sexta-feira, 17 de julho de 2009

Sobre isenções fiscais

Após o anúncio pelo governo tucano do RS da isenção de 22 anos para a GM, muito oportuna a postagem abaixo do blog Aldeia Gaulesa (http://aldeia-gaulesa.blogspot.com/). Compartilhamos da mesma opinião.

Já faz alguns anos que uma cena tem se repetido no Rio Grande do Sul: a concessão de subsídios fiscais por parte do governo do estado para algumas grandes empresas.

Ressalto que são algumas, e não todas, com critérios muito questionáveis e com efeitos ainda mais. Uma desculpa que é dada pelo governo da ocasião é de que tais isenções fiscais iriam corroborar para a “geração de empregos no RS”. Infelizmente para estes, tal situação não tem se comprovado, ao contrário, o dinheiro perdido com essas isenções tem feito falta aos cofres públicos.
Tal política deflagrada a passos largos no governo Britto, sendo interrompida no governo Olívio, foi retomada com Rigotto e mantida pela Yeda. Com todo este período de implementação desta política fiscal, os resultados deixam de ser fruto de “especulações e intrigas da oposição” e são uma realidade.
Economicamente, o RS vive a pelo menos uns quatro anos (alguns estudos apontam para um período maior) um processo de estagnação. Só isso já seria um elemento para desnudar a ineficiência desta continua política de redução do papel do estado e de crença no “deus mágico do mercado”, acentuado na atual gestão da Yeda.
Mas nem só de lágrimas vive o RS no que tange a política de transferências indiretas de recursos públicos para a iniciativa privada. Ainda que os trabalhadores nada tenham obtidos, os empresários ganharam e ganharam muito com isso. Sem ter qualquer tipo de contrapartida estipulada pelo Piratini.
Uma das maiores beneficiarias dessas isenções tem sido a Gerdau. Uma indústria “humilde”, que sem dúvida precisa do aporte financeiro do estado para manter as portas abertas.
Provando isso, a última edição da revista americana Fortune, divulgou a lista das 500 maiores empresas do mundo, onde neste ano passou a contar com a ilustre presença da nossa empresa campeã de subsídios fiscais, a Gerdau.
A Gerdau fechou a participação ocupando a 400ª posição do ranking, com receita de US$ 22,86 bilhões, segundo a Fortune.
Fica a pergunta no ar, uma empresa com essa estatura, necessitaria estar ganhando todo este aporte de recursos do estado? Não teria outras áreas, com resultados muito melhores para a economia gaúcha, que poderiam estar recebendo apoio estatal? O único resultado inquestionável dessas isenções é que sem dúvida elas ajudaram a tornar a Gerdau ainda mais rica e poderosa, e não ao Rio Grande do Sul. Pescado do blog Aldeia Gaulesa

Um comentário:

Carlos Eduardo da Maia disse...

O que está dito no post não é verdadeiro. Se o governo não tivesse concedido isenção fiscal a GM não estaria em Gravataí e a situação econômica do Rs estaria muito pior. Apenas a cegueira desse grande mal que é a religião da ideologia faz as pessoas ficarem abobalhadas diante de certos paradoxos. Basta verificar o progresso de Gravataí a partir da instalação da GM. Perguntem ao PT de Gravataí. Uma grande indústria faz circular capital, emprega de forma direta e indireta, agrega conhecimento, tecnologia, know how. Infelizmente, o simplório do Olívio -- que nunca foi além da função de escriturário -- pisou na bola ao mandar a Ford embora (não adianta dizer que foi o FHC com o ACM, porque foi o Olívio que não liberou os recursos de um contrato que já estava assinado pelo RS e Ford, após a quebra do contrato pelo Olívio é que a Ford declarou que não mais faria o empreendimento no RS), por absoluto ranço ideológico. O fim da picada.

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