As condições de segurança do Estado se deterioram a cada dia. É importante reconhecer que esse é um problema estrutural e de múltiplas causas que não pode ser debitado integralmente na responsabilidade desse ou daquele governo. Mas também contribui no combate desse enorme problema aceitar que a situação no nosso Estado está ficando muito pior que na maioria dos demais.
Segundo notícias veiculadas ontem, a defasagem do efetivo da Brigada Militar se aproxima dos 37%. A carência de pessoal na Polícia Civil deve ser semelhante e o problema no sistema prisional é conhecido de todos. Acrescentando a esses elementos a desigualdade social e as ambiguidades do nosso sistema jurídico, que gera toda ordem de impunidade, o cenário para o caos está criado.
Ontem no final da tarde a violência atingiu até o Centro Administrativo do Estado, local onde funcionam diversas secretarias e o gabinete da própria governadora Yeda Crusius. Assaltantes renderam e roubaram os seguranças do local.
Em outros tempos, a mídia oligopolista regional fomentou a criação de uma CPI da segurança pública com base em fatos muito menos relevantes dos ocorridos recentemente. Hoje vigora um silêncio constrangedor sobre o assunto.
Ontem no final da tarde a violência atingiu até o Centro Administrativo do Estado, local onde funcionam diversas secretarias e o gabinete da própria governadora Yeda Crusius. Assaltantes renderam e roubaram os seguranças do local.
Em outros tempos, a mídia oligopolista regional fomentou a criação de uma CPI da segurança pública com base em fatos muito menos relevantes dos ocorridos recentemente. Hoje vigora um silêncio constrangedor sobre o assunto.
2 comentários:
A CPI da segurança surgiu porque o delegado Tubino gravou a voz do assessor e amigo oculto de Olívio Dutra, o enigmático Diógenes de Oliveira dizendo exatamente isso:
"Veja, olha aqui, ó: eu não quero entrar no mérito de toda esta questão do Vale do Sinos e aquele cara lá do (inaudível) bicheiro. A nossa relação com esse pessoal é aqui em Porto Alegre. Por quê? Porque na prefeitura, na Secretaria Municipal de Cultura, no Carnaval, na campanha, sempre tinha uma relação bastante boa. O Olívio conhece os caras, eu conheço, o Pilla Vares conhece, todo mundo conhece. Bom, eu não vou dizer nomes, não é o caso. Então, eu queria te falar especificamente sobre este aspecto, porque, senão, aquilo que eu tô brigando com o Augustin, qualquer dia eu vou detonar, o Arno Augustin da Fazenda. O Olívio entra num bar prá tomar um trago ou prá comer um pedaço de peixe frito ou vai num restaurante para almoçar e o cara pega, olha aqui, governador, tô com um problema aqui de ICMS. Eu disse pro Arno: tu tem que aparar essas coisas. Tu não pode deixar o governador ser importunado porque um cara lá que quer reparcelar o ICMS e tal. E mais uma vez ele ficou de marcar - e eu até te agradeço por ter vindo aqui falar comigo e eu vou dar retorno disso pro Olívio imediatamente. Eu vou agora na presença do Arno. O Luiz Fernando Tubino veio prontamente, atendeu um convite meu para a gente conversar. E aí vão dizer, não, mas este pessoal... mas na primeira oportunidade que eles encontram o Olívio - encontram domingo ali na Casa de Cultura,... ô governador, como é que é, sei lá, não sei o que e tal e a nossa situação? Eu acho que o governador Olívio não tem que ser importunado com isso. Existem problemas muito mais graves para resolver. São problemas da própria governabilidade do Estado e da estabilidade. "
A tá, agora a culpa é do PT.
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