terça-feira, 8 de setembro de 2009

Assembléia gaúcha aprova concessão de benefícios à empresa do governo dos EUA


A concessão pelo governo do gaúcho de mais benefícios fiscais à GM é exemplificativa da ausência de projeto político dos partidos conservadores para o Estado.

A General Motors receberá benefícios tributários de aproximadamente R$ 200 milhões ao ano, ou seja, R$ 3,5 bilhões durante todo o período previsto no projeto. Os investimentos realizados pela empresa serão quase integralmente financiados por bancos públicos (BNDES, BRDE e Banrisul) e não há nenhuma contrapartida social assegurada, nem mesmo a garantia da geração de novos empregos.

Quando da instalação da GM no Estado, a empresa recebeu incentivos milionários e foi apresentada como a solução milagrosa para todos os males do Rio Grande. O caminho mais curto para o desenvolvimento e a modernidade. Passada quase uma década, a realidade se impôs sobre a ideologia. Os problemas econômicos e sociais do RS se aprofundaram e o crescimento econômico do Estado no período desmentiu as falsas promessas.

A ineficiência econômica da GM ficou desnudada com a crise no sistema financeiro americano. A empresa praticamente faliu, sendo socorrida pelo governo dos EUA que passou a ser seu maior acionista.

Os benefícios concedidos pelo governo gaúcho à GM poderiam ser aplicados em matrizes produtivas locais com resultados muito maiores e melhores. Recursos que farão muita falta no apoio a outros sistemas produtivos.

Mas o governo tucano é completamente dominado pelo "ranço neoliberal". Uma ideologia, agora envelhecida e desbotada, sem nenhuma consistência diante da realidade. Portadores de um imaginário colonizado, os tucanos preferem apostar numa empresa controlada pelo governo americano, a beira da falência, ao invés de valorizar e apostar nas potencialidades econômicas regionais. O mundo mudou, mas o tucanato continua o mesmo.

Um comentário:

Contribuinte disse...

Eu também quero pagar menos impostos para crescer. Só tem para as multinacionais estrangeiras. E nós, os pobres empreendedores gaúchos?

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