Foto: Roosewelt Pinheiro/ABr
Já comentamos aqui que os epísodios que envolvem as denúncias de corrupção contra o governo José Roberto Arruda (DEM) têm muitas semelhanças com as denúncias contra o governo YEDA (PSDB). Podemos até dizer que no Rio Grande a coisa é muito pior, pois as investigações indicam que a corrupção é capitaneada por uma organização criminosa altamente sofisticada e infiltrada em várias esferas de governo.
No RS também há áudios e vídeos documentando a corrupção e ex-aliados do governo protagonizando as denúncias (inclusive o próprio vice-governador). Provavelmente, o maior diferencial de repercussão pública entre os casos seja resultado da forte blindagem midiática que o governo tucano gaúcho conseguiu manter. Os áudios e vídeos sobre a corrupção no governo tucano tão tiveram tanta exposição midiática e boa parte do material ainda se encontra sob "sigilo judicial".
Mas as semelhanças não param por aí. Seguindo o modelo que YEDA aplica no RS há mais tempo, ontem, a polícia militar do governador José Roberto Arruda utilizou de truculência e forte violência para reprimir os manifestantes que protestavam contra a corrupção no governo do DF. Com bombas de efeito moral, cavalos, cachorros e helicópteros, a polícia militar protagonizou cenas que lembraram os piores períodos da ditadura militar.
A diferença entre o tratamento dado aos manifestantes e no combate à criminalidade passa a sociedade a mensagem que a prioridade das forças de segurança pública nesses estados é reprimir quem não mais aceita a corrupção no país. Pelo visto, YEDA pode ter inaugurado uma verdadeira escola de governo.
3 comentários:
E a Polícia Civil de Brasília até hoje não concluiu nada sobre a morte de Marcelo Cavalcanti. Como trabalhador da área, garanto que afogamento não foi, pois essa é uma das constatações mais fáceis para a perícia, e a primeira que fazem em corpos encontrados na água. Se não foi revelado que ele se afogou, é porque a perícia deu negativa nesse sentido, pois não se justificaria silêncio em caso de afogamento. Bastaria passar a régua e fechar o Inquérito. Como dizia minha avó, algo hay.
Tem militante que de dia protesta contra o mensalão do Arruda e a noite aplaude os mensaleiros do Lula.
Outra diferença: o brasiliense tem sangue nas veias, luta e reage; o gaúcho aceita.
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