece 100 mil por mês para Yeda para manter o esquema e ela responde: por 100 mil eu não me levanto da cadeira.

- Áudio e vídeo de José Otávio Germano entregando 400 mil em espécie, do dinheiro do Detran, para caixa 2 do segundo turno da campanha de Yeda. José Otávio diz que aquela era uma ajuda para obter crédito político. Presentes: Lair, Yeda e Marcelo Cavalcante.

- Longo vídeo de conversa de Lair com o corretor Albert sobre a formatação da compra da casa de Yeda. Bem detalhado. Lair entrega 400 mil em dinheiro vivo para o corretor. Dinheiro este além dos 750 mil pagos formalmente. Neste vídeo são citados nomes de 20 pessoas, entre eles o marido Crusius e vários secretários;

- Áudio e vídeo de distribuição de pacotinhos de dinheiro para várias pessoas cujos nomes não são conhecidos. Quem aparece distribuindo (e inclusive a expressão "mensalinho" é dita por alguém) é Valna Villarins (assessora de Yeda) e Delson Martini. Testemunham o fato: Lair e Marcelo.

- Áudio e vídeo de Humberto Busnello entregando 200 mil para o caixa dois da campanha de Yeda para Aod Cunha. Lair testemunha.

- Áudio e vídeo de uma longa explanação de pagamentos de contas particulares da governadora, supermercado inclusive. Alguma coisa envolvendo empresas de publicidade – DCS entre elas. Presentes: Lair e Marcelo.

- Diálogo sobre reforma da casa de Yeda feita pela Magna Engenharia. Lair é que está negociando.

Um comentário:

Anônimo disse...

necessario verificar:)

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