sexta-feira, 31 de julho de 2009

Estratégia do avestruz

Os partidos da base de sustentação do governo Yeda na Assembléia Legislativa adotaram a estratégia da avestruz diante das denúncias de corrupção contra o governo tucano. Essa ave quando se julga em perigo enfia a cabeça num buraco em busca de proteção deixando todo o corpo de fora.
Ao se furtar de sua missão constitucional de fiscalizar o executivo, a base governista, especialmente o PMDB, puxa para si o desgaste de um governo com índices de impopularidade recordes. Além disso, permite especulações sobre seu envolvimento direto nos fatos objeto das investigações pelas autoridades competentes. Depois disso, não será nada fácil se descolar do governo tucano, apresentando-se como algo novo ao eleitor, como tem sido prática habitual dessas agremiações.
Capitaneando esse movimento se destaca "o reserva ético do Senado". Denominado assim pela mídia oligopolista regional, o Senador Pedro Simon tem sido figura chave na articulação da governabilidade do governo tucano. O Senador adora aparecer nos holofotes da mídia hegemônica com discursos moralistas afinados aos interesses dos setores mais conservadores da sociedade brasileira. Mas aqui no RS se nega a apoiar a criação de uma CPI para investigar as cada vez maiores e mais contundentes denúncias de corrupção contra o governo do PSDB.
O Senador que prontamente pediu o afastamento do presidente do Senado, seu correligionário José Sarney, nem cogita pedir o afastamento dos também correligionários indiciados Eliseu Padilha e Marco Alba, Secretário Estadual da Habitação. Postura típica de "um reserva ético" que nunca chegará a titular.

2 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Escândalos muito maiores ocorrem no governo federal, envolvendo valores absurdos segundo os 'critérios' da Petrobrás e vocês simplesmente silenciam? Já houve a CPI do DEtran, a incompetente oposição faz um texto mal feito convocando para uma nova CPI para investigar o que? A questão da casa da Yeda não tem nada a ver com probidade administrativa, mas com crime eleitoral, o qual já está prescrito. Yeda pegou dinheiro de sobra de campanha, que deveria ser destinado ao fundo partidário, para pagar sua casinha. É picaretagem, mas é picaretagem igual ao que Lula confessou na TV ao povo brasileiro de que o PT na sua campanha se utilizou de sobra de campanha e caixa 2. E os blogs de esquerda ficaram quietinhos. Tem gente até que não acredita na existência do mensalão e acha que a Petrobrás é santinha. Fazer o quê?

Marcos Padilha disse...

Não tem haver com probidade administrativa. E a operação Rodin, e os fatos que vinculam o gabinete da governadora através do Ricardo Lied e do seu ex-marido às pressões sobre a presidência do Detran, e as gravações da PF onde falam que ela é safada, que busca jogar uns contra os outros, etc, e aquela que fala que ela é a progenitora-mor, e as denúncias do PSOL, e as denúncias do ex-ouvidor da Secretaria de Justiça, e......

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