quarta-feira, 13 de maio de 2009

Mídia hegemônica tem saudosismo autoritário

O mundo não é perfeito, o homem muito menos. A construção da democracia e o exercício da politica, logicamente, são um reflexo dessa condição.
Nossa mídia hegemônica não desconhece tais fatos, mas faz questão de esquecer. Prefere investir numa repetitiva e rançosa lamentação contra a política, os políticos e as instituições, como se houvesse um passado glorioso destruído pela atual degradação moral. Duas falsidades: não houve um passado glorioso e nem o passado foi melhor que o presente.
Pelo contrário, os atuais embates, discussões e enfrentamentos entre pensamentos e posições diferentes são a energia motriz de uma democracia, o sinal que estamos no caminho certo, avançando para construção de uma sociedade mais justa e igualitária. Mas para a mídia hegemônica, especialmente a regional, trata-se de um conflito nocivo e insidioso.
Os escândalos, reais ou provocados, com origem nas contradições e disfuncionalidades das instituições quando tornados públicos e discutidos abertamente, permitem o amadurecimento político da sociedade, afastando demagogias baratas e simplificações grosseiras. Mas para imprensa monopolista são sinais de uma horrível e inaceitável degradação moral.
O conselho midiático é sempre o mesmo afastem-se da política, ela é suja. Decodificando a mensagem: não se envolvam com os assuntos de interesse público e social isso é perigoso, contaminado e impuro.
Na verdade essa preocupação expressa o medo e a irresignação com o avanço da democracia, com a socialização da informação e do debate. Não se conformam com a universalização da política que impede que as decisões sejam tomadas por poucos sem o conhecimento ou participação da maioria, como eram no passado recente. Na realidade trata-se apenas de um sentimento de saudosismos, nostalgia de uma época marcada pelo autoritarismo e dominação, que se manifesta através de um discurso moralista enfadonho e mofado.

Um comentário:

Pedro Paulo disse...

é muito ranço em um só comentário. Então a RBS não pode pensar no bem comum, em uma pauta positiva???? Vamos olhar para frente, avançar e não retroceder, diminuir as divergências e aumentar as convergências, enfim, ser civilizados.

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