sábado, 11 de abril de 2009

De esquecimento e má intenção...

A recente polêmica gerada pela utilização do Banco do Brasil no combate à crise econômica em prejuízo dos seus acionistas minoritários esconde uma velha discussão. No auge das privatarias do tucanato os opositores alertavam que a entrega das empresas públicas à ganancia privada tiraria a capacidade do Estado intervir na economia em detrimento do interesse social. A mídia monopolista, pregadora das políticas neoliberais, desdenhava desse pensamento sob o argumento que "o mercado" funcionava com mais eficiência sem a intervenção do Estado. Faltou dizer que essa eficiência era apenas para enriquecer poucos em prejuízo dos demais. Vendeu-se a troco de banana a Vale do Rio Doce, as Telecomunicações, a Embraer, parte do controle acionário do Banco do Brasil e da Petrobrás, entre outras. Agora os neoliberais e seus aliados clamam pelo auxílio do estado para salvar o capitalismo de si mesmo e não se opõem à intervenção governamental que vêm transferindo bilhões de recursos públicos para salvar empreendimentos privados.
Como demonstram os últimos episódios, os opositores da privatização tinham razão. A Caixa Econômica Federal, que se tornou muito mais que um Banco no governo Lula, passando a assumir um caráter de agência governamental, responde por boa parte dos programas sociais do governo, pelo gerenciamento do Programa de Acelaração do Crescimento e a execução do Programa Minha Casa Minha Vida. A privatização da CAIXA, como desejavam os neoliberais, dificultaria em muito a execução dessas políticas. A Petrobrás tem sido fundamental na indução de investimentos estratégicos para o desenvolvimento do País. O Banco do Brasil vem sendo fundamental para evitar o represamento do crédito no mercado nacional e no financiamento das exportações. Alguém ainda acredita que a CAIXA, do Banco do Brasil e da Petrobrás não são necessários para o País? O movimento social tem que pautar a retomada do controle social sobre outros setores fundamentais para o interesse público e o desenvolvimento nacional.

Um comentário:

Anônimo disse...

Infelizmente, esse crédito não vai para o pequeno e para formas alternativas de produção. Aliás essa mudança cheira mais a tentatica de recuperar mercado, fortalecendo o papel COMERCIAL do atual BB, que nada difere de um banco privado, a não ser pq o governo absorve seu lucros sendo acionista. ou seja, mais pressão para os trabalhadores venderem, e mais arrocho. O BB é campeão em matéria de asséedio moral. A caixa hj ainda se salva, apesar de que seus trabalhadores estão sofrendo cada vez mais ataques, pois a PETROBRÁS segue o mesmo caminho, e o BNDES é o instrumento de devolução de impostos para o Capital, ou seja, o BNDES hj serve como o instrumento de perpetuar a lógica de que "os pobres pagam pela crise". Que o diga a OI/BRT...
O q temos de fazer é disputar a fu~ção que essas instituições devem ter. Claro que devem permanecer p´blicas, mas devem servir a um propósito.

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