Pescado do Blog RS URGENTE: http://www.rsurgente.net/
A leitura de duas notícias, uma no Estadão e outra na Agência Câmara, pode ajudar a entender a notinha de Zero Hora sobre a contratação do ex-governador Antonio Britto pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) a peso de ouro (o próprio Britto disse que a proposta foi "irresistível"). Pelo Estadão, fica-se sabendo que há uma polêmica instalada entre o Ministério da Saúde e as indústrias de remédios sobre a concessão de patentes para fórmulas polifórmicas (o polimorfismo se refere a diferentes formas de uma mesma substância química que pode ser utilizada na fabricação de medicamentos). Já a Agência Câmara ressalta que o debate chegou à esfera política.Recentemente, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) se posicionou favoravelmente à concessão das patentes polimórficas e, segundo o Ministério da Saúde, isto pode comprometer o crescimento da indústria dos genéricos e encarecer ainda mais as compras de remédios, principalmente os que são usados pelas farmácias e hospitais do Sistema Único de Saúde. Se essas patentes forem concedidas pelo INPI, corre-se o risco de que substâncias ativas de vários remédios, que hoje já estão em domínio público, voltem a ficar indisponíveis. Um caso emblemático é o do anti-retroviral Ritonavir, utilizado no combate à Aids, que já está em domínio público e possui vários pedidos de patentes de formas polimórficas de seu princípio ativo. Se concedidas, elas impediriam a produção dos genéricos.Quem discorda? Justamente a nova empregadora de Antônio Britto. A Interfarma alega que "o INPI fez apenas uma diretriz técnica e estão querendo derrubá-la com argumentos políticos". A indústria de remédios refere-se, por exemplo, ao argumento do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que criticou esse patentamento sustentando que ele vai satisfazer apenas as empresas multinacionais, em detrimento da saúde pública e do direito de acesso universal aos medicamentos, pois o remédio patenteado é muito mais caro.Para bom espremedor, meia laranja basta. Se o debate está no campo político, parece óbvio que a contratação de Britto - que como homem público sempre foi um fervoroso privatista - tenha se dado muito mais pelas suas capacidades (lobísticas?) nesta área do que, propriamente, por seus dotes de executivo. Afinal, ele não para mesmo muito tempo em empresa nenhuma.
A leitura de duas notícias, uma no Estadão e outra na Agência Câmara, pode ajudar a entender a notinha de Zero Hora sobre a contratação do ex-governador Antonio Britto pela Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma) a peso de ouro (o próprio Britto disse que a proposta foi "irresistível"). Pelo Estadão, fica-se sabendo que há uma polêmica instalada entre o Ministério da Saúde e as indústrias de remédios sobre a concessão de patentes para fórmulas polifórmicas (o polimorfismo se refere a diferentes formas de uma mesma substância química que pode ser utilizada na fabricação de medicamentos). Já a Agência Câmara ressalta que o debate chegou à esfera política.Recentemente, o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) se posicionou favoravelmente à concessão das patentes polimórficas e, segundo o Ministério da Saúde, isto pode comprometer o crescimento da indústria dos genéricos e encarecer ainda mais as compras de remédios, principalmente os que são usados pelas farmácias e hospitais do Sistema Único de Saúde. Se essas patentes forem concedidas pelo INPI, corre-se o risco de que substâncias ativas de vários remédios, que hoje já estão em domínio público, voltem a ficar indisponíveis. Um caso emblemático é o do anti-retroviral Ritonavir, utilizado no combate à Aids, que já está em domínio público e possui vários pedidos de patentes de formas polimórficas de seu princípio ativo. Se concedidas, elas impediriam a produção dos genéricos.Quem discorda? Justamente a nova empregadora de Antônio Britto. A Interfarma alega que "o INPI fez apenas uma diretriz técnica e estão querendo derrubá-la com argumentos políticos". A indústria de remédios refere-se, por exemplo, ao argumento do deputado Dr. Rosinha (PT-PR), que criticou esse patentamento sustentando que ele vai satisfazer apenas as empresas multinacionais, em detrimento da saúde pública e do direito de acesso universal aos medicamentos, pois o remédio patenteado é muito mais caro.Para bom espremedor, meia laranja basta. Se o debate está no campo político, parece óbvio que a contratação de Britto - que como homem público sempre foi um fervoroso privatista - tenha se dado muito mais pelas suas capacidades (lobísticas?) nesta área do que, propriamente, por seus dotes de executivo. Afinal, ele não para mesmo muito tempo em empresa nenhuma.
2 comentários:
Esse cara de ratão fez um baita estrago no RS.
Entre eles demitiu os funcionários da Azaléia às vesperas do natal. Esse era o governador dos sonhos do grupo RBS. A própria cara da destruição do RS.
Postar um comentário