A matéria acima foi publicada no Estado de São Paulo em 1997, ou seja, nos anos dourados do pensamento único neoliberal. Naquele período, aí de quem tivesse a ousadia de discordar de um sábio como o tucano Gustavo Franco, Diretor da Área Internacional do Banco Central no governo FHC. A mídia corporativa logo adjetivava o corajoso sujeito de dinossauro, jurássico, atrasado, dentre outros.
Mas vejamos o que pregava o sábio tucano naquela época.
Em palestra para estudantes da Faculdade de Administração da UFRJ, Gustavo Franco fez as seguintes afirmações emblemáticas:
- "não há razões para que a Petrobrás e o Banco do Brasil sejam mantidos como empresas estatais".
- "mesmo que a Petrobrás tivesse um bom desempenho - e não é o caso - não vejo porque não privatizar".
Utilizando o prejuízo do Banco do Brasil naquele período como argumento, afirmou ainda que a privatização era uma questão financeira, e não ideológica, e que os recursos obtidos deveriam ser utilizados na redução da dívida pública.
Como visto, a história fez justiça com tamanha sapiência. Qual seria a imagem desse profissional no mercado, se tais conselhos tivessem sido dados a qualquer corporação privada?
Mas são "especialistas" desse tipo que a mídia corporativa convida para palpitar sobre assuntos de interesse público e ditar regras de como administrar nosso País.
Um comentário:
Gostaria de saber se ele venderia uma empresa que vale 300 por 3 como fizeram com a Vale do Rio Doce. Com a Petrobras seria a mesma coisa. Essa gente deveria ser responsabilizada criminalmente.
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