quinta-feira, 16 de abril de 2009

Revisão do Plano Diretor de São Paulo também é marcada por irregularidades











Impondo uma nova cidade para 11 milhões de pessoas, Prefeitura ignora Constituição e participação da população para atender interesses Imobiliários; 148 organizações estão contra
As propostas para alterações do Plano Diretor Estratégico (PDE) do município de São Paulo vêm deixando entidades e organizações da sociedade civil em alerta. Tramita na Câmara de Vereadores de São Paulo um projeto de lei, assinado pelo prefeito Gilberto Kassab (DEM), que propõe mudanças significativas no Plano que define as diretrizes para o crescimento da maior cidade do país.
O que era para ser uma adequação do plano transformou-se em um novo PDE imposto de forma unilateral pela Prefeitura e sua base na Câmara de Vereadores, ignorando assim a participação a população no Plano de 2002, que tem previsão de revisão somente para 2012.
O professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP) Nabil Bonduki também já se manifestou contra o projeto. Ele, que foi relator do Plano Diretor de 2002 quando integrava a Câmara, considera que a revisão apresenta graves problemas. "O que está sendo feito hoje pela Prefeitura e aprovado pela Comissão de Justiça, embora aprovado como legal, na verdade é ilegal, porque não corresponde à lei", avalia. Informações da agência de notícias e jornal Brasil de Fato.
Novamente qualquer semelhança com o que ocorre em Porto Alegre não é mera coincidência. Os interesses dos especuladores imobiliários são fortemente representados nas Câmara de Vereadores das principais cidades do País em detrimento de qualquer preocupação ambiental, social ou de sustentabilidade. Está cada vez mais claro para maioria da população que nosso sistema representativo é um grande balcão de negócios, com valor democrático em decréscimo.

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