Cartum: Bier
Como esperado,o nosso ilustre prefeito preguiça José Fogaça, em sua tradicional velocidade para tomar decisões, anunciou no começo da semana o que todos já sabiam há meses: será candidato ao governo do RS.
O PMDB vivi já há meses uma forte crise interna por conta da Operação Solidária da Polícia Federal, que está investigando o envolvimento de diversos caciques da legenda em um esquema de milhões de reais, desviados dos cofres públicos. Além disto, Simon e Padilha se digladiam em uma guerra interna que tem causado diversas seqüelas, entre elas a desistência de Rigotto.
O ex-governador nunca foi um candidato de fato, Simon, desde que saiu o resultado do 2° turno das eleições para a Prefeitura de Porto Alegre, onde Fogaça saiu vencedor, já o apontava como candidato ao Piratini. Alternativa essa que foi, desde o primeiro momento abraçada pela RBS. Com esses dois “padrinhos” ao seu lado, Fogaça pode desconversar fazer-se de desentendido quanto a sua candidatura. A Rigotto só restou anunciar que estava desistindo.
O prefeito/candidato agora deverá, com toda a sua sagacidade peculiar, buscar imprimir sua marca de “bom prefeito que irá pacificar o rio grande” em um discurso de grande fragilidade política e factual, mas de fácil assimilação junto a alguns setores da sociedade. Para isso, irá contar com sua principal arma: a publicidade. Somente a Secretaria da Saúde, por exemplo, gastou mais de 2 milhões de reais em propaganda.
Como sabemos já de outras eleições, isso deverá ter seu peso na definição da “imparcialidade” que a RBS terá nesse pleito.
Como atesta o slogan da campanha institucional de final de ano da emissora “"Pra fazer a TV que você vê... a gente faz muita coisa que você não vê”, entre elas estará ações para alavancar o Fogaça e tentar impedir a volta do PT ao Piratini.
Qual sucesso eles terão em tornar um prefeito apático uma alternativa conservadora viável a cleptogovernadora Yeda é algo que só o tempo dirá.
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