sexta-feira, 3 de julho de 2009

Ministro Jobim ignora a lei na busca por desaparecidos no Araguaia, afirma Dalmo Dallari

A Comissão sobre Mortos de Desaparecidos Políticos vai começar, neste mês de julho, as buscas pelos corpos de guerrilheiros e militares desaparecidos no Araguaia. O ministro da Defesa, Nelson Jobim, foi alvo de críticas pela forma como vem conduzindo a comissão. O professor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), Dalmo Dallari, disse que Jobim está ignorando a lei.
Dallari afirmou que o ministro agiu contra uma lei que ele próprio preparou quando ainda era ministro da Justiça, no governo Fernando Henrique. A lei criou uma comissão para verificar e investigar os desaparecimentos políticos, no entanto, agora, foi criada uma nova comissão no âmbito militar.
“[O que revela] uma contradição e ainda uma ilegalidade, porque ele está contrariando a lei. Ele está fazendo o jogo dos militares que querem esconder a revelação da verdade em relação ao Araguaia e a tortura de maneira geral.”
Além disso, o ministro Jobim deixou de fora, nesta nova comissão, representantes do Conselho Nacional de Direitos Humanos, famílias de desaparecidos, o Ministério Público Federal e a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A atitude foi questionada por parte do ministro de Direitos Humanos, Paulo Vannuchi.
Dallari ressaltou que é preciso fazer algo para buscar justiça nos trabalhos que vão acontecer no Araguaia.
O que falta é dar condições para que a comissão legalmente criada faça a investigação.”
A Guerrilha do Araguaia surgiu na década de 70. O movimento, organizado pelo Partido Comunista do Brasil (PCdoB), era composto por militantes contrários ao Regime Militar, que vigorava no Brasil naquela época. Informações da Radioagência NP.

Não era de se esperar nada de diferente do ministro tucano Nelson Jobim. Cabe sim ao governo Lula deixar sua posição conciliatória de extrema moderação para fazer justiça com a história e com aqueles que deram a vida na luta pela redemocratização do País.

4 comentários:

Carlos Eduardo da Maia disse...

Existiram formas e formas de lutar contra a ditadura. Uns resolveram pegar em armas e outros tentaram resistir dentro das instituições, no antigo MDB, no Pasquim etc.. A luta armada não deu em nada, apenas deu motivo para a ditadura endurescer o regime. Discordo, portanto da frase "aqueles que deram à vida pela redemocratização do Brasil". Quem pegou em armas se equivocou, fez opção errada.

Lamarca e Mariguela post mortem disse...

A luta armada se intensificou com o AI-5, e não o contrário, portanto a sua relação causa e consequencia está meio distorcida Dr. Maia.

Lamarca e Mariguela post mortem disse...

A luta armada se intensificou com o AI-5, e não o contrário, portanto a sua relação causa e consequencia está meio distorcida Dr. Maia.

Anônimo disse...

É Maia, no teu conceito quem deu a vida pela redemocratização foram figuras tipo a Múmia do Simon.

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