Um bom governante precisa ter estatura política, espiríto público, senso democrático dentre outras qualidades, por mais difíceis que sejam os tempos. As imagens acima falam por si só.
As denúncias contra o governo tucano do estado, os questionamentos que pairam sobre a aquisição da bela casa da governadora e a deterioração dos indicadores da qualidade da educação no RS são motivos suficientes para justificar manifestações pela sociedade civil. Protestos e manifestações públicas são comuns a todos os governos. Nessa mesma semana um grupo de sem-tetos encerrou uma manifestação de vários dias na frente da residência do presidente lula em São Bernardo do Campo (vide http://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano/ult95u594941.shtml) sem incidentes e, consequentemente, sem maior repercussão.
A novidade é a postura da governadora do RS. Yeda provoca os manifestantes, bate boca, insulta e, utilizando sua condição de primeira mandatária do Estado, faz farto uso da nossa escassa força policial. Poderia até se especular se tal situação não constituiu em verdadeiro "abuso de autoridade".
Uma vergonha para os gaúchos e uma tragédia para o Rio Grande.
3 comentários:
Por trás de todas essas manifestações do CPERS -- que culminaram ontem com o protesto na frente da casa da governadora Yeda -- está o receio de que o governo mude, altere, modifique, flexibilize o Plano de Cargos e Salários do magistério e que foi editano no ano de 1974.
O atual plano engessa o poder do gestão do administrador público. Se, por exemplo, o secretário de educação resolver remanejar certas pessoas para o serviço público funcionar melhor, ele não pode fazer isso, porque o PCS não deixa.
A questão é que o ENEM está mostrando o enorme abismo que existe, no RS e no Brasil, entre as escolas públicas e as privadas. E essa diferença tem que diminuir e para que mais e mais brasileiros e gaúchos ingressem definitivamente no rol da qualidade de vida do bom serviço público que propicia a boa educação é necessário, com urgência, uma mudança radical nas estruturas da administração. E isso não interessa ao CPERS.
A atual secretária de educação do RS, Marisa Abreu, disse certa vez mais ou menos isso: não adiante colocar dinheiro público no ralo de uma estrutura viciada. É o mesmo que colocar dinheiro fora. Concordo com ela, é necessário primeiro mudar essa estrutura viciada e depois aportar os recursos necessários para o bom funcionamento do serviço público.
Mas essa discussão parece não interessar à direção do CPERS. Eles reduzem toda discussão a detalhes negativos da administração como as famosas escolas de latas, em contêineres. Na verdade, existem 5 escolas desse tipo no RS e elas são provisórias, porque os alunos ali ficam instalados até que se execute as reformas nos prédios. Mas tudo neste país é complicado e as reformas não começam, a burocracia impera e tudo demora. E os alunos ficam ali -- meses ou anos -- suando no sol e passando frio no inverno. Realmente um absurdo.
Então, toda a discussão que deveria ser séria fica reduzida ao seguinte chavão: "O governo Yeda, além de corrupto coloca os alunos em escolas de lata." Não existe diálogo, a truculência, a intolerência e a arrogância tomam conta e continuamos no RS divididos entre essa absurda disputa ideológica em torno do poder. Quando é que isso vai acabar?
De um lado temos um complicado CPERS, dominado pelo radicalismo do PSOL e com apoio das alas mais à esquerda do PT e do PSTU e que conta com uma presidente, a professora Rejane Oliveira, que aceitou assumir a “vanguarda” do protesto mais radical. E de outro um governo acuado, que cometeu graves equívocos políticos, e, portanto, fraco.
Por isso, o CPERS realmente virou uma máquina destinada a desgastar o governo, como bem resumiu a ZH de hoje.
Mas até aqui, Maia?
O cara não dá uma folga!!!
sil
Carlos Eduardo da Meia (ou seria do pijama?)agora assumiu totalmente a condição de porta-voz da véia e da RBS.
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