Local: Usina do Gasômetro
Dia 01 de agosto as 15 horas
Uma visão crítica e alternativa ao oligopólio midiático
Os partidos da base de sustentação do governo Yeda na Assembléia Legislativa adotaram a estratégia da avestruz diante das denúncias de corrupção contra o governo tucano. Essa ave quando se julga em perigo enfia a cabeça num buraco em busca de proteção deixando todo o corpo de fora.
Não é piada não, tá lá na página oficial da Prefeitura de Porto Alegre a seguinte notícia:
ficiente e um modelo cooperativo como a governança solidária. Essa é a essência do nosso governo”, afirmou o prefeito. (http://www2.portoalegre.rs.gov.br/cs/default.php?reg=111421&p_secao=3&di=2009-07-29)
Quando se pensa que o governo chegou ao fundo do poço ele vai mais além e chega àquela substância escura e viscosa nas profundezas do inconfessável.
Os indicadores econômicos que apontaram o fim da recessão da economia brasileira em maio azedaram o humor do oligopólio midiático. Pior ainda foi o indício de um novo ciclo de expansão da economia brasileira já a partir do segundo trimestre desse ano.
As condições de segurança do Estado se deterioram a cada dia. É importante reconhecer que esse é um problema estrutural e de múltiplas causas que não pode ser debitado integralmente na responsabilidade desse ou daquele governo. Mas também contribui no combate desse enorme problema aceitar que a situação no nosso Estado está ficando muito pior que na maioria dos demais.
O sumiço da governadora tucana Yeda Crusius num momento em que a crise política no Estado atingiu seu ápice é parte de uma estratégia bem calculada. Qual outro governante poderia se dar ao luxo de desaparecer em um momento desses? Muito menos um governo com impopularidade recorde e com pouquíssimos aliados dispostos a se expor publicamente em sua defesa.
Reproduzo a seguir interessante notícia veiculada pelo Folha online (http://www1.folha.uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u601011.shtml) que aborda mais uma faceta dos abusos cometidos pelas empresas privatizadas de telecomunicações. Por sinal, tema seguidamente tratado por esse blog (ver publicações anteriores).Nesse período foram contabilizadas 607.746 demandas relativas ao setor de telecomunicações. O segmento de telefonia celular respondeu por 32,2% dos atendimentos, e o de telefonia fixa, 32,1%. Juntos, esses segmentos responderam por mais da metade (64,4%) do total de demandas do setor.
Entretanto, apesar de aparecerem empatados em número de demandas, o estudo destaca que o mercado de telefonia fixa equivale a pouco mais de um quarto do mercado de telefonia celular, "o que sugere um pior desempenho do segmento telefonia fixa".
Cobrança indevida
Em relação aos motivos das reclamações, três principais problemas se repetem para os segmentos de telefonia fixa e celular. Em primeiro lugar estão problemas relacionados à cobrança indevida ou abusiva, que representam 47,6% das demandas de telefonia fixa, e 36,6% das demandas de telefonia celular.
Segundo o estudo, "melhorar a clareza dos dados de cobrança e a eficiência dos procedimentos associados a ela talvez modificasse o atual quadro, que representam mais de 60% das demandas do segmento de Telefonia Fixa e quase metade das demandas do segmento de Telefonia Celular."
Dúvidas sobre cobranças, valores e reajustes responderam por 13,6% dos problemas de telefonia fixa, ocupando a segunda posição neste segmento, e questões relacionadas a contratos, como rescisão ou alteração unilateral, foram responsáveis por 11,9% das demandas, ocupando a terceira posição.
Na telefonia celular os dois últimos postos se invertem, e problemas com contratos ocupam a segunda posição, com 11,9%, e dúvidas sobre cobranças, valores e reajustes aparecem em terceiro, com 11% das reclamações.
Futuro sombrio
De acordo com a pesquisa, os relatos de consumidores ressaltam que "o processo de apuração dos débitos apresenta falhas reiteradas que não são corrigidas pelos fornecedores como, por exemplo, a cobrança de serviços já cancelados."
Outra "prática conhecida" das empresas de telefonia, aponta o levantamento, é "embutir nos débitos a cobrança de serviços que não foram contratados ou cuja contratação ocorreu de forma tácita sem que fosse dada a correta ostensividade e transparência sobre todos os produtos contemplados pelo contrato." Falhas recorrentes no fornecimento dos serviços também foram mencionadas.
O percentual de reclamações relativas à telefonia se manteve no período pesquisado, "o que elimina de um horizonte próximo qualquer expectativa de redução de demanda" destacou o estudo.
Segundo reportagem da Folha, diante do elevado número de queixas de consumidores contra empresas de telefonia, o Ministério da Justiça ameaça fechar lojas de operadoras de celular e suspender serviços até que as falhas sejam resolvidas.
Apesar dos efeitos nocivos ao meio ambiente, à saúde dos trabalhadores que os manipulam e de todos nós que os consumimos por meio dos alimentos, os agrotóxicos ainda continuam sendo usados em larga escala, principalmente no agronegócio. Somente no ano passado, o mercado mundial de agrotóxicos teve um lucro líquido de 40 bilhões de dólares. A produção dessas substâncias está concentrada em nove multinacionais, que controlam 90% da produção.
Mais da metade dos estrangeiros no Brasil tem terra na Amazônia. Dados do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária apontam que QUATRO MILHÕES de hectares já estão registrados em nome de estrangeiros no país. Destes, mais da METADE está concentrada na Amazônia. Entre os mais novos interessados está a Arábia Saudita. Por meio de um programa, os árabes querem comprar terras brasileiras e, com isso, produzir alimentos para suprir necessidades internas. A China é outro país que cobiça o solo brasileiro. As informações são da agência de notícias Chasque (www.chasque.com.br).
É muito interessante parar um tempo para refletir sobre as manchetes dos grandes veículos de comunicação. Quando os fatos não estão de acordo com seus interesses ou ideologias, as manchetes brigam com os fatos, ou seja, com a informação que a matéria contém. Olhem o caso acima, divulgada pelo folha online:
Essa comédia trata de forma inteligente e provocativa sobre a importância da mão-de-obra imigrante para os EUA. Os latino-americanos representam 1/3 da população economicamente ativa do Estado da Califórnia. O que aconteceria se, de uma ora para outra, toda essa população desaparecesse?
Página do Estadão: http://www.estadao.com.br/noticias/nacional,veja-a-cronologia-do-caso-yeda-crusius-no-rio-grande-do-sul,369726,0.htm
Veja as acusações contra o governo gaúcho:
Em novembro de 2007
Operação Rodin, da PF, aponta fraude de R$ 44 milhões no Detran gaúcho. Entre os 14 presos, o empresário tucano Lair Ferst, ligado à cúpula da campanha que elegeu Yeda em 2006.
Em fevereiro de 2008Assembleia abre a CPI do Detran para investigar o esquema, que consistia na cobrança de preços superfaturados por fundações e empresas contratadas sem licitação
Em abril de 2008
À CPI um delegado da Polícia Civil diz ter recebido a informação de que Lair Ferst teria pago R$ 400 mil do custo da casa adquirida por Yeda no fim de 2006. Segundo a tucana, casa foi comprada por R$ 750 mil. Yeda avisa que vai processar o presidente da CPI pela insinuação de que sua casa teria sido paga parcialmente com sobras de campanha.
Em maio de 2008
Justiça Federal abre processo contra 40 pessoas no caso das fraudes no Detran. Empresário Lair Ferst nega ter participado da campanha de Yeda.
Em maio de 2008
Ex-secretário de Segurança Enio Bacci afirma à CPI que governadora soube das irregularidades no Detran no início de 2007 e nada fez. Governo nega.
Em junho de 2008
É divulgada conversa gravada pelo vice de Yeda, Paulo Afonso Feijó (DEM), na qual o chefe da Casa Civil, Cézar Busatto, admitia que partidos aliados eram financiados por órgãos públicos. Gravação provoca a queda de Busatto, do secretário-geral de governo, Delson Martini, e do chefe do escritório do RS em Brasília, Marcelo Cavalcante.
Em junho de 2008
PSOL e PV protocolaram pedido de impeachment da governadora na Assembleia Legislativa sob acusação de improbidade administrativa
Em junho de 2008
Assembleia arquiva pedido de impeachment de Yeda
Em junho de 2008
Gravações da CPI do Detran derrubam quatro da cúpula do governo de Yeda Crusius.
Uma das gravações mostrou dois envolvidos na fraude que desviou R$ 44 milhões da autarquia combinando um jeito de resolver um impasse entre empresas que prestavam serviços superfaturados.
A segunda mostrou o chefe da Casa Civil, Cezar Busatto, admitindo ao vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM) que partidos aliados do governo se financiavam em órgãos públicos.
Em junho de 2008
Em entrevista ao Estado, governadora do Rio Grande do Sul negou acusações e disse que vice se uniu à oposição para tentar derrubá-la. "Não é uma hecatombe só para mim, é para todos", diz Yeda.
Em julho de 2008
PSOL e PV questionam, em representação por improbidade administrativa ao Ministério Público de Contas, a compra da casa de Yeda. Para os partidos, custo de R$ 750 mil não é compatível com os rendimentos de Yeda e do marido, Carlos Crusius, que é professor.
Em julho de 2008
Relatório final da CPI do Detran, aprovado por 9 votos a 3, não cita a governadora e isenta ex-secretários. O relator culpa as mesmas 40 pessoas que já respondem a processo na Justiça Federal
Em agosto de 2008
Um dos 40 a responder ao processo, Lair Ferst diz que pessoas "de dentro e de fora" da administração estadual também participaram ou souberam da fraude no Detran.
Em agosto de 2008
Tribunal de Contas do Rio Grande do Sul recebe como denúncia representação do Ministério Público Especial que recomenda averiguar a compra da casa da governadora. Advogado tenta explicar como Yeda adquiriu casa.
Em dezembro de 2008
O Ministério Público gaúcho arquiva representação contra a governadora Yeda que apontava possíveis irregularidades na compra de sua casa
Em fevereiro de 2009
Corpo de Marcelo Cavalcante, ex-assessor de Yeda, é encontrado boiando no Lago Paranoá, em Brasília
Em fevereiro de 2009
Em entrevista ao Estado, Yeda diz que "levantaram ofensas e acusações sem prova" contra ela.
Em fevereiro de 2009
PSOL acusa a governadora e seus ex-colaboradores de terem participado ou tomado conhecimento de caixa 2 na campanha eleitoral de 2006 e de usar recursos paralelos e superiores aos informados num contrato de aquisição da sua casa
Em maio de 2009
Segundo a revista Veja, em gravações Marcelo Cavalcante admite ter coletado, após a eleição de 2006, R$ 200 mil de empresas. O dinheiro teria sido entregue ao marido da governadora.
Em maio de 2009
Oposição retoma coleta de assinaturas para abrir CPI sobre o governo Yeda.
Não subestimar a oposição. Pode ser fatal e facilitar o retorno da direita. Contam com toda a mídia, direção ideológica da direita brasileira. Contam com um candidato que, até agora, mantém a dianteira – e não basta dizer que é recall, porque é muito constante sua votação, o Ciro é recall e despencou nas pesquisas.
Quando o Orçamento Participativo faz 20 anos, um marco que colocou Porto Alegre no mapa do mundo, infelizmente não temos muito a comemorar. O governo de centro direita, liderado por Fogaça, desde que assumiu a prefeitura em 2005, vem acabando com o processo de co-gestão da cidade e seu sistema de participação popular. O OP, devido ao seu prestígio nacional e internacional, foi mantido apenas como peça de propaganda ao mesmo tempo que se procedia de maneira deliberada e sistemática o seu esvaziamento.
Enquanto os índices de violência explodem no RS, infernizando o cotidiano dos gaúchos e ceifando vidas, a governadora Yeda trata os órgãos de segurança pública como se fossem instituições privadas.
A demissão do presidente do Detran, Sérgio Buchmann, ontem, reafirmou o modos operandi do governo Yeda. Assim como Adão Paiani, ex-ouvidor da Secretaria da Justiça, e a Estella Marins Simon, ex-diretora do Detran, os colaboradores do governo que denunciam pressões ou irregularidades são desqualificados e prontamente afastados sem qualquer preocupação em investigar, divulgar ou ouvir sua versão dos fatos. Todavia, os denunciados gozam da confiança absoluta da governadora e não necessitam prestar qualquer explicação dos seus atos.
MEMÓRIA Na opinião de Ubiratan de Souza, que lutou ao lado de Carlos Lamarca contra o regime militar, repressão existe até hoje e os trabalhadores precisam contar o que verdadeiramente aconteceu para que se possa construir uma sociedade mais justa e igualitária.
O artigo "Os ratos" do ex-ouvidor da Secretaria da Segurança Pública do governo YEDA, Adão Paiani, publicado no blog RS URGENTE (http://rsurgente.opsblog.org) é simplesmente bombástico. Se nossa imprensa fosse minimamente isenta e independente seria capa de quase todos os jornais regionais. O teor das afirmações realizadas por um membro do primeiro escalão do governo tucano, por si só, já são mais que suficientes para motivar uma CPI pela Assembléia Legislativa. Vejamos o que disse Adão Paiani:O fato novo envolvendo o Chefe de Gabinete da Governadora do Estado, Ricardo Lied; essa figura que, como outros, move-se nas sombras e escaninhos do poder, como a longa manus de interesses impublicáveis da Progenitora Maior do Estado, não pode e não deve ser encarado como algo menor. Muito ao contrário, é talvez um dos episódios mais graves ocorridos não apenas nesse governo, que tanto tem se notabilizado pela prática quase diária de atrocidades contra a justiça, a lei e a cidadania; mas na história recente do Rio Grande.
As circunstâncias de mais esse escabroso caso envolvendo agentes do governo que gravitam em torno de Yeda Rorato Crusius não estão sendo abordadas pela grande mídia com a abrangência que a gravidade do episódio exige. O próprio jornal procurado pelo Presidente do Detran, Sérgio Buchmann, para denunciar a tentativa de chantagem e intimidação que recebeu; vem, muito a contragosto, dando um espaço mínimo para o fato e seus articulistas, e outros do mesmo grupo, oscilam entre a timidez da análise, a descaracterização do crime cometido e a falta de argumentos para reconhecer que não tem mais como omitir da opinião pública a verdade dos fatos.
A revelação que Ricardo Lied fez-se acompanhar, em sua “visita” a Buchmann, pelo Superintendente dos Serviços Penitenciários, Mário Santa Maria Júnior, é a prova que faltava para chegarmos ao mandante do delito cometido. Conhecendo Santa Maria, quadro do PSDB como Lied, posso assegurar que ele jamais o acompanharia na empreitada se não houvesse recebido ordem superior para isso, emanada diretamente da Governadora do Estado, de quem partiu a tentativa de convencer a transigir em seus posicionamentos um técnico comprometido em realizar aquilo que considerava, ao assumir o cargo, interesse do governo: moralizar a autarquia. Nem Lied, nem Santa Maria agiram de modo próprio.
A história, já foi dito, acontece primeiro como tragédia, e depois como farsa. Ricardo Lied tem tudo para se transformar no “Gregório Fortunato” de Yeda Crusius. Tem a cobertura e a cumplicidade da sua “chefe” para continuar delinqüindo, e por isso transita com tanta desenvoltura em locais e situações distantes de suas atribuições. O ambiente para repetição da história está pronto, e não faltará uma Rua Toneleiros, um Carlos Lacerda ou um Major Vaz para que ela se repita como farsa. Com a substancial diferença de que, ao contrário dos episódios de 54, esse governo não possui contra si apenas insinuações de um ferrenho opositor, um tribuno exaltado, como Lacerda, mas um conjunto de denúncias e materialidades de crimes de toda a ordem, vindas de dentro da sua própria estrutura. E, certamente, a Governadora do Estado está a uma abissal distância da estatura moral de um Vargas. Não esperemos dela qualquer gesto de desprendimento.
A utilização das estruturas de segurança do Estado e de seus mecanismos, pelo atual governo, para exercer chantagem e pressão política tanto contra adversários como para seus próprios integrantes, denunciados por mim quando da saída do governo, se alguém ainda tinha alguma dúvida, se comprovou agora. Essa prática, cuja existência tentei levar ao conhecimento da Governadora, levou à minha exoneração. Agora, sabe-se, que ela não apenas conhecia os fatos denunciados, mas fazia e faz uso dessas práticas. Por isso a tentativa inicial de desqualificar minhas denúncias. Por isso a tentativa de, mediante uma sindicância fraudulenta, buscar algo que pudesse colocar em dúvida minha conduta, minha dignidade pessoal e meu caráter.
Seria injusto negar que dentro do governo, e mesmo em sua base política de apoio, existem pessoas com grande qualificação moral, às quais tem evitado que tudo desabe como um castelo de cartas; temeroso de prejuízos à governabilidade, e esse é o seu principal equívoco. A cada dia, são sufocados e arrastados pela devassidão dos ratos que se movimentam, abrigados pela impunidade, com cada vez mais desenvoltura. E com eles acabarão perecendo.
Enquanto isso, cercados pela omissão e pelo silêncio de tantos, perguntamos: Quousque tandem abutere, Yeda, patientia nostra?
Até quando?
Ainda sobre o caso DEMOs/FORD, por indicação do nosso leitor Noiran, reproduzo o artigo de Beatriz Fagundes que está publicado na página da Assembléia Legislativa (http://www.al.rs.gov.br/ag/Clipagem/noticias.asp?txtIDMATERIA=160939&txtIdTipoMateria=8&txtIdVeiculo=26). Lendo esse artigo mais a declaração publicada na página dos DEMOs não há como questionar a armação DEMO/Tucana.